domingo, 25 de maio de 2014

MESSI VEM AÍ! QUEM SEGURA?


















Falta pouco, companheiros! Menos de 3 semanas! Já ouço nas esquinas que o bicho vai pegar! Messi vem aí! Além dele, Cristiano Ronaldo, Iniesta, Özil, Di Maria e o próprio Neymar. Uma pena que não virão os craques dos anos 70, porque não tenham dúvidas, seria apoteótico. Naqueles tempos cada seleção de ponta tinha 3, 4 craques feitos. A nossa então, era de arrepiar!

Hoje, como dizem, o futebol é outro. Eu acho que o futebol é o mesmo. Outros são os interesses, os discursos e a dinâmica de jogo. Mas em síntese, o futebol não muda. A diferença mais clara é a que citei acima, que envolve a velocidade de jogo, a preparação física e o planejamento ligado à ela. Os esquemas e sistemas táticos já haviam e bem aprofundados. Ninguém era mais burro em 70 e mais inteligente hoje. Isso é um papo pra lá de furado que já debatemos aqui. Revejam o gol de Jairzinho contra a Inglaterra e contem quantos jogadores ingleses tinham dentro de sua área e nas cercanias. Lembrem da força holandesa, do esquema tático que encantou o mundo em 74. É isso aí! Novidade vai, novidade vem.

E quem vem, como eu citei acima, é o Messi. E além dos outros. Como parar Messi, o maior jogador do mundo segundo a crítica especializada? Se fosse treinador do time adversário, com certeza não saberia como. E também não treinaria meu time em função dele. Não adianta você ganhar aqui e perder ali. Em casos assim, onde você enfrenta gênios da bola, ainda acho que o melhor a recorrer é diminuir os espaços, principalmente na pressão ao passe que o aciona. Tudo começa nesse passe, que é justo quando ele entra em ação.

Tenho pra mim que a Argentina é uma das mais fortes candidatas ao título. Deus permita que eu me engane. Chego a esta conclusão olhando o momento de maturidade, aliado a qualidade, da base de sua seleção, o seu comportamento, o de seu maior astro e também o fato da Copa ser em terras vizinhas, onde eles gostam tradicionalmente de jogar. Mas graças a Deus o futebol sempre revelou surpresas, principalmente em Copas do Mundo. Por que não outros ou o nosso Brasil?

Apesar de alguns conceitos intransigentes do Felipão, de 2 ou 3 jogadores de técnica fora da convocação, como Robinho e Lucas, por exemplo, jogadores que já citei que podemos vir a necessitar devido as retrancas que provavelmente iremos encontrar. Outro problema é um atraso nessa preparação. Há de se encontrar um meio termo no planejamento no qual existem profissionais de gabarito lá para isso. Não pode ser longo demais, mas nem curto. O time se apresenta hoje. Será uma das seleções com menos tempo de trabalho. Se ela tivesse uns 5, 6 anos de conjunto ao menos. Mas um elenco que se afinou em apenas uma competição, acho arriscado. Em que pese à média de um pouco mais de 27 anos de idade, será um dos elencos com menos valores técnicos individuais de nossa história. Mas Brasil é Brasil. Não cabe complexo de vira latas. Bola no chão. E brasileiro jogando seu futebol, perguntem aos gringos como eles se sentem ao nos enfrentar.

Temos um grande goleiro, não me interessa onde ele está jogando (é bom lembrar que Taffarel penava na Turquia, na reserva na Itália, e aqui mesmo no Internacional se saía mal). Isso não ratifica que Julio Cesar irá fazer uma Copa fora de série, porque um caso não garante o outro. Mas eu acredito no principal, as qualidades do goleiro. São inúmeras. E agora aliadas à experiência. Vamos conferir. Temos uma zaga valente, de raça, às vezes até um pouco precipitada. Temos laterais de qualidade, embora sem serem virtuoses. Temos um meio de muita marcação e movimentação, que é o setor que mais me preocupa. Gostaria que ali tivéssemos mais talento nos pés de um Conca, um Rivaldo, mas, infelizmente... E um ataque que se funcionar parecido como na Copa das Confederações (e não vem ao caso se nossos adversários naquela ocasião estavam de sacanagem. Não foi o que vi na Itália e em outros, apesar daquele calor), com o impulso da galera e o espírito de uma Copa, tem boas chances de êxito.

Quem tem uma bonita bandeira verde e amarela, não a deixe mofando no fundo do armário. Pode estender com orgulho! Ela tem cinco estrelas, glórias que nenhum futebol do mundo tem, simbolizando um país, que apesar de suas dificuldades, é um dos mais lindos, queridos e especiais do planeta.


Aquele abraço!

domingo, 18 de maio de 2014

A COPA DO MUNDO É LOGO AQUI











Bem, antes de falar da bola rolando na Copa 2014, um breve comentário sobre o Campeonato Brasileiro, que pra mim, se já não tinha brilho, agora então com o início da Copa, fica perdido. E provavelmente vai ficar muito mais depois.

Em casa, o Flamengo mostrou que seu problema não era treinador. Já tinha dito com muita propriedade PC Caju em seus comentários que o técnico Jayme tinha uma história linda no Flamengo e não merecia aquela trairagem. Não por um jogo isoladamente. Mas isso só ratifica a capacidade medíocre e de má fé dos dirigentes do futebol brasileiro. As peladas que vocês têm visto não são culpa exatamente da má qualidade dos jogadores. Elas começam pelo péssimo caráter e compreensão do esporte por parte dos cartolas.

Na Arena do Grêmio ficou clara a importância de um goleiro e sua colocação no futebol. Não que Cavalieri não seja bom goleiro, mas tem falhas de saída do gol, por baixo e pelo alto, assim como de reposição de bola, que não foram corrigidas ainda. Apesar do goleiro do Grêmio, Marcelo Grohe, ter sido o nome do jogo, se Fred estivesse jogando com alegria e não com alguma preocupação de se contundir, ele o teria vazado. O medo da lesão é que te aproxima dela. E não sei se de intenção ou não, o fato é que Fred acabou injustamente expulso por um teatrinho infantil armado pelos jogadores do Grêmio com a conivência dos do Fluminense e assinatura dos juízes. Palhaçada pura. No mais, segue embolado o futebol de um campeonato que eu espero que mude radicalmente depois do dia 13 de Julho.


Falando do propósito maior, vale a curiosidade de lembrar que antes nós íamos, agora eles vêm. Falo dos nossos jogadores ao embarcar do nosso país para uma Copa e agora desembarcarem nele. Já é comum desde os anos 80, com Falcão etc e ficou mais ainda nas Copas seguintes. Hoje, apenas 4 não desembarcam em território brasileiro. É a inversão de mão da globalização.

Mas um dado interessante: afeta sim o patriotismo. Por mais que você mantenha tua alma verde e amarela, tenha o tesão de levantar um caneco na sua terra, pela sua terra, quem viveu isso sabe que o “vamos lá buscar e vamos trazer sim senhor”, era promessa a ser cumprida. Era compromisso com o povo. A grana, companheiro, foi arredando o compromisso com o povo aos poucos. Mas já tivemos fases piores, como em 90, onde havia pose e deslumbramento e tinha até gente que dava entrevista em italiano na Copa da Itália.

De qualquer forma, embora entenda que você não pode fazer muita coisa a menos de 30 dias de sua estréia na Copa e tempo demais junto dá problema, acho muito curto o período de reunião dos garotos do Felipão. Não dá pra ficar contando com o bom ambiente do ano passado e os poucos jogos subsequentes. As coisas mudam muito rápido. Você descobre novidades com as quais não tinha se deparado em elencos com anos de convivência, avalia apenas via telinha ou se comunicando por Skype ou celular...


Vale a torcida. Vai ter Copa e que façamos a melhor possível!

domingo, 11 de maio de 2014

A 30 DIAS DA COPA DAS COPAS
















Aos que esperavam apenas comentários sobre o Brasileirão 2014, uma pausa. Antes dos times vem a seleção brasileira no meu conceito. Não dá pra comparar. E mais ao final prometo uma palhinha sobre a última rodada deste final de semana.

Copa das Copas? Por que não? Há 64 anos, eu não era nascido, e não lembro de nenhum país ter saído daqui reclamando da Copa no Brasil. Também não me lembro do povo ir pras ruas dizer: não vai ter Copa! Manifestações? Nem faço ideia. Só se fossem a favor. Ah, vivíamos em outros tempos? Evidente que sim. Mas eu pergunto: havia mais pobreza ou mais riqueza? E pergunto aos críticos desta Copa também: a Copa do Mundo no Brasil traz mais pobreza ou mais riqueza?

Pra você que acha negativa, eu tenho uma série de dados para mostrar o contrário. O mais forte deles é que, vocês não se esqueçam, o orçamento que alguns poucos clamam que fosse para a saúde, educação e transportes, e muitos, politicamente e hipocritamente, também, vem de outros setores. Ou seja, sem mergulhar fundo na política, se seu hospital vai mal, sua rua, a segurança do seu bairro e a educação deixam a desejar, culpe o setor certo. Não jogue pra cima da nossa maior moeda, que é o futebol, a culpa pelas deficiências nestes setores, que, sem dúvida alguma, já foram muito maiores do que são hoje.

Não me lembro de médico do antigo INSS ou professor do Instituto de Educação andando de carro 0km, importado. Hoje eu vejo. E mais, o destino e as consequências das verbas destinadas a Copa são financiadas às empreiteiras e prevêem uma série de benefícios vindouros. Portanto, não trile o apito antes do jogo acabar. Até porque, como legado da Copa de 58, na Suécia, e não no Brasil, meses e anos mais tarde várias empresas suecas se instalaram no país porque passaram a conhecer o Brasil devido aos gols de Pelé e os dribles de Mané. Sem falar que a Copa do Mundo é o maior evento mundial que existe. Teremos só fora do país mais de 4 bilhões de telespectadores olhando pra nossas cidades. Ou preferiam o contrário? Gostariam de assumir o velho e moribundo complexo de vira latas e passar recibo de que não valemos merda nenhuma? Não contem comigo.  

Sobre a Copa, mais precisamente a convocação ocorrida esta semana, muito pouco a comentar. Não esperava tão diferente. Felipão sempre foi coerente com seu discurso. Certo ou errado, fez ao seu modo, manteve o grupo. A minha crítica fica por conta apenas de algumas questões: acho Fábio mais goleiro que Jefferson (tenho total confiança em Julio Cesar, esteja ele jogando na Inter de Milão ou no XV de Jaú), ao excesso de volantes, atitude mais do que esperada, ainda mais hoje em dia, a ausência de Lucas, jogador necessário numa Copa, principalmente antevendo retrancas que podem nos custar caro, e a permanência do boa praça, mas desajeitado Jô. Preferia que ele fosse trocado por mais um meia ofensivo. Não tenho dúvida que a técnica irá se sobrepor a força nesta Copa.

Boa sorte as “feras” do Felipão!


Sobre a última rodada, como prometi, vou destacar rapidamente o Fla x Flu. É claro que não foi aquele Fla x Flu. O que não é novidade, porque há muito tempo já não é. Mas tem, inegavelmente, o brilho e a magia que o clássico mais popular do futebol brasileiro, e porque não do mundo, não perdeu.

A vitória tricolor veio comprovar a melhor fase do time das Laranjeiras. Um gol atípico de Fred, num presente de dia das mães do goleiro Felipe, abriu o placar. Tomara que esse não tenha sido o último gol do artilheiro tricolor pelo clube. Creio que a bola de Conca tinha até uma boa chance de entrar. De qualquer forma, a conclusão de Fred, se antecipando ao goleiro, foi excelente.

Com a vantagem o Fluminense continuou melhor e o Flamengo custou a se encontrar. Fato que só aconteceu no 2º tempo. Mas a defesa tricolor (é, aquela defesa tricolor) que foi rebaixada meses atrás e a torcida queria vê-la em outro planeta, jogou com firmeza e suportou a pressão rubro negra, com Chiquinho num rápido contra-ataque fechando o caixão rubro negro.

Fica um rápido elogio para o bom jogo que fizeram São Paulo x Corinthians. O 1 X 1 foi justo e a atuação dos goleiros muito boa. O destaque fica por conta do passe genial de Ganso, que infelizmente preferiu a “lagoa” do mais ou menos do que as águas consagradas da Granja Comary.


É isso. Boa semana!

domingo, 4 de maio de 2014

FÓRMULAS CONTRA A RETRANCA



Comentando tudo junto e misturado: Seleção Brasileira, Brasileirão, Libertadores etc.

Acho uma boa falar sobre o tal “paredão”, as tais retrancas intransponíveis no futebol. Aquelas bem cabeludas, que técnicos como Zagallo se referiam, muitas vezes até de forma hilária, porque reclamar de uma Seleção ou um time de pouca expressão jogar só se defendendo e pouco arriscando, é chover no molhado. É um recurso. E cabe exclusivamente ao treinador e ao nível de inteligência, independência e conhecimento de seus jogadores. 

Nesta rodada do Campeonato Brasileiro destaco dois bons exemplos: o primeiro e mais complicado, que derrubou o Fluminense do 1º para o 5º lugar no jogo de sábado, frente ao Vitória. E o outro entre Chapecoense e Corinthians que, aliás, teve uma boa diferença em relação ao jogo do Fluminense porque o Chapecoense jogou menos fechado que o Vitória e o jogo era na sua casa. Mas, as dificuldades aconteceram. O Corinthians tinha mais volume de jogo, tocava melhor a bola e desde o começo fez maior pressão sobre o time da casa. Mas, se não é uma bola espirrada para a finalização do centro avante Guerrero já nos minutos finais do jogo, a tendência era ficar por aí no 0 x 0.

Ney Franco no sábado exigiu até que o desajeitado Souza voltasse ao campo do Vitória, acompanhando as pontadas ora de Conca ora de Jean. O Vitória além de exercer marcação cerrada, raras vezes saiu de seu campo com mais de três ou quatro jogadores. E não adianta aquele papo de resultado justo ou injusto. Foi a forma encontrada de neutralizar o adversário. Retranca depois da Copa de 70 se viam aos montes.  Nas estatísticas o que você encontra de 0 x 0 e zebras, não está no gibi.

E revirando o misturado, vamos à Seleção Brasileira, que deve encontrar essa rocha em seu caminho. Estamos preparados para ela? Acho que não. A Copa das Confederações não deu uma ideia precisa sobre o problema. Por ser uma competição mais aberta e de menor compromisso, ninguém abusou de retranca, cera ou antijogo. Ocorre que Copa do Mundo é Copa do Mundo. E se a Seleção estando por cima ou por baixo é temida lá fora, imagine aqui.

Mas, a maior preocupação fica por conta da pergunta: - “E aí, companheiro? Como vamos resolver o problema?” Eu vou responder, em primeiro, o que não fazer para resolver o problema, que é o que mais assisto: partir com tudo desde o início, impor um ritmo pra lá de veloz, sempre tocar de primeira, alçar bolas na área, além de cavar faltas próximo a ela. Nem precisa alertar para a insistente tentativa de furar a retranca pelo meio. Não temos mais meias e atacantes ofensivos para fazê-lo. Se alguns treinadores pedem para o time ter calma, lembrando que o jogo tem 90 minutos, raras vezes isso dá resultado. É pouco. O desespero sempre aparece quando a bola custa a entrar. Isso quando não acontece coisa pior, como tentar chegar às redes de qualquer jeito. A bola é meio temperamental e não aceita ser tratada de qualquer jeito.

E o antídoto: primeiro você tem que ter faro, sensibilidade e conhecimento de perceber a situação do seu adversário, sua escola, o estilo, o local de jogo, enfim, o panorama geral. Prevendo alguma coisa você já se prepara. E não vai culpar a falta de tempo no caso. Depois, dentro do próprio treinamento, acostumar os jogadores a encontrar situações de ferrolho absoluto, sem perder o objetivo e o poder. Não adianta brigar contra o relógio. Quem gosta de avançar os ponteiros é o locutor e por tabela o nervosismo da torcida. Por falar em torcida também fazer a cabeça pra ficar imune à pressão que ela vai exercer. Se você sentir o peso, já era. O básico, que é movimentar-se com rapidez, controlar os nervos e não perder a concentração, acho que já faz parte. O problema é que não é posto em prática na maioria das vezes. Movimentação, às vezes, vira correria desenfreada, vira desespero e desespero em futebol é a pior coisa que existe. Já a melhor coisa que existe é você tentar criar, ousar e driblar. E nada disso, meu amigo, pode ser considerado irresponsabilidade ou salto alto. Desde o início de nossa história no futebol, o nosso maior trunfo e abridor de latas foi a finta, o drible, a criatividade, a cintura, a bola no chão. É disso que nossos adversários têm horror. É deste tipo de atitude num time de futebol que quase sempre não há retranca que resista.

Que estejamos prontos para elas!

Bom começo de mês, pessoal!