sábado, 13 de outubro de 2018

O FUTEBOL BRASILEIRO E SUA METAMORFOSE


Prezados leitores, antes de mais nada peço desculpas pela coluna que fiquei lhes devendo na semana passada, que por motivos particulares não tive oportunidade de escrevê-la. E confesso aos senhores que é muito difícil escrever sobre futebol neste momento, num país que vive uma verdadeira encruzilhada do ódio via eleições. Se em países mais bem organizados, muito mais experientes e sofridos em matéria de política e desenvolvimento, países que já passaram por guerras internas e externas, a situação seria caótica, façam uma ideia um país que tinha como lema até uns anos atrás “O país do futebol”.

A ameaça real e cada dia mais próxima de uma ditadura política no Brasil não poderia deixar de refletir no futebol. Por esta razão, estou dizendo, que fica muito difícil escrever sobre. Isoladamente, uma partida ou outra, ainda pode merecer algum destaque. Mas ele se perde em meio a mediocridade que reina nos gramados. Se já estava difícil, fica pior ainda com esse reflexo político. Num campeonato a menos de 2 meses de seu final e a dias de eleições conflituosas e à beira de um total apagão social, que notícias relevantes temos? As péssimas arbitragens que permitem entradas violentas e criminosas de um jogador contra o outro? Além de passarem a maior parte do jogo travando as partidas e conversando fiado com os jogadores que, por sua vez, entram em campo para cantar um desnecessário hino nacional homenageando o candidato de preferência da maioria no clube e de seu cartola mandachuva, de nome Mario Celso Petraglia. Estou falando do Atlético Paranaense. A multa que receberá pela atitude irresponsável e inconsequente de seus dirigentes ou não será paga ou pouco importa para os autores da ideia.

Fato é que, assim como no país misturaram religião com política, atiçando mais ainda o ódio existente, o futebol não é exceção. E os jogos que você têm visto não tem sido marcados por destaques positivos, por alguma qualidade e pela cordialidade e fair play que o esporte exige. O esporte não abre mão da democracia. Nunca! Sem ela, não há futebol. E sem futebol não há alegria e muito menos inspiração e criatividade.

Um bom fim de semana a todos!