domingo, 16 de dezembro de 2012

GAVIÃO CAMPEÃO E FIEL





Antes de falar sobre o Corinthians e o título mundial, um resumo rápido de outro time paulista que também merece ser louvado. O São Paulo jogando um futebol de bom nível venceu o Tigre e é o campeão sul americano.  Apesar do meio jogo que vimos e da confusão toda de quarta-feira, nada pode desmerecer o trabalho e o futebol apresentado pela equipe paulista. Lucas e Oswaldo fizeram um ataque sensacional. E jogar contra time argentino, meu amigo, é sempre um pé no saco, literalmente. O problema é que devido ao ocorrido ter sido nebuloso e a fama dos subterrâneos no Morumbi não serem lá muito boas, não permitem uma conclusão final incriminando e pedindo punição à altura, por hora, para os Argentinos. Nossos vizinhos não sabem perder, criam quizumba e tem a velha mania de se acharem mais homens do que os outros. Não se conformam em serem superados, principalmente pelo futebol brasileiro. Azar o deles e sorte a nossa que se esquecem que sabem jogar um futebol de alto nível e ainda têm, como já tiveram, muitos craques consagrados sem necessidade de nomes.

Num vôo para o Japão, vamos ao título da equipe mosqueteira, como se dizia antigamente. Hoje o Corinthians teve a sorte que não teve o Santos ano passado ao enfrentar um time fantástico e totalmente sincronizado como foi o caso do Barcelona. Teve a sorte que não teve o Vasco em 98, quando após chegar ao empate e já tomando conta da partida, o gol amadurecendo no segundo tempo com Felipe fazendo diabruras no meio campo, o técnico Antonio Lopes tem a infeliz ideia de, numa temperatura de 5 graus, trocar o excelente atacante Wagner, que fazia grande partida, pelo lateral Victor, que só de músculo tinha sei lá quantos quilos. E até o cara aquecer, já viu. O Sávio não perdeu a oportunidade e num contra ataque nas suas costas aproveitou-se da triste mancada vascaína. 

Preferia sinceramente que a FIFA continuasse como no passado. De fora da organização destes jogos. Times como Al Ahly e Monterrey é brincadeira de mau gosto.  Mas, interesses logicamente econômicos os fizeram pegar o bonde andando e criar um modelo de mata mata final sem pé nem cabeça. Com objetivos puramente econômicos e políticos. E ainda me atrapalha, porque não chamo o Corinthians de bicampeão com segurança. Afinal, no título do Maracanã ele fora convidado pela FIFA a participar.

Agora falando sobre o jogo e melhor, sobre o Corinthians num todo, eu já esperava este tipo de performance. Os times brasileiros têm ido com essa estratégia para estas finais. Muita luta, muita dedicação e muita marcação. O nome é retranca mesmo! E hoje, como o São Paulo em 2005 com Rogério Ceni, teve direito a herói, que foi o goleiro Cássio. Se houve uma evolução no futebol brasileiro de uns anos pra cá, ela se deu no gol. Pois os craques ficaram bem mais escassos. Hoje era dia de São Cássio. E também o Chelsea não merecia a vitória.  Sem falar que os jogadores do Tite estão acostumados e o conhececem muito bem. Já os do Chelsea talvez ainda não saibam nem o nome do espanhol. O nome é Rafa Benítez, ok?
Em que pese dizerem que não tem a mesma tesão de disputar estas finais, não acredito muito neste papo. Embora não seja a “praia predileta deles”, quando chegam lá fica clara, sim, a sede da conquista. Mas, nosso desejo e cobrança são muito maiores. Ainda mais envolvendo uma equipe estruturada, entrosada e de massa como a do Corinthians. Continuo tendo pelo seu treinador o mesmo conceito que sempre tive. Um bom motivador e comandante de grupo. Não julgo a capacidade de um técnico por uma vitória ou por um título. Até porque no jogo de hoje o Chelsea esteve bem mais perto da vitória do que o Corinthians. Ressalto no time campeão a qualidade do Paulinho e os méritos de seu sistema defensivo, que mesmo assim deu várias brechas para que o Chelsea levasse a taça pra Inglaterra. Acontece que o Corinthians é Campeão Mundial. Ou bi, como quer a FIFA. É isso que importa. Não chegou ali por acaso e não venceu com ajuda de ninguém, a não ser de seu próprio trabalho e de um time coeso e de bons valores individuais. A começar pelo sistema de marcação. É difícil fazer gol no Corinthians. Isso prova sua competência defensiva. A crítica fica por conta de que esse título não nos leve a pensar que esse futebol que acaba desaguando em contra ataques é o nosso jogo, e é o jogo mais correto. Não! De forma alguma! Esse não é o jogo brasileiro! Há de se ter equilíbrio, força ao se defender e a mesma força ao atacar. O contra ataque não é a melhor ideia no futebol brasileiro. Digo isso mesmo com a vitória de 1 x 0.

Finalizando, agora é comemorar. A mesa do paulista e de todo seu torcedor no Brasil e mundo afora será farta. Nada melhor para um fanático torcedor corintiano, bando de loucos ou não, terminarem um ano com uma faixa desta expressão no peito e uma taça com este valor nas mãos.

Parabéns, Timão! Agora com licença que também vou entrar nesta festa!

Abraços,

Fernando

domingo, 2 de dezembro de 2012

SE GANHAR, FOMOS NÓS. SE PERDER, FOI O FULECO.
















Mas será o Benedito? Mais de não sei quantos milhões de Brasileiros são agraciados pela bela logo da copa, original, criativa e adequada e vem o nome: Fuleco. Só pode ser sacanagem, não é? Até porque, segundo dizem os milhares ou milhões que pedem Tatu-Bola, assim como eu, muitos provaram via dicionário, que Fuleco é sinônimo de fiofó, para os mais antigos. Ou seja, nosso escapamento intestinal, conforme o dicionário, ânus. Diante do impasse ou sentença final, que não sei se é irreversível, aonde estão os membros do nosso comitê encarregados de poupar essa espécie, genuinamente nacional, da vergonha mundial que irá passar se o nome for mantido?

E mais um lembrete, como uma “m” só é pouco, saiu do forno a bola das Confederações. Ao invés de Cafusa, prefiro Confusa. Bola nenhuma pode ter o verde em seus gomos. A não ser uma pincelada quase imperceptível ou que o gramado não seja verde. Talvez estejam prevendo neve na Copa das Confederações. Aí talvez faça sentido.



BRASILEIRÃO 2012: FIM DE PAPO.

Trila o apito de um dos campeonatos mais cansativos e de qualidade abaixo do nível técnico esperado do futebol brasileiro. Caem Sport, Figueirense, Atlético Goianiense e Palmeiras. Dos quatro, só achei que não cairia o Sport. No mais, sem surpresas. Lá em cima, o Galo ficou com o vice e o Grêmio na terceira colocação. Inacreditável o Tetracampeão, Fluminense, nos últimos jogos. O primeiro, contra o Cruzeiro, compreensível. Embora você saiba que em um jogo de festa, convém ser mais cauteloso. Mas, nada de grandes surpresas. A história mostra que as entregas de faixa são cruéis com os vencedores. Na Ilha do Retiro, em Recife, um resultado até positivo e acima do esperado diante da pressão alucinada do Sport. Mas a torcida do Fluminense não merecia o desfecho como o de hoje frente ao Vasco, no Engenhão. Na terça feira Abel sentenciou: “É desumano insistir com esses jogadores. Vou poupar o time titular. Merecem férias, estão todos cansados”. Eu fiquei pensando: Que coisa estranha! Contra o Sport não estariam? Uma semana antes? Na Ilha do Retiro? No Caldeirão? Jogo de vida ou morte pro adversário e o time seria o titular? Já contra o Vasco, não aspirando mais nada, não haveria razões? Principalmente como a do recorde a ser batido? Mas Abel achava que o time reserva tinha bola suficiente para vencer o Vasco. Ou, o que me parece mais lógico, tomou uma decisão política. Resolveu abrir as portas para turma de Xerém ser valorizada e valorizarem seus produtos na vitrine. O tiro saiu pela culatra, Abel!

A categoria de base é onde se formam os jogadores. E nitidamente, nota-se que existem erros grotescos na formação, escolha e preparação dos escolhidos. Uns, claramente por influência, outros por razões estranhas ao futebol. Isso sem falar que é justo lá, no dia a dia, no sol a pino dos treinamentos das categorias de base, que você começa a perceber quem é quem. Como reagem, como funcionam e que tipos de caráter têm. É ali que você começa a tirar possíveis e naturais máscaras, como a que vestiu sem cerimônia o centroavante Samuel hoje, contra o Vasco. E praticamente acabou selando sua sorte como reserva direto do Fred, ao não colocar uma interrogação na cabeça dos dirigentes e a sorte do próprio Fluminense no jogo, que, com um gol a aquela altura, dificilmente sairia derrotado. Ele preferiu imitar o Ronaldinho. Como muitos o fazem por aí. Não só no Fluminense. É o que dá confiar futebol a quem nunca viu uma bola. Observação técnica a quem é apaixonado por um Notebook. As consequências já apareceram.

Hoje, o Brasil não tem mais que quatro ou cinco jogadores que fazem a diferença numa partida. Há uns 20 anos, tinha mais de 30. Será que foram os efeitos do tal “futebol moderno”? Onde não há mais espaços para jogar? Quem tiver dúvida, ligue pro Barcelona e tire as conclusões


Saudações

Fernando Afonso

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A FORÇA DOS NOMES














Ufa! Ufa! Habemus técnico. Ou técnicos? Segundo o Carlos Alberto Torres, a escolha foi errada. O momento era daquele que eu tanto temia e que graças a Deus errei: Tite. Que isso, capitão!! Ainda mais partindo desse princípio divulgado por aí: “ganhando o mundial de clubes, é inevitável sua chamada”. Que critério legal, heim? Me lembra aquele que os treinadores iam ao estádio para observar determinado jogador e se ele fizesse boa partida, seria convocado. Um jogo? Um tempo de jogo? Alguns minutos? Um título? Não sabia que era tão fácil escolher um técnico para a seleção do país do futebol por esse caminho.

Já PC Show, leia-se Paulo Cesar Caju, sempre ao seu modo, disparou:

 - Não quero falar de mesmice. Estou cansado desse futebol de quatro volantes, oito marcadores, mistura de futebol alemão com italiano que vem da escola gaúcha.

Certo ou errado, este é o PC, sempre diz o que pensa. E posso também destacar a opinião do Zico, que é sempre abalizada. O Galo disse:

- Estão totalmente preparados. O Parreira pelo que fez o tempo todo no futebol, preparado para qualquer cargo e pode dar contribuição no campo. E o Felipão, quem ganha tantos títulos tem que ser respeitado. Os dois têm experiência internacional e competência, então só posso desejar sorte para eles.

Opiniões de ex-jogadores consagrados e que eu respeito muito.

Já minha opinião, fica entre os três. De fato Felipão tem história internacional, dirigiu a seleção portuguesa, além da nossa, foi Campeão Mundial e parece que andou melhorando, aprendendo com certos erros. Não credito a ele o rebaixamento do Palmeiras.

Quanto a Parreira, é em outro cargo. Aliás, o cargo, fora a preparação física, na qual sempre foi uma das maiores autoridades no assunto, que parece ser mais adequado a seu perfil. Nunca vi Parreira como um técnico estrategista de ponta.

Eu, particularmente, não sou fã de nenhum dos dois. Acho que o Brasil não passa por um bom momento nos campos e nas áreas técnicas. Como resultado de um processo que eles mesmos cultivaram. Eu, apesar dos preconceitos e suspeitas, ainda levaria Luxemburgo, dos que estão na ativa por aí.

Felipão terá a missão que a CBF preferiu conferir aos 2 nomes talvez mais fortes em matéria de expressão em atividade no futebol brasileiro. Dividiram a responsabilidade. Apesar de, voltando a frisar, o técnico será o Felipão. Mas podem por na cabeça que a influência de Parreira existirá.

Não fugindo da dividida, por ocasião da Copa de 2002, eu fui um dos que mais critiquei Felipão. Na época, na Rádio Bandeirantes AM, eu cansei de descer o pau nele. E o único comentário que ouvia na própria emissora, favorável a Felipão, justiça seja feita, era do saudoso e sábio locutor Orlando Batista. Me lembro do Orlando me dizendo, a menos de um mês da Copa do Japão: “seremos campeões com o Felipão e tudo”. Eu duvidei de corpo e alma.  

Eu penso, como cheguei a conclusão na ocasião, que não se pode tirar os méritos do Felipão naquela conquista. Mas é fato o verdadeiro circo de futebol que vivemos na preparação para aquela Copa e mesmo as eliminatórias. Passamos triscando. Quem lembra de Felipão, naquela pré-Copa, vai associar os nomes Tinga/Eduardo Costa. Ou não?

Assim como em 1994, se Romário não tivesse cruzado o Atlântico, após Zagalo e Parreira se renderem perto da derrota no último round das Eliminatórias, contra o Uruguai, não teríamos nem ido aos Estados Unidos. Mais tarde, o Baixinho foi responsável direto pela conquista daquela Copa. Se buscarmos os VT’s do Penta, assistimos ao primeiro sufoco contra a Turquia, até com uma ajudazinha do árbitro, no pênalti do Luizão, e o surgimento da categoria do Kleberson, aliada a bola redondíssima que jogaram o trio Ronaldinho/Rivaldo/Ronaldo. Não havia como perder aquela Copa com esses três jogando a bola que jogaram e com o nível dos adversários que enfrentamos.

Bem, agora a história é outra. Já expliquei diversas vezes, há muito tempo, que essa Copa passa pela história. Carrega a cultura do passado e é, queiram ou não, um desafio vencê-la em nosso próprio território. Principalmente para darmos o Happy End que será tão cobrado e que ficaram devendo ao povo, em 1950.


Boa sorte, Luiz Felipe Scolari!


Aquele abraço!


P.S. Ih, rapaz! Tem o Murtosa, né...? De novo...?

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

"DESOBEDIÊNCIA" CUSTOU CARO




















Quem lê meu Blog sabe que eu já havia dito que Mano Menezes não tinha capacidade para ser técnico da seleção brasileira. Principalmente de uma Copa do Mundo, no Brasil, que eu volto a frisar, é diferente de todas. Por sua história e por ser no país do futebol. Além de protagonizar coisas muito sérias na direção do time, algo como ter o mesmo empresário de alguns de seus comandados. É mole?

Ocorre que Mano parece que desobedeceu a esse negócio que chamam de comando da CBF, que eu prefiro chamar de membros de uma seita com fins lucrativos. Ganhou essa Copinha fajuta aí, contra a Argentina. Ou seja: venceu uma competição. Ê, vencer é tudo que o pessoal da seita não admite! O desempenho da seleção nos últimos jogos havia melhorado um pouco. Essa combinação foi fatal.

Claro que vocês podem desconsiderar a relação da demissão do Mano. Foi gozação mesmo. Não teria outro sentido responder com seriedade uma atitude incoerente e suspeita. Quanto tempo tiveram para demiti-lo? Por que o fizeram agora? Por que o fizeram desta forma? Enfim, mil perguntas, né? Que até os mais leigos no futebol farão. A resposta, talvez o tempo, bem lá pra frente, traga. Quem sabe depois da perda da Copa do Mundo.

Eu cheguei a suspeitar, por alguns momentos, que algo viria por aí ainda este ano. Como os jogos da seleção brasileira são transmitidos pela Globo, obviamente acompanho os comentários do Casagrande e as locuções do Galvão. E ultimamente, mudaram de estilo. Há uns jogos atrás, a crítica comia solta, o que não é padrão Global. Primeiro que para chegar no cargo, tem que agradá-los. Eu já disse aqui que quem manda na CBF tem que ser do agrado da Globo. Depois, se por um aborto da natureza chegar no cargo e não corresponder, eles se encarregam de detoná-lo. Algo parecido como fizeram com Dunga, durante a Copa de 2010. Que, aliás, hoje prova que estava certo. Apesar dos erros que cometia, caímos no jogo contra a Holanda quando fazíamos grande partida e o Julio Cesar fora infeliz no choque com o desastrado Felipe Melo. Mas, se vocês lembram bem, Dunga disse não a exclusividade de entrevistas para a Globo. Assinou sua sentença, é claro.

Provavelmente, vejam bem, provavelmente, pelo tempo de espera e estilo da manobra, se é que é possível adivinhar manobra de cartolas, ainda mais desse nível, deve vir o “genial” Tite por aí. E quando penso, me vem a súplica na cabeça: “valha me Deus! Deus nos livre e nos guarde!”

Sobre Tite, seria demais para mim ficar aqui comparando-o com o Mano. Meu coração não suportaria. Mas cabe a sugestão, tirem Paulinho e Ralf do Corinthians e vejam o resultado. Vejam a história desse treinador no futebol brasileiro. E imaginem se ele não trabalhasse em São Paulo e no Corinthians. Fosse técnico, digamos, do Botafogo, do RJ. Teria chance?

Na verdade, isso é um desrespeito ao futebol brasileiro. Maior que a própria permanência do Mano.

Paciência, o torcedor brasileiro leva sempre aquele lema: sou brasileiro e não desisto nunca. Quem dera ele pudesse acrescentar mais um: sou brasileiro, mas não sou otário! Cansei de acreditar!

Vamos conferir os desdobramentos nos próximos capítulos. Até porque, as coisas andam meio esquisitas no país nesses últimos meses.


Até!



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A REGRA É CLARA. MAS SÓ NO FUTEBOL.















E eu me refiro ao futebol na sua essência. De sua majestade, a bola. Já havia falado anteriormente sobre a conotação desse jogo marcado para os EUA. Aliás, só lá após furacão ou tempestade conseguem manter um campo e um estádio naquelas condições. Aos que não entenderam o porquê do jogo Brasil x Colômbia ser nos EUA, eu sugiro que encaminhe um e-mail a CBF ou deem um pulinho pessoalmente em sua sede, não sei qual, e obtenha essa resposta pessoalmente. O que eu sei é que há uma empresa árabe que obteve os direitos de marcação dos jogos da seleção e o planejamento deles. Bacana, né? Moderno, eficaz, suave, sutil, quase não deixa nem rastro de tão bem feito o trabalho destes senhores. Mas, vamos lá. Até aonde a gente pode enxergar, a primeira providência assistindo um jogo da seleção é apertar a tecla MUTE. Normalmente faço isso sabe, pra não atrapalhar minhas idéias. Mas hoje eu deixei rolar. Fui testemunha auditiva da satisfação do Galvão com o jogo, da evolução que o Casagrande viu e do pênalti que o Arnaldo também descobriu. O caminho era o mesmo. A cada falha de marcação ou jogada perigosa da Colômbia, era fácil creditar o mérito ao estágio mais avançado de nosso adversário ou ao fato do jogo estar aberto e franco e a cada jogada de perigo nossa, a noção de que, aos poucos, estávamos nos encontrando. Eu imagino se estivéssemos nos perdendo. É, mas, infelizmente eu acho que estamos. Pois muitas vezes, uma aparente melhoria conduz há uma derrota acachapante mais lá na frente. Não é pessimismo não, é uma clara evidência. O Brasil tem jogadores que foram pouquíssimos testados. Alguns sem identidade com o futebol brasileiro, pois estão há muito tempo jogando lá fora e não exibem nem a escola a que servem e nem a Brasileira. Só para citar um exemplo, o caso do goleiro Diego Alves que jogou em 2005, no Atlético MG. Percebe-se que se trata de um bom goleiro. Mas dá pra confiar? O goleiro é o líder de uma equipe. Se não estiver sendo, tem que arrumar um jeito de ser. O Brasil melhorou em termos de agressividade ofensiva e criação de jogadas graças à volta do Kaká. Experiente, talentoso, Kaká sabe jogar e Neymar passa a não ficar tão isolado. Mesmo assim, o Brasil continua dependendo do craque santista. E jogando nas suas costas a responsabilidade da vitória num pênalti que só o Arnaldo viu. É hilário alguém achar que está fazendo um bem ao futebol brasileiro fechando os olhos a realidade. Dizer que para acertar a bola o jogador da Colômbia teria que acertar o jogador da seleção primeiro, no lance do pênalti mal marcado, é terrível. Quanto à conclusão do pênalti, acontece. Mas às vezes Papai do Céu castiga. O Brasil não fez por merecer a vitória. O jogo foi até certo ponto equilibrado e com a equipe colombiana, dirigida pelo excelente José Pekerman, bem armada e levando mais perigo.

Vale ressaltar que o Brasil completou 1000 jogos. Há uns 300 atrás, a Colômbia era presa fácil. O placar não era inferior a 4 ou 5 a 0. Mas, eles evoluíram e nós decaímos. Isso é fato. O que preocupa mais é a mudança de atitude de muitos em pensar que o Brasil começa a encontrar o caminho. Mesmo que tivesse, garanto a vocês que já seria tarde demais. Muito tarde. Aprontar uma seleção Brasileira para uma copa do mundo em seu país é uma tarefa que envolve muita gente, muito tempo, muitos testes e mesmo assim é uma tarefa dificílima. Ao contrário do que muitos estão imaginando, uma copa com a torcida ao lado, logo aqui e tal... Bem, por favor, parem de imaginar. O futebol tem suas regras de preparação de uma equipe e todas, vejam bem, todas estão sendo quebradas neste percurso até o pontapé inicial, em 2014.

Fui!

Fernando Afonso

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

TETRACAMPEÃO A JATO
















O merecido e incontestável título de 2012, naturalmente não foi a jato. Foi construído há algum tempo e ainda levou cerca de sete meses para ser confirmado. Mas, a chegada ao tetracampeonato, esta sim, foi supersônica.

Há três anos o Fluminense escapava de forma heróica e surpreendente da queda para a segunda divisão, contrariando a todos: matemáticos, futurólogos, espíritas, etc. O time de Cuca voou nas costas do jovem Maicon, na precisão de Fred e na garra de Gum, evitando mais um capítulo trágico em sua história.

Um ano depois, contando apenas com o título oficial de 1984, o clube conquistava o de 2010 e via mais que justamente, o ganho em 1970 ser reconhecido pela CBF. O tri estava sacramentado. E não é que menos de 2 anos depois, o Fluminense já é tetracampeão do Brasil?

Para um clube que era dominado por uma aristocracia retrógrada e coronelista e hoje luta para encontrar um equilíbrio entre sua essência e a modernidade, modernidade esta, muitas vezes até utópica e que por vezes foge à realidade do esporte, foi um baita avanço. Agora, quem teria feito o Fluminense levantar vôo afinal? Cheio de tradições, glórias e histórias mil, o clube parecia aquele Airbus pesado e suntuoso, sem combustível suficiente e força pra sair do chão. Sejamos francos, desde a era do patrocínio um Senhor de nome Celso Barros, presidente da Unimed vem abastecendo este avião pouco a pouco.

Em 2007 ele já chegara a dar algumas demonstrações de sua potência e capacidade ao vencer a primeira Copa do Brasil e, em 2008, ir à final de uma Libertadores numa jornada que apesar da derrota, fora memorável. Valeu como um ensaio, apesar do trauma. Afinal, o Fluminense vai da tragédia ao êxito absoluto num piscar de olhos. Esta sempre foi sua marca.

Pois bem, em 2010 o poderoso avião tricolor decidiu decolar novamente. E chegou a sua terceira estrela. Incontestável mais uma vez. A intenção era mantê-lo sobrevoando seus adversários e, por fim, “dar uma volta completa na América do Sul”. Mas, ainda faltavam detalhes. O artefato ainda precisava de sustância, digamos, para suportar as mudanças no vento e a política do esporte. Tiveram a idéia arriscada de há um ano e meio trocarem o comandante deste time na tentativa de voar mais alto e melhor. Eu fui um que temi pela troca. Ficar tanto tempo esperando àquela altura era arriscado demais. Mas, entre tapas e beijos, declarações falsas e verdadeiras, amor e ódio, dispersões e uniões a coisa foi tomando forma. O Fluminense terminara o Brasileiro de 2011 em 3º lugar, classificado para a Libertadores. A volta completa à America do Sul ainda não era possível. Parece que a tripulação e a companhia ainda não se entendiam o suficiente. Mas, já dava pra assustar em vôos domésticos e após sete anos o clube voltava a dominar o cenário Estadual ganhando o título de 2012.

Tripulação ajustada, peças novas, companhia, comandante, demais membros da equipe a postos e em sintonia, por fim decolava o avião tricolor. Apenas o mau tempo e a vantagem de alguns concorrentes poderiam atrapalhar. No estado não havia competidores que o ameaçassem. Apenas um tal de Trem Bala da Colina, que por erro de manutenção, perda de capital, virou um trem irregular, prático, mas vulnerável, assim como um trem bala do tipo chinês. O avião tricolor não teve dificuldade de ultrapassá-lo. Mas, lá adiante... êta trem bão! Um trem movido por um comandante experiente, renovado e de alta categoria se juntava a um maquinista especializado em dar o vapor necessário. Na virada da curva o avião acelerava, mas ainda enxergava longe o trem do Galo Mineiro.

Mas, não haveria erro desta vez. O combustível era na dose certa e havia determinação, unidade, experiência e competência suficientes para administrar o final do percurso e alcançar o adversário como um jato.

Depois da ultrapassagem o controle da distância não foi mais ameaçado. Um Airbus ganhara a velocidade de um jato. E já podia tornar-se vencedor antes da linha de chegada.

Dito e feito!

Enquanto os trens colidiam em uma cidade o jato começava a mostrar, apesar de num ritmo bem mais lento, devido ao intenso calor, suas verdadeiras intenções. Quando já abria distância foi necessário desviar de alguns “Barcos”, ou melhor Barcos, na iminência de ir a pique, apenas para não fugir da sua rotina de emoções fortes. Emoções estas que o acompanharam, assim como o nº do placar que lhe deu o tetracampeonato Brasileiro de 2012, bem antes da linha de chegada por três vezes, o fazendo arremeter.

Estava escrito aquela emoção final!

Assim como no Campeonato todo, quando os percalços e sustos já dominavam muitos, o jato aterrissou na terceira tentativa, como no terceiro gol de Fred, entrando pra história de sua galeria de heróis. E sãos e salvos.

Parabéns ao Fluminense Futebol Clube – tetracampeão Brasileiro de 2012.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A HORA DA BOIA E DA FESTA


















Entre nuvens que vão se dissipando lentamente já começamos a enxergar nesta 34ª Rodada os candidatos ao rebaixamento e o(s) candidato(s) ao título. Apesar do evidente favoritismo e da vantagem pra lá de confortável do Fluminense, futebol é bola na rede e soma de pontos. Portanto, não achei aqui no meu dicionário o que quer dizer: “quase campeão” ou “quase rebaixado”. Não vi ninguém levantar uma taça até hoje tendo sido quase campeão, nem descer estando com um pé na 2ª divisão. O falecido e competente Claudio Coutinho ainda tentou aquela de “campeão moral”, mas o tempo foi desmanchando aquela postura que reforçada pela suspeita da possível corrupção na Copa da Argentina, envolvendo a dona da casa, no jogo com o Peru, abafaram um bocado aquela penca de erros cometidos na Copa. A própria classificação na primeira fase foi um dos maiores dramas que uma Seleção Brasileira já viveu.

Mas, voltando a esta fase final do Brasileiro há de se destacar a supremacia do Fluminense, a repentina queda de produção do Atlético Mineiro e a esculhambação geral no Vasco. Sobre o Fluminense, o time repete o que vem fazendo ao longo do ano: muita garra, união e competitividade. Em algumas partidas, com a presença do Deco e do Fred juntos, chegamos a ter alguns momentos de espetáculo. Noutras, o espírito de Castilho pareceu ajudar Cavalieri, se é que ele precisava de alguma ajuda do outro mundo. Resultado: hora foi o Cavalieri, hora os heróis foram os zagueiros, hora foi o Nem, isso mostra o leque de boas opções no elenco e a vantagem de se manter um técnico identificado com o clube e a equipe junto a ela, por mais tempo que o habitual no futebol Brasileiro.

O Atlético Mineiro, a meu ver, se perdeu numa mania de perseguição em cima dos juízes.  Pareceu não se livrar de um Complexo de Tiradentes, apesar de ter uma excelente equipe. Talvez essa característica de desconfiança do povo mineiro os atrapalhe, às vezes. Haja vista que em 42 anos de Brasileiro eles somam apenas dois títulos, o que não é comum em se tratando de uma escola de futebol da mais alta qualidade. Os candidatos ao rebaixamento entram na sua fase decisiva. Valem-se de todas as armas. Legais ou ilegais, como esta que o Palmeiras está querendo lançar mão. É ridículo o argumento sobre a validação do “gol” contra o Inter. Pior que um time ser rebaixado é o que na verdade representa a série B para o futebol brasileiro. Nunca fui preso, mas se parece como passar uma temporada em Bangu I. Os times que descem são ironizados e perseguidos de tal forma que o que dói mais no torcedor são as gozações e não a queda de divisão. Uma queda de divisão, diga-se de passagem, indigna. Indigna porque a diferença de tratamento e o inchaço do campeonato são absurdos. Você não atravessa um estado de trem ou até ônibus, como na Europa, para enfrentar adversários organizados. No Brasil, você percorre 2.000 / 3.000 km para jogar em campos esburacados contra adversários politicamente escolhidos, arbitragens se superando nos erros e toda sorte de abandono. E olha que já foi muito pior!

Vou fechar o meu comentário falando sobre o Vasco. Que tristeza, hein! Um ano e pouco atrás um AVC tirava Ricardo Gomes de um time bem montado, regular e com bons valores individuais. A regularidade e performance do time praticamente não caiu muito com Cristóvão, que fazia o que podia até o dia que a falta de tudo, grana, água, vergonha, organização... assolou São Januário. Naqueles 4 x 0 frente ao Bahia em casa, o time baiano dava o apito de que a Caravela estava indo a pique. Ninguém se importou. Jogou-se fora uma Libertadores que estava a um palmo, por total falta de competência e amor ao clube. A pergunta seria: quem jogou fora? Se alguém souber, por gentileza me escreva. Eu não sei de alguém especificamente falando a não ser aquela soma que citei acima.


Até a próxima!

Fernando

domingo, 21 de outubro de 2012

GORDURA DEMAIS FAZ MAL!



















Vamos começar pelo principal da rodada, aquele jogo que chamam de decisão antecipada. Atlético MG x Fluminense. Faltando 7 rodadas para o final do campeonato, o Fluminense merecidamente havia aberto 9 pontos de diferença sobre o segundo colocado, Atlético MG. Aconteceu que na Quarta-feira, acometido pelo mal que todo time brasileiro carrega há algum tempo, cedeu o empate ao Grêmio no final, com um a mais em campo, não sabendo segurar a vantagem, deixando escapar a chance de avançar mais ainda. Como todo tricolor conhece bem seu clube, vitórias para o Fluminense são dramáticas e derrotas são catastróficas. Hoje, Nelson Rodrigues provavelmente deve saber o porquê disso onde estiver. Faz parte da história do Fluminense. Abel Braga sabia perfeitamente, assim como seus comandados, que iria enfrentar um galo de briga, muito bem treinado pelo Cuca, e jogando em seu terreiro: em Minas Gerais. Nos primeiros 10 minutos ainda houve uma pressão do Galo bem contida pelo time tricolor, depois disso, só dava Atlético. Revivendo o espírito de Castilho, Cavalieri fazia defesas difíceis e vez por outra, as traves que tem 12 cm de diâmetro, para quem não sabe, salvavam sua pele. Contrariando a expectativa, o primeiro tempo terminou em 0 x 0.


Veio o segundo e as emoções aumentaram, o Fluminense saiu na frente. E já dava toda impressão que iria fazer mais uma vítima à sua maneira, assim, meio desavisadamente. Mas, cometeu um erro grave, o time relaxou diante da gordura tão apregoada nos últimos dias. Thiago Neves abusou da sorte dois minutos depois ao perder a chance de liquidar a partida. Abel Braga abusou da sorte ao demorar a substituir o que não ia bem, e o time num todo passou a abusar da sorte achando que a bola não iria entrar. Culminando o pecado capital de deixar Ronaldinho trabalhar com liberdade. A virada era questão de tempo e foi. O que não era previsto era o gol de empate tricolor, já no final. E menos previsto ainda, mais uma vez por abusar da sorte, e se lambuzar em demasia na tal gordura que, segundo a imprensa merecia um lipidograma completo, leva o terceiro gol nos segundos finais. Para alegria da torcida mineira, preocupação do clube das Laranjeiras e satisfação geral daqueles que bancam o Campeonato Brasileiro.

Esqueceram as sandálias da humildade e usaram salto alto no Independência. O galo não perdoou. Jogou com uma fome de 41 anos sem título Brasileiro. Que o Fluminense abra o olho. Um não, os dois.



Já o Flamengo, conseguiu respirar um pouco ao bater o São Paulo, no Engenhão. Com um pênalti perdido pelo tricolor paulista, o time da Gávea achou um gol de cabeça e mais 3 pontos que podem distanciá-lo da zona de rebaixamento e até livrá-los definitivamente de uma possível queda.

Vamos aguardar. Eu não acredito, não creio que o Flamengo tenha time para cair e que a cidade do Rio de Janeiro tenha estrutura de segurança, estádios, e tudo ou mais, para dar suporte a um Flamengo na série B.

No mais, tivemos placares apertados nos outros jogos e poucas surpresas. Cabe um registro final a mais uma tentativa de homicídio da organização dos jogos do brasileiro. É uma pena que nenhum dos que planejam os horários dos jogos, vistam chuteiras e meião e entrem no gramado ao sol das 15:00. Eu quero ver o dia e até o que o Faustão vai falar depois, que vier a acontecer um óbito dentro das quatro linhas, por algum problema clínico relacionado ao intenso calor e o sol inclemente.

Jogar no sol das 15:00 é insensato e criminoso.


Abraços, Fernando Afonso. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

JOGANDO CONTRA O PATRIMÔNIO














É, companheiros, ainda tem muita gente fazendo gol contra. Mais do que eu imaginava. Essa crônica ainda é uma extensão da última. Havia outros assuntos para abordar, principalmente do Campeonato Brasileiro, que passa inclusive por um momento recheado de polêmicas infláveis. Asneiras sem tamanho. Como se não bastassem as de dentro do campo. Mas aconteceu o que eu supunha, depois das linhas que escrevi metendo o pau nos atuais donos do futebol brasileiro, popularmente falando. Eu sabia que alguns “amigos”, alguns de longa data, tinham algum grau de compromisso com eles. Mas não imaginava que eram tantos. Sofri ameaça por e-mails e outras até aqui pelo Facebook e twiter, onde perdi inclusive alguns “amigos” que me excluíram, e não foram poucos. Paciência. Obviamente não eram meus amigos. Obviamente têm pavor que seus patrões e gerentes, ou até aqueles que somente acompanham o relator leiam alguma coisa ou tomem conhecimento e exponha a clareza dos seus trabalhos ou os relacionem a mim. O que naturalmente ia deixá-los mal na fita. Eu sei que no fim das contas é muito triste e complicado. Eu não abro mão do meu caráter, da verdade e do conceito que tenho de futebol até hoje. É muito fácil você se dar bem. Basta você agregar os pensamentos, decodificar os famosos em destaque e os abraçar mesmo que os odeie. Sacar para que lado vai o vento e empinar sua pipa nesta direção. Fazendo isso, você é “saudável” e vive cheio e cercado de bons “amigos” em sua profissão. Do contrário, companheiro, será discriminado. Boicotado e sumariamente desligado do meio e vai ingressar na lista negra dos inimigos do atual comando do futebol brasileiro. Fiquei impressionado com a quantidade de “colegas”, principalmente ligados à TV ou trabalhando nela, tanto aberta como a cabo, que me afastaram. E olha que não citei nomes, não dei indireta alguma, a não ser uma crítica direta a um comentário infeliz de Galvão Bueno, até porque entendo a posição deles, mas eles têm de entender que o interesse popular está acima.

É assim que eles trabalham. Quem quiser ter sucesso e acompanhá-los, acreditar no papo deles, terá êxito, costa quente e boas “companhias”. Do contrário, será taxado de neurótico, mala, criador de casos e outros verbetes que pulam de língua em língua nesse comando nojento. Neste comando que pouco se importa com o sucesso do futebol Brasileiro a médio e longo prazo. Neste comando que apenas se preocupa em manter e repartir entre os seus, os privilégios conquistados. Privilégios adquiridos em clubes, com os cartolas mandantes, em Federações ou fora delas, com empresários, amiguinhos, etc. É até bom que se diga que eu nada tenho contra empresários. O futebol brasileiro é nossa maior moeda. Sempre ouvi isso de um célebre jogador do passado. E, em muitos casos, vários empresários já descobriram ou deram destaque e mesmo salvaram a carreira de vários jogadores, enriquecendo famílias e gerações, lógico que a deles também. Ocorre que outros têm como plataforma de trabalho viver colado às influências e embaixo da sombra de uma árvore que está por cair de podre. E todos conhecem os cidadãos que começaram a usufruir predatoriamente dela. Insistem em se meter num terreno que nada ou muito pouco conhecem. E seus descendentes continuam arrancando a fruta do pé antes de amadurecer. Sem raciocinar que o futebol do estado vizinho enfraquecido também atrapalha seus negócios.

Resumindo: eu não vou mudar de lado para satisfazer a banda A ou a banda B. Não tenho e nunca tive banda nenhuma, a não ser a do verdadeiro futebol brasileiro. E por amor a ele, jamais me afastaria ou me afastarei de minhas convicções e minha mentalidade sobre futebol. Retornando ao final do que disse no último post, com o título de “Quanto vale uma copa?”, onde me referia no final a “O futebol brasileiro está entregue a uma máfia”, endosso mais uma vez as palavras que usei e só não acrescento nomes, porque não sou dedo duro e meu trabalho não é esse. Não compete a mim. Até porque, sei que mais cedo ou mais tarde, a criatividade e as desculpas dos programas das segundas-feiras e respectivos debates esportivos da TV, que são uma farsa, pois não existe debate nenhum e sim um padrão pré-determinado de conduta na telinha das transmissões vazias ou argumentos furados defendendo A, B ou C por rabo preso, irão pro vinagre.

Não há jeito, meu amigo. O futebol brasileiro está entregue, sim, a uma máfia. E a sobrevivência de um depende da morte do outro. Podem arquivar e me cobrar.

Um abraço.

Fernando Afonso.  

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

QUANTO VALE UMA COPA? ACORDA BRASIL!














Pessoas em geral, há três dias escrevi sobre esse jogo fantasma, Brasil X Iraque, em certo tom de ironia. Achei que a ocasião merecia, foi quando tomei conhecimento oficial. Mas agora, segurem as labaredas. Não estranhe a voracidade das minhas críticas, serão até brandas, a meu ver. Eu assumo.

Eu disse no título, “quanto vale uma copa?”, com certeza absoluta, para os indivíduos que dirigem o futebol brasileiro, GRANA E PODER, apenas isso. Só não sei se também, alguma vingança. Sei que o malefício já se disseminou entre muitos jogadores, mas não vou falar do que suponho. Posso falar, sim, do que sentiam feras como estas acima ilustradas em meu Blog, quando vestiam a camisa amarela e representavam o nosso país.

Sei que a partida de hoje terminou em 6 X 0 para o Brasil, mas confesso que desliguei um pouco antes. Senti-me enjoado e indignado com tanta imundice e podridão, partilhada até pelo locutor do jogo, todos sabem trata-se do Galvão Bueno, que logicamente deve ter laços de amizade ou de outra natureza com a CBF, pois diante de um absurdo daqueles que vimos hoje, um homem de experiência, mesmo não a exercendo nas 4 linhas, chegar em algum momento a supor que o Brasil estaria adotando o estilo espanhol de jogar por não manter centro avante fixo, é caótico. Como se diz na gíria, sujou geral!

É jogo contra os que jogam em casa da Argentina, é jogo sem luz, Bósnia, China... E no melhorzinho, se enrolou toda, que foi contra a África do Sul. Agora vem por aí o Japão e a Colômbia, esta, nos Estados Unidos. Por que Estados Unidos? Alguém sabe me dizer? Qual o critério da escolha dos adversários e respectivos locais de jogo? Técnico? Tático? Apenas financeiro? Não se esqueçam dos políticos. Reparem a clara necessidade de enfrentar o Iraque na Europa, diante de mil e poucos funcionários brasileiros que lá moram e talvez uns 15 mil iraquianos mais abastados, que fugiram de seu país antes da guerra. Talvez nem muçulmanos sejam.

A qualidade da seleção do Iraque não vale um comentário sequer, muito menos a nossa. Faltando menos de 1 ano e meio para estar pronto para uma Copa do Mundo, você continua experimentando jogadores daqui e dali, testa esse e testa aquele? Ora, senhor Mano, ninguém aqui é idiota. Se eu fosse adepto da teoria da conspiração, faço uma força imensa para não me tornar, ia jurar que vocês estão boicotando o Brasil. Ia jurar de pé junto que Ricardo Teixeira, lá de Boca Raton e ainda recebendo dividendos pela CBF, por vingança, deixou em seu lugar gente com as piores intenções possíveis e que pouco se importassem com o país que representam, no intuito de denegrir a pátria. Desmoralizar quem o tirou do poder.

Antes fossem aquelas críticas nas fases preparatórias de Dunga e Felipão. Havia erros de escolhas e de mentalidade, mas em ambas as seleções, além de haver uma preparação mais compreensível, sem discutir se era certa ou errada, tínhamos 4 ou 5 capazes de resolver o problema, como, sem desmerecer Felipão, o fizeram Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e Kleberson, em 2002. E quem existe hoje com capacidade pra isso? O Neymar? Aquele a que todos jogam uma responsabilidade nas costas? Ou só o treinador?

Não se vê mobilização alguma, não se vê preparo, nem a mínima seriedade no que diz respeito a seleção brasileira.

Que a torcida não venha a se revoltar em 2014 com o que inevitavelmente verá, a julgar pelo que estamos vendo. Que ela não se surpreenda com a humilhação e o sofrimento que irá passar. A pedra está mais do que cantada.

A SELEÇÃO BRASILEIRA ESTÁ ENTREGUE A UMA MÁFIA.

Só isso.


Fernando Afonso

terça-feira, 9 de outubro de 2012

BRASIL x IRAQUE. NÃO PERCA!


















Esse confronto eu prefiro escrever antes. Desculpem-me, eu não resisti. O anterior, aos que pensam que não serviu para nada, lembro que o clássicos das Américas valeu sim. Serviu como teste pra avaliar nosso controle emocional na escuridão do gramado e com as arquibancadas lotadas. Nossa comissão técnica pensa em tudo, gente. Vai que há um apagão durante um novo Brasil x Uruguai decisivo, no Maracanã, e que por várias razões tenha começado mais tarde?

Mas, voltando ao jogo do Brasil de quinta...

Aconteça o que acontecer, tenha o resultado que tiver, não deu para esperar. Quando li no jornal o jogo de quinta feira (11)... Escrevendo novamente, BRASIL X IRAQUE. Tomei iniciativa de me antecipar, gente. Eles se superaram!

Os cartolas chegaram ao limite. Eu não sei se eles marcaram esse jogo durante a guerra, quando Saddam era vivo...
Mas marcaram. Quem sabe, eu estou aqui naturalmente ironizando, mas, tudo é possível. O auto comando e a comissão técnica têm lá suas razões técnicas, psicológicas ou até táticas. Mesmo que sejam táticas de guerrilha. Mas nem isso pode ser. Afinal, o Iraque é um país “pacificado”. Eu presumo que Mano esteja imaginando que na Copa do Mundo, que volto a repetir, falta muuuuito tempo ainda, 1 ano e pouco, encontre alguma escola de futebol semelhante ao do futebol jogado no Iraque. E é melhor se preparar. Prevenir não custa nada. Talvez ele alegue isso em alguma entrevista pré-jogo. Que podemos ser surpreendidos por alguma seleção com estilo de jogo do oriente médio parecida com o do Iraque. Talvez faça sentido, não é? Até porque, nos filmes americanos, as produções não usam os Schwarzenegger’s da vida para combater os malfeitores e terroristas sanguinários iraquianos? Nós estamos prontos. Temos o Hulk caso haja algum problema ou mais algum atentado ao futebol ou a integridade física de nosso elenco ou nossa delegação. Por falar em delegação, não me informei sobre quem vai chefiá-la. Se será algum ministro de estado, não sei. Em todo caso, eu se fosse o Jose Maria Marin ou o Andrés Sanchez, me comunicava como o serviço secreto dos EUA. Mas, creio que eles já fizeram isto. Naturalmente com a competência e seriedade que lhes é peculiar, já tomaram as devidas providências.

Fico aqui imaginando a torcida, gente. Como será? Serão iraquianos? Brasileiros que moram no Suécia? Judeus ortodoxos, heróis da resistência? Veteranos de Guerra? Isso nós vamos conferir mesmo. Ao vivo, direto e à cores. Na telinha. E com muita emoção! Vamos nos unir e fazer aquela corrente pra frente. Apesar de ser um jogo preparatório, o confronto entre Brasil e Iraque como citei anteriormente, é coisa séria, muito séria! Talvez peça chave no quebra-cabeça e na estratégia ou Strateggia, como dizia no filme do BOPE. Vamos conferir todos juntos.

Portanto, já sabem, amigos ou inimigos da Globo, da Band, não esqueçam: Quinta feira, 22:00, na Avenida Brasil. Quer dizer, depois de Vale a Pena Ver de novo, porque na verdade, o jogo começa às 15:30, por ser na Europa.  


Até Quinta, se Deus quiser!


P.S: E se faltar luz, hein? 


domingo, 30 de setembro de 2012

A MALDIÇÃO DO CENTENÁRIO




















Não é a do estádio Centenário, de Montevidéu não, gente. Em 95, ano do centenário do Flamengo, gol de barriga do Renato, um gaúcho. Agora, nos 100 anos do clássico, novamente vitória do Fluminense, gol de Fred, um mineiro. Sem falar no Fla x Flu do primeiro turno. Acho que quem tem que explicar melhor esse trauma, é o Vágner Love. Aquele centro-avante que apesar de técnico e talentoso, faz falta em quase metade dos lances em que disputa, porque já sai empurrando e jogando o corpo para trás antes de receber a bola. Essa semana, o artilheiro rubro-negro, garantiu que o raio não cairia 3 vezes no mesmo lugar. Ele até que acertou. Vamos dizer, 2 vezes e meia... Porque, dessa vez passou raspando nele e acertou em cheio o Cleber Santana. E ainda querem vir com essa conversa de que o futebol no passado era mais fácil do que hoje em dia. Só o time do Flamengo, este ano, perdeu 4 gols que nem na pelada mais vagabunda do aterro você vê. Perderam por quê? Porque o futebol é mais rápido? Mais difícil? Mais pegado? Ou porque não sabem tratar a bola como os virtuoses a tratavam? Ou hoje mesmo, como um Deco e um Fred o fazem.

Continuando sobre o Fla x Flu, que merece destaque especial, primeiro por ser Fla x Flu, depois por ter sido muito emocionante. Dividindo o comentário em duas etapas, primeiro falo das críticas que faço, que envolveram o jogo. A primeira delas vai para um cidadão chamado Marcelo de Lima Henrique. Apesar de provavelmente o serviço ser feito por seus chefes, que são a FERJ e a CBF. Qualquer garoto que acompanhe futebol e não tenha soltado pipa no ventilador ou jogado bolinha de gude no carpete, sabe que futebol é negócio. E onde tem negócio, tem dinheiro, logo, tem sujeira. Infelizmente o futebol não é exceção. Por diversas vezes esse juiz, teve atuações ou infelizes ou mal intencionadas. A meu ver, a de hoje claramente buscava um resultado para a cidade, me pareceu o empate. Ficou claro, na quantidade de faltas invertidas, não marcadas, cartões exibidos e no pênalti inexistente. Tá em dúvida? Veja o vídeo-tape com a maior neutralidade que você puder. Depois julgue você mesmo. “Ah, isso não existe em futebol!” Eu diria, porque não existe? Só para remarcar esse lance do pênalti, Diguinho apesar, de trapalhão, como sempre, não derruba o jogador do Flamengo, que claramente se atira, chegando a jogar as duas pernas pro alto. Que banda, heim? Um juiz da Europa era rápido e objetivo: cartão amarelo pela simulação do Wellington Silva. Pior que se percebe que “ele” conhece regra. E sabe apitar. Mas nem sempre pode ou quer como a regra manda.

Outra parte da crítica despejo em cima de alguns rapazes da TV que viram um jogo absolutamente diferente do que foi. Os da transmissão e os que comentaram então... Dava tristeza. Sei que é necessária a polêmica. Mas não entendi a análise deles. Por várias vezes falando em massacre, num Fluminense acuado e recuado cedo demais, mal em campo, num dia milagroso de Cavalieri... Que coisa, heim? Já que alguns fãs do Harry Potter gostam tanto de scout, reparem nele que a única supremacia do Flamengo nos primeiros 45 minutos, foi em relação a posse de bola. O que não quer dizer absolutamente nada em futebol. Meus caros, O Flamengo não precisa disso. Melhorou a olhos vistos. Dorival Junior conseguiu reorganizar seu meio-campo, o time joga mais compacto, com uma marcação mais forte, muita garra e até se excedendo um pouco em jogadas mais ríspidas. Já havia dito isso contra o Galo. E hoje, não haveria razão para jogar diferente. Durante toda a partida, na realidade, o Flamengo perdeu 4 chances de gol efetivas. E o Fluminense também. Mais uma vez eu convido ao vídeo-tape. O Fluminense saiu na frente com um belo gol de Fred e teve chances para ampliar. Perceba que até o final do primeiro tempo, você vê mais o goleiro Felipe na tela do que o Cavalieri. E até os 23 do 2º, em duas ocasiões, o Fluminense poderia ter decidido a partida tranquilamente. A partir daí sim, com as substituições de força, o Flamengo dominou o meio campo, o Fluminense abriu espaço em demasia e o Flamengo pressionou mais e esteve bem mais perto do empate. Mesmo assim, a favor do Fluminense, lembro que ainda foram duas bolas na trave, uma difícil defesa de Felipe e um incrível gol perdido. Enquanto do lado rubro-negro, o tal gol que Cleber Santana enxergou 10 metros mais acima, a defesa de Cavalieri na cabeçada de Nixon, no pênalti mal marcado e tirando a defesa na boa saída do goleiro, no primeiro tempo. No mais, aonde foi providencial a participação de Cavalieri, apesar de estar brilhando há algum tempo?

O Fla X Flu será sempre um jogo emocionante. Sua história já trás isso. Dispensam-se maiores patrocínios, folclores e promoções. Deixem o evento com a torcida, deem segurança e times razoáveis para que elas possam torcer. O resto elas o fazem naturalmente. Não há necessidade de invenção.

Bem... Eu queria falar mais sobre a rodada, mas meu espaço acabou. E Fla X Flu, é Fla X Flu. Fico devendo sobre os demais.



Boa semana e bom início de mensalão!


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

E O GALO PAGOU A CONTA DA IRA DO URUBU




Mais uma vitória da cartolagem do nosso futebol. Não entendeu? Eu explico. Não assumindo sua incompetência, suas falhas e erros na condução do futebol rubro-negro este ano, a diretoria optou pelo caminho mais fácil possível. Jogou o prejuízo chamado Ronaldinho Gaúcho para cima da torcida. E o torcedor, coitado, cego pela paixão, engoliu. Desde que R10 ou R49 saiu do Flamengo, uma certa dor de corno tomou conta da Gávea. Houve até programa de televisão só para tratar do assunto. O restante, todos acompanharam e já sabem.

Veio esse jogo mal adiado, prática comum da CBF, que prejudica e mexe com o andamento do campeonato (vide o caso do Atlético perder por suspensão um dos melhores jogadores do Brasil no momento, chamado Bernad). É um erro grosseiro da regra, pois o jogador teria que cumprir suspensão na partida subsequente da rodada seguinte. E não vir a cumpri-la em uma partida adiada. Imaginem se fosse uma decisão?

No mais, foi fácil para a diretoria. Foi só alardear o suficiente, contar com o apoio da mídia e baixar o ingresso em 5 reais. Um jogo que previa talvez de 7 a 10 mil torcedores, num dia “Antártico” no Rio de Janeiro, transformou-se numa decisão para o Flamengo, que faz com que eu defina este jogo em si em poucas palavras: ganhou o time que entrou mais afim de ganhar. Entrando na disputa como se fosse um prato de comida. Jogando com disposição incomum. Tudo isso para vingar o “traidor” R10? Não... O clima gerado por ele no jogo, os motivou a ponto de vencerem com toda justiça o Galo, deixando mais longe qualquer ameaça de rebaixamento.


Abraços e agasalhem-se!



Em tempo: que juízinho medonho, heim? Horroroso em qualquer aspecto! Mas, para o atual futebol brasileiro, está de bom tamanho, não está não?

domingo, 23 de setembro de 2012

JÁ É PRIMAVERA NO REINO DA BOLA


Líder por uma semana

Batendo um papo mais descontraído sobre os últimos acontecimentos do nosso futebol, vamos começando com o primeiro colocado, o líder. Uma colocação que o Fluminense merece. Dando uma olhadinha na campanha do clube, percebe-se facilmente. Quem não parece perceber são alguns setores da mídia esportiva. Quase não tenho lido ou ouvido nada a respeito do time das Laranjeiras como líder do campeonato e candidato de fato ao título. Tanto que, por diversas vezes, ouvi esta semana, esta pérola sobre o jogo Atlético Mineiro e Grêmio: “Jogo com ar de decisão antecipada”. Esquisito... Tão adivinhando o final da novela? Isso me faz lembrar o genial Nelson Rodrigues quando desabafou sobre caso parecido nos anos 60. Em tom irônico, Nelson cutucava seus oponentes, que diziam que o Fluminense era líder por uma semana quando alcançava o primeiro lugar. Não precisa nem lembrar o desfecho do caso...


Será que o Galo é copeiro?

Apesar do teimoso 0 a 0, esse Grêmio e Atlético foi um excelente jogo. Ronaldinho, em alguns momentos, me fez lembrar da injustiça ou loucura, sei lá, de Dunga não  tê-lo convocado em 2010. Se hoje o cara desequilibra, imagina há quase 3 anos. Fez duas ou três jogadas, ainda no primeiro tempo, que, se o Grêmio não fosse, como sua torcida consegue cantar 90 minutos ou mais, um time copeiro, que exerceu marcação muito bem feita sobre o Atlético, forçando seus jogadores a falharem nas conclusões, o Galo tinha cantado mais alto nessa rodada. 


Flamengo melhorou ou o vento soprou a favor?

Em matéria de organização tática e na diminuição de certos repetitivos erros, o Flamengo teve um nítido avanço. E apesar de não ser uma Brastemp, o Cleber Santana veio dar uma boa ajuda ao time. Mas esse jogo, pra mim, vai ficar marcado por dois aspectos. O primeiro, que provavelmente dois centroavantes do Flamengo conseguiram perder, Deivid e Love, num só ano, um dos 5 cinco gols mais feitos que vi um jogador perder na minha vida. O outro, a estranha disposição do time do Atlético Goianiense. Quem tiver a gravação do 2º tempo da vitória de hoje do Flamengo, dá uma olhadinha, não custa nada. Você vai assistir um passeio estranhamente descontraído da zaga do time goiano, numa bela tarde de Domingo, no gramado do Serra Dourada. 


Ganso prefere São Paulo

Paulo Henrique Ganso trocou os ares da Vila Belmiro pelo requinte do Morumbi. A mudança foi traumática. Em alguns aspectos, acho que Ganso não teve culpa alguma. Em outros, acho que lhe faltou maturidade. É preciso levar a sério no futebol os altos e baixos e quedas de produção repentinas de jogadores como ele. Ninguém faz o que Ganso fez nos últimos 2 anos e para ou esquece. Não existe isso em futebol. Onde estará o problema? 


Botafogo vai ficando... Por ali

Sinto alguma tristeza vendo a dedicação do Seedorf e pressentindo que não vão lhe corresponder. Se o Botafogo venera tanto Loco Abreu, com o pouco tempo de casa, deveriam pensar um pouco mais no Seedorf. Acho que graças a ele o Botafogo não está bem mais atrás. Pois que eu saiba, desde o fim da geração Selefogo, nos anos 70 e da tentativa de extinção do Alvinegro por parte do então presidente Charles Borer, só vi dois períodos fortes do Botafogo. Um alimentado pela força da grana de Emil Pinheiro, que durou o suficiente para derrubar aquele trauma de 21 anos. E o outro, da era Túlio, onde a verba daquele suco de limão levou o Botafogo ao título mais alto do futebol brasileiro. E só. São 40 anos de irregularidade, ilusão e times montados até a gasolina chegar na reserva. 


Vasco até debaixo d’água

Depois da estranha goleada diante do Bahia, em São Januário e da não menos estranha recuperação sobre o Palmeiras, o que convenhamos não é nada difícil, assisti hoje a um Vasco e Ponte Preta de encher o saco. O jogo foi triste por parte dos dois times. Calor mesmo quem deu foi o sol da tarde de Campinas. Porque no mais... Dizem até os mais gozadores que a Ponte Preta comemorou e deu graças a Deus ao final do jogo. Não pelo empate, mas sim por ter resistido à marcação homem a homem do time do Vasco, depois de uma semana sem água no clube da colina.






Até a próxima!




quarta-feira, 19 de setembro de 2012

LINHA DE “MANO” ÚNICA













Pessoal,


Antes de falar um pouquinho desse jogo inexplicável entre Brasil e Argentina, quero dar uma pincelada e sair em defesa, pasmém, dos árbitros e bandeirinhas. A partir de agora, o futebol brasileiro está à caça de: “ATACANTES E ZAGUEIROS MAL DOTADOS”. Aliás, já não era sem tempo. Me explica uma coisa, você ainda vê jogos na televisão, vê aquelas jogadas duvidosas de impedimento, ou até de outras possíveis irregularidades, e entra em profundo debate no dia seguinte sobre o tal tira-teima? Se você faz isso, é bom rever seus conceitos. Eu, por exemplo, chego a rir de chorar quando vejo um Marsíglia, Wright ou Arnaldo decodificando uma jogada polêmica. Primeiro porque na maioria das vezes eles erram. Segundo, porque sustentam uma idiotice tão grande que seus resultados não devem pagar nem os investimentos para os equipamentos que marcam aquela linha que mostra que seu zagueiro ou atacante estava 17cm atrás ou 25cm a frente. Coisa erótica, não é? E olha que esses caras trabalharam durante anos e sabem que dentro dessa regra da FIFA, a tal mesma linha, é impossível você arbitrar corretamente. Jamais o passe, o lançamento serão captados pelos olhos humanos, seja por um bandeira mal intencionado ou um juíz ladrão ou não, com precisão. É impossível. Congelando a imagem, é mole! Ainda mais com aquela risca eletrônica. Agora, talvez um bom vesgo possa aparecer aí para me desmentir. Quem sabe ele consegue precisar exatamente a hora que a bola sai do pé do atacante, do órgão que dá ou não condições para a legalidade da jogada. Porque do contrário, meu amigo, a uma média de 30, 50 metros do lance, é impossível. E como a FIFA não tem nenhum interesse em modernizar com o replay adequado, algo do tipo um photosharp, a polêmica será sempre um meio de audiência.

Portanto, aconselho: quanto menos dotado físicamente, melhor.



Conforme eu disse, reservo esse pedacinho para falar desse jogo inodoro. E olha que é o clássico das Américas. Mas eu confesso que apesar de saber que provavelmente os interesses são outros e não os de armar a seleção brasileira fiquei satisfeito com alguns detalhes que vi.

Primeiro, a constatação de que a seleção formada aqui no Brasil é bem melhor que a considerada titular atualmente. Depois, em ver o Lucas jogar daquela forma, à moda antiga, com inteligência, abrindo a defesa adversária, indo pra cima e aplicando dribles dignos dos bons tempos. Uma pena suas jogadas não terem sido melhor aproveitadas porque seu xará, lateralzinho direito, não sabia acompanhá-lo, o meio não encostava para dialogar e várias vezes ele ficava isolado com dois ou até três marcadores argentinos. E para piorar ainda, o professor Mano resolveu tirá-lo aos 30 minutos do 2º tempo, para, em 15 minutos, tentar conhecer o Wellington Nem e esperar que mostrasse, nos mesmos 15 minutos, que tem condições de ser convocado para a seleção brasileira. Aí, Mano, sua boa ideia de manter o Lucas aberto e o Fabiano no meio, como jogam no São Paulo, para ganhar maior conjunto, foi por água abaixo. Até porque, você não manterá esse esquema em jogos oficiais, digamos assim, e o torcedor não vai deixar de chamá-lo de burro, adjetivo que você parece estar se acostumando, mesmo contra vontade.  


Abraços, galera!

sábado, 8 de setembro de 2012

Futebol força ou outras coisas?




Vamos lá! Tentar em umas linhas um breve comentário, se é que isso é possível, falar desta “seleção” brasileira.

Até porque a palavra seleção não é a mais adequada. Em qualquer pelada de rua, quando você, peladeiro, escolhe seu time, faz uma seleção dos melhores pra você, principalmente se for feliz no par ou ímpar. Não é o caso desta seleção. Nem na escolha e muito menos no par ou impar, pois a contabilidade ali é outra. Só vejo dois meios possíveis de comentar sobre o que vi ontem e tenho visto desta seleção. Se você falar sobre o lado técnico e tático, vai ser redundante. O time de Mano Menezes só conseguiu agradar mesmo aquele japonezinho e seu colega, que você viu na TV, na arquibancada, que a Globo escolhe e mostra pra distrair sua família e desviar sua atenção. Na verdade ele devia estar é louco pra chegar em casa, pedir uma pizza e correr para o seu vídeo game. Seria menos sofrível.

Degradante ver a seleção brasileira ser representada por jogadores que não têm vaga assegurada em muitos clubes de ponta no futebol. Pior ainda os critérios de convocação. Não é o caso de ficar chamando o treinador de desonesto por isto ou por aquilo. Ele não teria capacidade e poder pra agir sozinho. A responsabilidade é muito maior de uma estrutura que não caiu de podre por razões que desconheço, mas imagino. O mais inacreditável de tudo é ouvir na locução o cara dizer que isso é assim mesmo, estão tentando achar o time pra Copa. Valha-me Deus! Que onipotência, hein? Sete de setembro de 2012 e a “parada” pode-se dizer, que não tem um titular absoluto. E eles estão montando o time? Uma seleção brasileira para uma Copa do Mundo no Brasil?

Em determinados momentos a gente chega a pensar que a coisa é proposital, que os caras enlouqueceram. Você olha pro gol, vê um goleiro quase desconhecido, arrojado... jogando com seriedade ... e tal, vê um time correndo num toque desesperado e desencontrado. momentos de uma autêntica pelada, que só não termina numa derrota retumbante porque a seleção adversária, a “poderosa” África do Sul, ainda inocente, sem estratégia de jogo, respeitou demais os semblantes e a camisa azulão. Se eles não se precipitassem, tivessem ao menos uma estrelinha ali, com certeza o Brasil Cairia do cavalo no feriado.

Impensável saber que não ouvi um comentário dos “bambas” da atualidade, até agora, lembrando que esta Copa carrega inevitavelmente o peso de 50. Não interessa se são 64 anos depois. Futebol ainda é futebol. Ou não? O maior público da história estava ali, naquela tarde de 16 de julho de 1950, um adversário sul americano levou um país inteiro ao desespero e a um trauma que, para alguns, dura até hoje. É evidente que mesmo jogando num estádio com menos da metade da capacidade de um monumento cultural popular e sagrado do povo brasileiro, que jogaram abaixo, o fantasma vai dar o ar de sua graça, não tenho dúvidas.

Agora, quanto a ontem, a minha TV também estava lembrando as do passado. Mesmo com TV a cabo a imagem estava com alguns fantasmas. Vi e ouvi coisas esquisitas, como Daniel Alves, no intervalo, cheio de autoridade pagando geral, pelo comportamento da até comportada torcida paulista. Vi um Neymar perdido e espantado, vi um time correndo sem nenhum esquema de jogo e o próprio Neymar mais espantado ainda deixando o campo aos 44’ do segundo tempo, não numa substituição tática para segurar o resultado, mas sim, carregada de uma dose de má fé. Conveniente para o treinador saber quem seria vaiado aquele momento e, ninguém melhor do que o Neymar pra isso, aquela altura. Até porque, o que Arouca vai acrescentar em termos defensivos aos 44’ do 2º tempo? Ficou em 1 x 0, num bate rebate aproveitado por um dos nomes mais famosos do futebol por aqui do momento, este artista, personagem de histórias em quadrinhos ou jogador, sei lá: este incrível Hulk. É isso aí. Depois dessa acho que não vale a pena continuar escrevendo mais não, né?
Bom fim-de-semana!!!
Aproveitem o feriado ensolarado, que é mais negócio! Principalmente em se tratando de seleção brasileira. 

Em tempo: já providenciaram Recife e um jogo da China para acalmar os ânimos. Não esquecem as eliminatórias de 93. Só que aquele time, apesar das deficiências, já estava armado. Se a estratégia não der certo lá... E contra a China...