domingo, 29 de novembro de 2015

E O FUTEBOL BRASILEIRO VAI FICANDO MAIS POBRE



Primeiro parabenizo o jovem time reserva do Santos no jogo com o Vasco, que irei comentar, pela honradez e brio. Os garotos jogaram visivelmente com seriedade. E o Santos tinha razões competitivas para escalá-los, devido a Copa do Brasil. Diferente do que aconteceu, por exemplo, em Chapecó, onde essas pequenas cidades e alguns estados do Sul têm uma rivalidade com o futebol do Rio de Janeiro, até sei o porquê, mas não vou polemizar. 


Eurico pode estar errado em tudo, mas nessa briga com Santa Catarina e vizinhos, faz sentido, sim. E a julgar pela decisão da vaga no próximo domingo, envolvendo Figueirense e Fluminense, acho difícil que alguma coisa mude. Pois isso envolve seriedade e profissionalismo que um dos rivais locais do Vasco, no caso o Fluminense, certamente não tem. Portanto, acho difícil que o Fluminense de domingo que vem seja ao menos o Santos de hoje. 

Para a mídia em geral será um prato cheio após o fim de um campeonato melancólico e paupérrimo de futebol. Sem desfazer do mérito do título corintiano, nada melhor que terminar a última rodada com um final dramático para chamar atenção. Talvez o leitor esteja pensando no que estou me baseando para dizer isso ou se por acaso tenho bola de cristal. Basta acompanhar o futebol com isenção total e perceber que logo de cara seu comando no Brasil não tem a menor seriedade, menor sentido e credibilidade. Logo, por que os clubes haveriam de ter? Perceber algo de errado numa partida de tênis é bem mais fácil do que num jogo envolvendo 22 jogadores. De toda forma, sempre haverá polêmica nesta questão. 

Sobre Vasco x Santos, vale lembrar que mesmo com vitória de hoje, o Palmeiras que já virou o fio foi derrotado em sua casa pelo fraco Coritiba, que decide justamente o rebaixamento com o Vasco em sua casa, no domingo. Resumindo, o Vasco terá de jogar muito e contar com a sorte. Coisa que começou a tentar fazer já muito tarde dentro da competição, jogando pontos, praticamente ganhos, fora, mudando treinadores e equipe a todo momento. Enfim, deixando para tentar uma reação, com a má qualidade de futebol que ainda continuam exibindo, muito tarde. Hoje, por exemplo, se não fosse o talento de Nenê, não sei não.

Fico perplexo como os treinadores se preocupam em demasia com a função tática dos jogadores, nestes momentos agudos e decisivos onde predominam mais a frieza e a técnica. Se reverem a quantidade de gols que o Vasco perdeu ao longo do campeonato e hoje mesmo, apesar da deficiência técnica nas conclusões, com um pouquinho mais de frieza teria convertido vários. Bastava olhar, era só um toquinho para tirar do goleiro. Não precisavam ser os toquinhos do Romário, por exemplo. Feijão com arroz servia, mas sempre trabalhando a frieza exaustivamente nas conclusões. Isso não é feito como deve. Riascos, Jorge Henrique e o próprio Nenê perderam gols que em treinos, com certeza fariam. Obviamente o emocional foi o maior inimigo.

Vamos agora à decisão da Copa do Brasil com favoritismo para o time santista e a rodada que pode definir a queda tão anunciada do gigante da colina no Brasileiro. Em que pese seus enormes problemas e defeitos, se acontecer, fará falta na Série A. São, por baixo, 16 milhões de torcedores a menos prestigiando e é uma camisa gloriosa a menos diante de tantas outras que, com todo respeito, estão na Série A devido a ações e medidas sombrias que permitem que a política e outros interesses se sobressaiam ao futebol e suas grandes emoções.

Abraços!

domingo, 22 de novembro de 2015

SEM SURPRESAS


O TÍTULO ANUNCIADO DO TIMÃO...A NÃO SER QUE NA PARTE DE BAIXO O VASCO DA GAMA DÊ SEU JEITO. FORA ISSO...

Começando pelo início da rodada, um comentário sobre o que vi antes, em Atlético Paranaense 3 X 3 Palmeiras. Fora a noite infeliz do árbitro, os últimos minutos daquele jogo, com duas viradas consecutivas, provam e comprovam que quem pensa que o que falta ao futebol brasileiro é modernidade está redondamente enganado. Tomar um empate, nos acréscimos, de um time descontrolado e desesperado como o Palmeiras, prova que o nosso futebol é jogado sem liderança, sem conhecimento entre os jogadores e sem sentido de equipe. Ou seja, você não pode entrar em campo por ser bom e cumprir determinada função com eficiência, apenas. Tem que entender de futebol e o futebol. Qualquer time experiente e do modo que estou falando rodaria a bola e deixava o Palmeiras arrancar os cabelos e se despedaçar. Atualmente os jogadores são autênticas marionetes nas mãos dos treinadores que querem ser e aparecer mais do que eles. E eles, jogadores, aceitam tudo. Gostam de serem chamados de atletas pelos professores. É-lhes conveniente. Pela fortuna que os mais famosos recebem, deve vale a pena, não é?
Indo a São Januário, sem necessidade de explicitar as outras partidas inexpressivas e mal jogadas desta rodada, já vinha dizendo no meu blog, desde maio deste ano, que o título estava à feição do Corinthians. Estrutura pronta, os melhores jogadores à disposição criando um elenco forte e com sobras de reposição, muito dinheiro, a força de sua torcida apoiando e acreditando e um treinador que tem seu valor sim e soube vender seu peixe para sua equipe e agora vende para o jornalismo esportivo e a opinião pública do Brasil inteiro, como um verdadeiro Messias do Parque São Jorge. Disse aqui outro dia que ele deve acabar no lugar de Dunga em breve. Pessoalmente não curto o trabalho de Tite. Reconheço sua influência sobre os jogadores e seu poder de comando, mas discordo de sua visão de futebol. Gostaria muito de vê-lo comandando o time que estava do outro lado no jogo do título. Um time que consegue a glória de sair na frente dentro de casa. Recua por medo e mediocridade. E seu goleiro, que não é dos piores, comete o erro dos demais deixando uma bola morrer a poucos metros pelo alto que era sua e que dá origem ao passe completado quase nas redes por Vagner Love.
Daí em diante foi aquela choradeira “sincera” de alguns, como se não soubessem que o Corinthians chegaria ao título. Claro que mesmo sabendo, dentro de campo aquele momento de consagração extravasa alegria. Mas teve gente exagerando. O Corinthians não precisou fazer tanta força assim para conquistar esse título. Bastou não cometer grandes erros, jogar arrumadinho em campo, ter atuações regulares e dispor de jogadores que são bem melhores que muitos que estão na seleção brasileira. Deu-se até ao luxo de dispensar dois centroavantes, que em outras épocas agarraria com unhas e dentes.
É isso aí! Parabéns ao Timão, que hoje deu mais uma carimbada no título ao depenar o São Paulo por 6x1. Quanto ao Vasco, meus pêsames. Agora é 100% adrenalina por estar perdendo sua identidade ou seu RG, como dizem os paulistas. Porém, surgiram esperanças.

QUANDO TUA ESTRELA SOLITÁRIA TE CONDUZ

Será Garrincha, Quarentinha, Nilton Santos? Ou terá sido a geração mais adiante dos anos 60/70 que reluz nessa estrela? Não importa. A estrela do Botafogo voltou a brilhar. A estrela de Ricardo Gomes que eu cansei de enaltecer aqui como excelente treinador e um homem pra lá de honrado e humilde. Um dos poucos sérios, competentes e 100% honestos que conheci até hoje no futebol. Parabéns, Botafogo! Não importa se foi com um time modesto e na série B. Mas você voltou a A e no campo.
Diferente do Fluminense, em 2013, que permaneceu de uma maneira nebulosa (apesar de legal no mundo jurídico, fora das quatro linhas) e que até hoje saúda quem ainda milita em seu alto escalão e que deseja continuar em voos mais altos, e sem agradecer ao messias patrocinador, que já não estampa mais sua camisa, que por "amor" ao clube garantiu sua permanência na série A 2014 no imbróglio que envolveu Flamengo, Portuguesa e STJD. Quem dera que o Fluminense hoje fosse o Botafogo. Quem dera. Talvez no futuro entendam por quê. Como eu entendi no apito final naquele jogo com o Bahia, em Salvador. Com certeza, no mínimo, não se ouviria mais o incômodo: paguem a série B.
Já os descensos anteriores, NÃO. Os critérios e o sistema eram diferentes. Na facilidade de acesso e na coerência de descenso. E o Fluminense foi covardemente rotulado e derrubado por não ter força política naquela ocasião. Lei que vale pra um, deve valer pra todos. Mas não valia. Portanto, dos erros do passado não partilho dos que acham que ele deve alguma coisa (já de 2013, deve sim. Mas, permanecerá nos cofres do esporte da corrupção do Brasil), embora o processo tenha sido através de um convite para um torneio de outro nome, não realizado só a ele e feito por essa mesma CBF que está aí. Pois a do Teixeira é a do Marin e do Del Nero. Mudam os nomes, mas o sistema é o mesmo. Teixeira está aí solto. Você pode encontra-lo a qualquer hora na rua. Del Nero, idem. Não sai do país e nem a Globo deixa sair. Pois isso expõe a participação deste concessionário de TV dentro da CBF. Desde o início da era Teixeira.
Voltando ao Botafogo, valeu a luta. Uma defesa bem vulnerável, com um meio veloz, mas pouco criativo, e um ataque muito raçudo, mas pouco técnico. E um time que perdeu alguns bons valores durante a competição. O importante agora é comemorar. Parabéns, Botafogo. Parabéns torcida alvinegra. Talvez vocês sejam o carioca que está subindo pela segunda vez, com todos os méritos, com a possibilidade de outro que pode estar descendo. Vamos conferir.


Abraços


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

QUAL O MELHOR FUTEBOL DA AMÉRICA DO SUL?



Pela primeira vez em tantos anos acho difícil dizer. Em alguns momentos da história (na verdade poucos) a Argentina e o Uruguai se revezaram frente ao Brasil, que, em minha opinião sempre dominou este cenário. Mas não domina mais.
Quando na Copa de 2014 tivemos de enfrentar adversários sul-americanos, um após o outro, eu sabia que teríamos encrenca pela frente. Tanto é que no mínimo passamos apertado por eles e chegamos ao jogo da pouca vergonha contra a Alemanha, desfalcados de nosso melhor jogador.
Há algum tempo eles vendiam a derrota caro. Hoje, já jogam de igual para igual. Paralelo ao avanço de equipes sul-americanas de futebol inexpressivo no passado, o nosso caiu. Caiu tecnicamente e em matéria de liderança. Há um tempo você demorava para escolher o que seria melhor. Hoje você demora para achar que formação ideal você mandará à campo.  E nesse aspecto Dunga deixa muito a desejar.
Chegamos ao ponto de achar o jogo contra a Argentina mais um ponto ganho do que dois perdidos. Não importa se o jogo foi em Buenos Aires e a Argentina é a Argentina, vice-campeã mundial. Mostraram um time desentrosado, mal distribuído em campo, perdendo várias divididas, o que é raro, e aparentemente mal dirigido. A própria situação deles na tabela mostra o péssimo rendimento. Enquanto isso, Dunga insiste em jogadores que não terão futuro com a camisa amarela. Muito menos resolverão nosso problema técnico.

Quanto às outras equipes de países como Colômbia, Chile, Equador, citando o Equador, como exemplo, já vem há uns dez anos mostrando um trabalho bem feito com jogadores de grande força física e bem melhor qualidade técnica. A LDU mostrou isso no ano em que causou um trauma na torcida do Fluminense ao tirarem uma taça tão ambicionada no Maracanã, em 2008. Fora outros torneios que beliscaram mais à frente.
A Colômbia também joga um futebol que tenta se parecer com o nosso de alguns anos. Só que com um pouco menos de competitividade. Já o Chile exagera no excesso de competitividade e pegada e fica devendo um pouco, usando apenas o contra-ataque como arma. Mas não precisa mais mostrar que não é aquele Chile que nos acostumamos a vencer. Fosse em Santiago ou no Maracanã.
Segue a Eliminatória em sua quarta rodada com o Brasil em quarto lugar e a Argentina lá pra baixo. Acredito que a colocação de ambos espelhe, ao menos no momento, exatamente o futebol que têm apresentado. Isso se não vier coisa mais desagradável por aí.

Em tempo: Ouvi rumores da queda de Dunga e contratação de Tite. Já esperava por isso há algum tempo. Se confirmado, é trocar 6 por meia dúzia. Apenas diferem os estereótipos e trejeitos.


Boa semana a todos!

domingo, 8 de novembro de 2015

QUAL O TREINO IDEAL PARA SUA EQUIPE?











Depende muito. Esse é um ponto dos mais importantes na rotina de um clube de futebol. Quando o mestre Didi disse no passado que “treino era treino e jogo era jogo”, ele se referiu ao objetivo a ser alcançado. Ou seja, você pode sair de um treino extraordinário e fazer um jogo medíocre e vice-versa.

Mas, hoje em dia, com a escassez de qualidade que canso de citar aqui, o treino, o método, o caminho a ser escolhido para trabalhar uma equipe tem de ser o mais adequado. Não pode ser confundido, por exemplo, com o que muito torcedor chama de “rachão”. Rachão não existe. Pode ser no máximo, embora desaconselhável, um treino recreativo. 

Na maioria das vezes, esse rachão que o torcedor acha que não vale nada é um coletivo. E o coletivo é um dos melhores métodos para se treinar uma equipe, porque é um jogo simulado. É o que mais se aproxima do que vai acontecer, embora seu time reserva não tenha a mesma pegada do que você vai enfrentar. Mas ele pode corrigir posicionamentos, propor experiências, mudanças e afastar os vícios do seu time, além de proporcionar uma boa observação geral do seu elenco através do desempenho dos reservas.

Mas, preste atenção. O treino você escolhe semanalmente, pois não é aconselhável escolhê-lo por mais de 7 dias devido à reação física, técnica e clínica de seus jogadores. Ou seja, tudo muda de um dia para o outro. Muitas vezes você tem que refazer dentro da mesma semana. O mais importante é você não cometer o erro de, suponhamos ser contratado por um clube, apresentado ao elenco, aos profissionais que lá estão aos que já trabalham no departamento médico, físico etc, trazendo na bagagem o seu sistema e esquema de jogo. Lembrando que ali você é o treinador da equipe e não o pai de todos ou xerife. Que quanto mais deixa-los à vontade, sem perder o comando, mais criativo eles serão e mais confiança mútua haverá.

É bom lembrar que sistema e esquema não são a mesma coisa. Sou obrigado a ouvir diariamente profissionais, jornalistas esportivos etc, cometendo essa gafe. E poucos sabem disso. Sistema é a disposição dos seus jogadores em campo. Onde entra o 4-3-3, o 4-2-4, o 4-5-1. Esquema é a estratégia que você vai utilizar. É a estratégia de jogo. Se você vai ser defensivo, ofensivo ou não. É aonde você reserva as surpresas ou anula o ponto forte do inimigo. Há de se conhecer o mínimo possível seus jogadores para definir o seu sistema/esquema.

Não se faz como a maioria, trazendo a prancheta e aplicando seus métodos. Seus métodos vêm do livro ou da sua cabeça. Ou até copiado colegas de outros clubes. As características dos seus jogadores são intocáveis. E seu esquema pode não estar de acordo com eles. E são os jogadores que têm que ditar o esquema e o sistema a serem criados, pois você vai aproveitar o estilo de cada um em benefício do grupo, sem violar e com isso prejudicar o rendimento de cada um.

Não confunda isso com time sem versatilidade e dinamismo, como voltar pra marcar ou trocar de posições, por exemplo. São regras naturais de toda equipe. Compactação, harmonia, boa colocação, aliado a um bom condicionamento físico, um bom treinamento técnico, é meio caminho andado.

Sem esquecer que não se faz nada sozinho. Há vários profissionais em outros setores trabalhando para colocar seus jogadores nas condições físicas, técnicas e psicológicas ideais. Não esquecendo o papel importante de uma diretoria responsável e com experiência no ramo. Que tenha argumentos embasados para debater os altos e baixos dos seus comandados.

E mesmo assim, tudo pode ir por água abaixo se seu clube não tiver um compromisso financeiro a honrar com o departamento de futebol. Senão, por melhor que você seja e por mais bem treinado que seu time esteja, um ou outro de qualquer setor, naturalmente descontente, pode por tudo a perder. Pode sim estragar seus planos, o possível sucesso e decepcionar uma torcida inteira.

É isso aí! Abraços!

domingo, 1 de novembro de 2015

FUTEBOL MAL JOGADO E MAL EDUCADO



Já toquei nesse assunto há um tempo. Sobre manifestações dos jogadores em relação ao torcida. Ontem na vitória do São Paulo sobre o Sport no Morumbi, o meia Michel Bastos fez este gesto mal pensado contra sua própria torcida que o vaiara poucos minutos antes por ter errado um passe e estar jogando mal. Eu me pergunto: o que será que Michel Bastos deu de tão importante ao São Paulo e ao futebol brasileiro para ter tido uma atitude destas? E mesmo que tivesse sido responsável por glórias e mais glórias, nada justificaria o que fez. O jogador não tem direito a isso. Repensem a história e vejam se craques como Pelé, Rivelino, Tostão, Ademir da Guia e outros fizeram coisa parecida. Deveriam ser punidos, mas a direção do São Paulo, já tumultuada até o pescoço, e tendo um time caro com uma campanha irregular e abaixo de suas tradições, nada fez. Já a direção do Flamengo soube multar e afastar jogadores que saíram pra tomar uma cerveja fora de seu expediente de trabalho. Soube que Michel Bastos pediu desculpas aos torcedores hoje. Mas isso não minimiza o fato e tira a importância do assunto. Mesmo levando em conta o lado do jogador já em final de temporada, alguns disputando mais de um campeonato e como de hábito sendo sugados por diretorias que devem salários, prêmios e outros direitos, como folgas, isso não se justifica. Aliás, os times têm mantido os jogadores a sua disposição por 7 dias. Passa de uma relação de profissionalismo para escravagismo. As folgas são necessárias e, ao contrário do que muitos pensam, NÃO descondicionam o jogador fisicamente falando. A perda em seu estado atlético só começa a ocorrer após 48 horas de inatividade, segundo estudos. Portanto em hipótese alguma aprovo desabafos como o de ontem em relação ao torcedor. Vale acrescentar que lá estavam 11 mil pagantes debaixo de chuva e no sacrifício e sofrimento também, empurrando seu time do coração pra frente. E a vaia é uma manifestação, muitas vezes positiva. Há um tempo, o jogador Romário e Renato Gaúcho, por exemplo, faziam suas provocações e desaforos dirigindo-se à torcida adversária. O que também é pisar na bola e a meu ver, passível de punição. Quem sustenta o espetáculo é o torcedor e ele merece respeito.


DESTAQUES


Sem a necessidade de destacar o Corinthians, já com o título praticamente assegurado no Campeonato Brasileiro, opino sobre o jogo da TV: Grêmio x Flamengo, na Arena do Grêmio em Porto Alegre. A derrota do Flamengo e a péssima partida, uma autêntica pelada, com vários erros de passe, infantis e bisonhos, pra mim não foi o mais significativo. Quem vai reclamar do torcedor agora sou eu, por uma questão inclusive extracampo, o lamentável  bairrismo que ainda acomete bem forte o Brasil. A torcida, após essa ideia ridícula do Hino Nacional antes das partidas (ideia bem mal acabada da CBF), em certas praças mostra todo seu bairrismo e desrespeito ao Hino Nacional. Há muito anos isso é comum no sul do país. A torcida parece enxergar mais um jogo entre Rio Grande do Sul x Rio de Janeiro do que Grêmio x Flamengo. Para aqueles que exigem educação no país, ei-la nua e crua. Além de uma boa dose de antipatriotismo. O outro destaque pouco influi na tabela, mas revela que além de futebol faltou seriedade e profissionalismo em dose dupla no jogo entre Internacional x Goiás, no Serra Dourada, não desmerecendo a equipe do Goiás, mas lembrando que ela faz uma campanha péssima. Pior ainda foi a atitude do time do Internacional que após estar ganhando de 1 x 0, passou visivelmente a correr pra não chegar. O tape está aí pra quem quiser conferir. Boa notícia para os Deputados e seus familiares que, às vezes, ficam na capital e que não querem perder uma atração extra aos domingos.



Boa semana!