domingo, 31 de janeiro de 2016

VASCO 4 X 1 MADUREIRA. FOI BOM PRA VOCÊ?


Faz tanto tempo que acompanho o hoje chamado Campeonato Estadual, antigo Campeonato Carioca, que me sinto muito à vontade pra falar dele. É evidente que o de hoje é completamente diferente daqueles que vi no passado. Em qualidade, organização e interesse. Parece impressão, mas não é, a cada ano eles pioram. Em todos os aspectos. Então a solução definitiva seria sua extinção? Respondo tranquilo: jamais. Quem tem de ser extinto são os abomináveis cartolas que o organizam e o sistema criado pelas TV’s, no caso a detentora dos direitos, a Rede Globo de Televisão. A esculhambação é tamanha que começaram um campeonato da tal “Primeira Liga”, semana passada, e ele já está paralisado. E agora lhe oferecem, caro torcedor, o Estadual. Você que se vire pra entender em qual você deve se focar. Tudo faz parte do que escrevi há alguns dias, de ausência total de comando no futebol. Mas falando especificamente do Estadual do Rio de Janeiro, curto e grosso, eu vejo muitas soluções. Aonde há rivalidade e 4 clubes com torcidas do tamanho de Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo, o que não falta é esperança de tudo melhorar. Desde que, o prato do dia, num domingo na TV, não seja Vasco x Madureira, Flamengo x Bonsucesso ou Fluminense x Boavista. Não cabe. Por mais respeito que eu tenha aos clubes pequenos, não existe atração nem apelo de fazerem o clássico no Domingo. O modelo antigo era o ideal e ainda é, no meu ponto de vista. Os clubes pequenos, entre si ou contra os grandes, primeiro para estarem no Estadual, tem que obedecer a um ranking, por isso defendo um Carioca da gema, com clubes da capital, e outro paralelo, do interior, com ambos se cruzando mais a frente. A chance de haver finalistas de melhor qualidade seria muito maior. Além do mais, os pequenos que se cruzem durante a semana ou até aos sábados. Mesmo grandes contra pequenos, como existiam antigamente.  Se a rodada dupla não é mais possível por questões de segurança, que os jogos sejam feitos em estádios menores. Mas, domingo é dia de gala. E mesmo com os “atores” de péssima qualidade que temos hoje, a tradição do nome ficou. E a rivalidade, num beliscãozinho, volta a funcionar. Basta a TV não insistir em colocar jogos de péssimo apelo na grade. Se por acaso algum pequeno se destacar mais adiante, como foi o caso de Bangu, América e outros no passado, tudo bem. Será a surpresa do campeonato, a zebra. São exceções. E há casos onde um Flamengo x Resende, por exemplo, com certeza trarão boa audiência para a TV, devido a massa Rubro Negra, mas não vai mexer com a cidade e sacudir o campeonato. Haverá um despertar de interesses. Tanto da torcida envolvida, quanto de outras, pela própria inclusão de seu time no campeonato. Outro problema a ser solucionado é o preço do ingresso. Se hoje 80.000 pessoas no Maracanã não salvam um clube da falência, certamente jogando em estádio vazio, para almas do outro mundo, é que será muito pior. Ainda mais cobrando ingresso de decisão de Copa do Mundo.

Tem jeito sim, é só querer. Tanto aqui, quanto em outras praças. Vale lembrar que os maiores públicos da história do Maracanã, do Morumbi, do Mineirão e do Beira Rio, foram em jogos de clássicos locais, entre times rivais. Portanto, apesar de ter tratamento VIP, o torcedor que gosta de Futebol e comparece ao Estádio, que torce de coração pelo seu time, com certeza ainda prefere um Fla x Flu ou um Corinthians x Santos a um Botafogo x Guarani ou São Paulo x Avaí. Não tenho a menor dúvida.

Um bom carnaval a todos.


domingo, 24 de janeiro de 2016

QUEM MANDA NO FUTEBOL BRASILEIRO?
















Eu também gostaria de saber. Afinal de contas vão começar os Campeonatos Estaduais, em breve Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro e o trono está vago, no meu entender. Esse papo de Coronel Nunes é hilário. E compromete a autoridade e o trabalho dos demais presidentes de Federações Estaduais e clubes. Compromete tudo. Até porque, além de ser o órgão que comanda o futebol no Brasil, ele é dependente da FIFA, a qual se encontra na mesma situação.

Por enquanto o torcedor ainda não está ligado no futebol 2016. E naturalmente os desmandos e confusões não estão aparecendo. É só aguardar um pouquinho que à medida que a competição for ganhando corpo, seja ela bem jogada ou não, vai haver os precipícios e as polêmicas. O STDJ que as resolverão? Campeonato local ou Brasileiro será jogado sob a tutela do judiciário do país?

Já começa um caminho novo mais confuso ainda para o torcedor com essa ideia da Primeira Liga. O próprio nome do torneio já é uma comédia. Dá margem a mil interpretações e tem tudo para não ser levado a sério. O futebol, apesar de esporte, é um negócio como qualquer outro. Suas leis partem de cima, vem dos exemplos. E o que nós tivemos até agora passam todos por investigações, multas milionárias e prisões. Com que cacife, com que moral as transmissões de TV passarão ao telespectador a emoção de torneio A ou B e sua importância e prenúncio de emoção, diversão e espetáculo?

Por outro lado, também vai uma crítica às correntes de oposição no futebol que não se unem o suficiente para cobrar uma mudança de fato, agindo de forma mais aguda e com mais objetividade, sugerindo modelos e nomes de credibilidade e conhecimento no mundo da bola no outrora chamado país do futebol. 

domingo, 17 de janeiro de 2016

BRASILEIROS TORCEM PARA O BARCELONA














Companheiros, na minha primeira coluna de 2016 trago à tona uma realidade que pode prejudicar mais ainda nosso combalido futebol. Reparem como tem sido cada vez mais comum encontrar camisas do Barcelona pelas ruas do país, principalmente em crianças. Ver transmissões de jogos ao vivo ou não de Barcelona X Atlético de Madrid, Barcelona X Bayern de Munique, etc, independente de estarmos em recesso em nosso futebol, virou rotina.

O ano que passou para nós, como já comentei anteriormente, foi de total fracasso. Ficamos com um Prêmio Puskas como consolação graças ao esforço isolado do jogador Wendell pelo modesto Goianésia, onde ele teve presença de espírito e cintura para girar o corpo e acompanhar a linha da bola num belo e criativo arremate. Mas, que há anos atrás talvez não figurasse nem entre os 10 mais bonitos.

O que fazer diante da invasão espanhola? A força do Barcelona são suas contratações, não suas revelações. Exceto raros que fogem à regra. Eu o considero um time de exibição. Se você montar a seleção espanhola com jogadores do próprio país fica bem abaixo do atual Barcelona. Seus dirigentes estão na deles. Investem nos melhores do mundo e com certeza lucram duas, três vezes o que gastam com ingressos caros, marketing e acomodados nas confortáveis poltronas do Camp Nou, por exemplo. É o espetáculo deles. Pagam para ver o que há de melhor. E o mundo também.

Só que no nosso caso não vejo com bons olhos. Não por questões de complexo de ficarmos para trás. Mas pela desvalorização flagrante dos times nacionais e do futebol que se joga aqui. Boa parte dessa culpa, volto a insistir, é sim dos treinadores, cronistas esportivos de gravatinha e dos “profissionais” que militam nos clubes e nas bases dos clubes, além das escolinhas. A pretexto de garantirem o pão do seu dia a dia e não perderem suas vaguinhas no coral pensante de técnicos vencedores da atualidade agradam as crianças e os adolescentes com esse dado real de que essa camisa do clube espanhol é cada vez mais bonita e vitoriosa.

Pouco fazem e pouco importa a eles o estrago que estão fazendo no gosto pelos clubes do nosso país e na cabeça dos garotos que são brasileiros. Na vontade de reergue-los, voltar às origens e raízes autênticas que fizeram surgir vários “Neymares” por ano. Que fizeram tremer as pernas dos adversários bem antes de entrarem em campo contra nós. Que nos encheram de orgulho e alegria ao verem nossos craques envergarem uma camisa cinco vezes campeã do mundo e a que mais venceu no futebol mundial desde 21 de julho de 1914 no Estádio das Laranjeiras, quando ela começou a mostrar ao mundo que futebol era aqui e que teorias são muito bem-vindas em outras áreas, até anexas ao futebol ou não. Mas longe, muito longe dos cérebros, pés e cinturas que carregam a magia da original camisa verde e amarela e do verdadeiro futebol, que na própria estatística, como gostam os pragmáticos na sua frieza dos números, foi e ainda é mais vitorioso que suas ideias mercantilistas e devastadoras ao que sempre tivemos de melhor.

Boa semana!