quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A FORÇA DOS NOMES














Ufa! Ufa! Habemus técnico. Ou técnicos? Segundo o Carlos Alberto Torres, a escolha foi errada. O momento era daquele que eu tanto temia e que graças a Deus errei: Tite. Que isso, capitão!! Ainda mais partindo desse princípio divulgado por aí: “ganhando o mundial de clubes, é inevitável sua chamada”. Que critério legal, heim? Me lembra aquele que os treinadores iam ao estádio para observar determinado jogador e se ele fizesse boa partida, seria convocado. Um jogo? Um tempo de jogo? Alguns minutos? Um título? Não sabia que era tão fácil escolher um técnico para a seleção do país do futebol por esse caminho.

Já PC Show, leia-se Paulo Cesar Caju, sempre ao seu modo, disparou:

 - Não quero falar de mesmice. Estou cansado desse futebol de quatro volantes, oito marcadores, mistura de futebol alemão com italiano que vem da escola gaúcha.

Certo ou errado, este é o PC, sempre diz o que pensa. E posso também destacar a opinião do Zico, que é sempre abalizada. O Galo disse:

- Estão totalmente preparados. O Parreira pelo que fez o tempo todo no futebol, preparado para qualquer cargo e pode dar contribuição no campo. E o Felipão, quem ganha tantos títulos tem que ser respeitado. Os dois têm experiência internacional e competência, então só posso desejar sorte para eles.

Opiniões de ex-jogadores consagrados e que eu respeito muito.

Já minha opinião, fica entre os três. De fato Felipão tem história internacional, dirigiu a seleção portuguesa, além da nossa, foi Campeão Mundial e parece que andou melhorando, aprendendo com certos erros. Não credito a ele o rebaixamento do Palmeiras.

Quanto a Parreira, é em outro cargo. Aliás, o cargo, fora a preparação física, na qual sempre foi uma das maiores autoridades no assunto, que parece ser mais adequado a seu perfil. Nunca vi Parreira como um técnico estrategista de ponta.

Eu, particularmente, não sou fã de nenhum dos dois. Acho que o Brasil não passa por um bom momento nos campos e nas áreas técnicas. Como resultado de um processo que eles mesmos cultivaram. Eu, apesar dos preconceitos e suspeitas, ainda levaria Luxemburgo, dos que estão na ativa por aí.

Felipão terá a missão que a CBF preferiu conferir aos 2 nomes talvez mais fortes em matéria de expressão em atividade no futebol brasileiro. Dividiram a responsabilidade. Apesar de, voltando a frisar, o técnico será o Felipão. Mas podem por na cabeça que a influência de Parreira existirá.

Não fugindo da dividida, por ocasião da Copa de 2002, eu fui um dos que mais critiquei Felipão. Na época, na Rádio Bandeirantes AM, eu cansei de descer o pau nele. E o único comentário que ouvia na própria emissora, favorável a Felipão, justiça seja feita, era do saudoso e sábio locutor Orlando Batista. Me lembro do Orlando me dizendo, a menos de um mês da Copa do Japão: “seremos campeões com o Felipão e tudo”. Eu duvidei de corpo e alma.  

Eu penso, como cheguei a conclusão na ocasião, que não se pode tirar os méritos do Felipão naquela conquista. Mas é fato o verdadeiro circo de futebol que vivemos na preparação para aquela Copa e mesmo as eliminatórias. Passamos triscando. Quem lembra de Felipão, naquela pré-Copa, vai associar os nomes Tinga/Eduardo Costa. Ou não?

Assim como em 1994, se Romário não tivesse cruzado o Atlântico, após Zagalo e Parreira se renderem perto da derrota no último round das Eliminatórias, contra o Uruguai, não teríamos nem ido aos Estados Unidos. Mais tarde, o Baixinho foi responsável direto pela conquista daquela Copa. Se buscarmos os VT’s do Penta, assistimos ao primeiro sufoco contra a Turquia, até com uma ajudazinha do árbitro, no pênalti do Luizão, e o surgimento da categoria do Kleberson, aliada a bola redondíssima que jogaram o trio Ronaldinho/Rivaldo/Ronaldo. Não havia como perder aquela Copa com esses três jogando a bola que jogaram e com o nível dos adversários que enfrentamos.

Bem, agora a história é outra. Já expliquei diversas vezes, há muito tempo, que essa Copa passa pela história. Carrega a cultura do passado e é, queiram ou não, um desafio vencê-la em nosso próprio território. Principalmente para darmos o Happy End que será tão cobrado e que ficaram devendo ao povo, em 1950.


Boa sorte, Luiz Felipe Scolari!


Aquele abraço!


P.S. Ih, rapaz! Tem o Murtosa, né...? De novo...?

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

"DESOBEDIÊNCIA" CUSTOU CARO




















Quem lê meu Blog sabe que eu já havia dito que Mano Menezes não tinha capacidade para ser técnico da seleção brasileira. Principalmente de uma Copa do Mundo, no Brasil, que eu volto a frisar, é diferente de todas. Por sua história e por ser no país do futebol. Além de protagonizar coisas muito sérias na direção do time, algo como ter o mesmo empresário de alguns de seus comandados. É mole?

Ocorre que Mano parece que desobedeceu a esse negócio que chamam de comando da CBF, que eu prefiro chamar de membros de uma seita com fins lucrativos. Ganhou essa Copinha fajuta aí, contra a Argentina. Ou seja: venceu uma competição. Ê, vencer é tudo que o pessoal da seita não admite! O desempenho da seleção nos últimos jogos havia melhorado um pouco. Essa combinação foi fatal.

Claro que vocês podem desconsiderar a relação da demissão do Mano. Foi gozação mesmo. Não teria outro sentido responder com seriedade uma atitude incoerente e suspeita. Quanto tempo tiveram para demiti-lo? Por que o fizeram agora? Por que o fizeram desta forma? Enfim, mil perguntas, né? Que até os mais leigos no futebol farão. A resposta, talvez o tempo, bem lá pra frente, traga. Quem sabe depois da perda da Copa do Mundo.

Eu cheguei a suspeitar, por alguns momentos, que algo viria por aí ainda este ano. Como os jogos da seleção brasileira são transmitidos pela Globo, obviamente acompanho os comentários do Casagrande e as locuções do Galvão. E ultimamente, mudaram de estilo. Há uns jogos atrás, a crítica comia solta, o que não é padrão Global. Primeiro que para chegar no cargo, tem que agradá-los. Eu já disse aqui que quem manda na CBF tem que ser do agrado da Globo. Depois, se por um aborto da natureza chegar no cargo e não corresponder, eles se encarregam de detoná-lo. Algo parecido como fizeram com Dunga, durante a Copa de 2010. Que, aliás, hoje prova que estava certo. Apesar dos erros que cometia, caímos no jogo contra a Holanda quando fazíamos grande partida e o Julio Cesar fora infeliz no choque com o desastrado Felipe Melo. Mas, se vocês lembram bem, Dunga disse não a exclusividade de entrevistas para a Globo. Assinou sua sentença, é claro.

Provavelmente, vejam bem, provavelmente, pelo tempo de espera e estilo da manobra, se é que é possível adivinhar manobra de cartolas, ainda mais desse nível, deve vir o “genial” Tite por aí. E quando penso, me vem a súplica na cabeça: “valha me Deus! Deus nos livre e nos guarde!”

Sobre Tite, seria demais para mim ficar aqui comparando-o com o Mano. Meu coração não suportaria. Mas cabe a sugestão, tirem Paulinho e Ralf do Corinthians e vejam o resultado. Vejam a história desse treinador no futebol brasileiro. E imaginem se ele não trabalhasse em São Paulo e no Corinthians. Fosse técnico, digamos, do Botafogo, do RJ. Teria chance?

Na verdade, isso é um desrespeito ao futebol brasileiro. Maior que a própria permanência do Mano.

Paciência, o torcedor brasileiro leva sempre aquele lema: sou brasileiro e não desisto nunca. Quem dera ele pudesse acrescentar mais um: sou brasileiro, mas não sou otário! Cansei de acreditar!

Vamos conferir os desdobramentos nos próximos capítulos. Até porque, as coisas andam meio esquisitas no país nesses últimos meses.


Até!



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A REGRA É CLARA. MAS SÓ NO FUTEBOL.















E eu me refiro ao futebol na sua essência. De sua majestade, a bola. Já havia falado anteriormente sobre a conotação desse jogo marcado para os EUA. Aliás, só lá após furacão ou tempestade conseguem manter um campo e um estádio naquelas condições. Aos que não entenderam o porquê do jogo Brasil x Colômbia ser nos EUA, eu sugiro que encaminhe um e-mail a CBF ou deem um pulinho pessoalmente em sua sede, não sei qual, e obtenha essa resposta pessoalmente. O que eu sei é que há uma empresa árabe que obteve os direitos de marcação dos jogos da seleção e o planejamento deles. Bacana, né? Moderno, eficaz, suave, sutil, quase não deixa nem rastro de tão bem feito o trabalho destes senhores. Mas, vamos lá. Até aonde a gente pode enxergar, a primeira providência assistindo um jogo da seleção é apertar a tecla MUTE. Normalmente faço isso sabe, pra não atrapalhar minhas idéias. Mas hoje eu deixei rolar. Fui testemunha auditiva da satisfação do Galvão com o jogo, da evolução que o Casagrande viu e do pênalti que o Arnaldo também descobriu. O caminho era o mesmo. A cada falha de marcação ou jogada perigosa da Colômbia, era fácil creditar o mérito ao estágio mais avançado de nosso adversário ou ao fato do jogo estar aberto e franco e a cada jogada de perigo nossa, a noção de que, aos poucos, estávamos nos encontrando. Eu imagino se estivéssemos nos perdendo. É, mas, infelizmente eu acho que estamos. Pois muitas vezes, uma aparente melhoria conduz há uma derrota acachapante mais lá na frente. Não é pessimismo não, é uma clara evidência. O Brasil tem jogadores que foram pouquíssimos testados. Alguns sem identidade com o futebol brasileiro, pois estão há muito tempo jogando lá fora e não exibem nem a escola a que servem e nem a Brasileira. Só para citar um exemplo, o caso do goleiro Diego Alves que jogou em 2005, no Atlético MG. Percebe-se que se trata de um bom goleiro. Mas dá pra confiar? O goleiro é o líder de uma equipe. Se não estiver sendo, tem que arrumar um jeito de ser. O Brasil melhorou em termos de agressividade ofensiva e criação de jogadas graças à volta do Kaká. Experiente, talentoso, Kaká sabe jogar e Neymar passa a não ficar tão isolado. Mesmo assim, o Brasil continua dependendo do craque santista. E jogando nas suas costas a responsabilidade da vitória num pênalti que só o Arnaldo viu. É hilário alguém achar que está fazendo um bem ao futebol brasileiro fechando os olhos a realidade. Dizer que para acertar a bola o jogador da Colômbia teria que acertar o jogador da seleção primeiro, no lance do pênalti mal marcado, é terrível. Quanto à conclusão do pênalti, acontece. Mas às vezes Papai do Céu castiga. O Brasil não fez por merecer a vitória. O jogo foi até certo ponto equilibrado e com a equipe colombiana, dirigida pelo excelente José Pekerman, bem armada e levando mais perigo.

Vale ressaltar que o Brasil completou 1000 jogos. Há uns 300 atrás, a Colômbia era presa fácil. O placar não era inferior a 4 ou 5 a 0. Mas, eles evoluíram e nós decaímos. Isso é fato. O que preocupa mais é a mudança de atitude de muitos em pensar que o Brasil começa a encontrar o caminho. Mesmo que tivesse, garanto a vocês que já seria tarde demais. Muito tarde. Aprontar uma seleção Brasileira para uma copa do mundo em seu país é uma tarefa que envolve muita gente, muito tempo, muitos testes e mesmo assim é uma tarefa dificílima. Ao contrário do que muitos estão imaginando, uma copa com a torcida ao lado, logo aqui e tal... Bem, por favor, parem de imaginar. O futebol tem suas regras de preparação de uma equipe e todas, vejam bem, todas estão sendo quebradas neste percurso até o pontapé inicial, em 2014.

Fui!

Fernando Afonso

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

TETRACAMPEÃO A JATO
















O merecido e incontestável título de 2012, naturalmente não foi a jato. Foi construído há algum tempo e ainda levou cerca de sete meses para ser confirmado. Mas, a chegada ao tetracampeonato, esta sim, foi supersônica.

Há três anos o Fluminense escapava de forma heróica e surpreendente da queda para a segunda divisão, contrariando a todos: matemáticos, futurólogos, espíritas, etc. O time de Cuca voou nas costas do jovem Maicon, na precisão de Fred e na garra de Gum, evitando mais um capítulo trágico em sua história.

Um ano depois, contando apenas com o título oficial de 1984, o clube conquistava o de 2010 e via mais que justamente, o ganho em 1970 ser reconhecido pela CBF. O tri estava sacramentado. E não é que menos de 2 anos depois, o Fluminense já é tetracampeão do Brasil?

Para um clube que era dominado por uma aristocracia retrógrada e coronelista e hoje luta para encontrar um equilíbrio entre sua essência e a modernidade, modernidade esta, muitas vezes até utópica e que por vezes foge à realidade do esporte, foi um baita avanço. Agora, quem teria feito o Fluminense levantar vôo afinal? Cheio de tradições, glórias e histórias mil, o clube parecia aquele Airbus pesado e suntuoso, sem combustível suficiente e força pra sair do chão. Sejamos francos, desde a era do patrocínio um Senhor de nome Celso Barros, presidente da Unimed vem abastecendo este avião pouco a pouco.

Em 2007 ele já chegara a dar algumas demonstrações de sua potência e capacidade ao vencer a primeira Copa do Brasil e, em 2008, ir à final de uma Libertadores numa jornada que apesar da derrota, fora memorável. Valeu como um ensaio, apesar do trauma. Afinal, o Fluminense vai da tragédia ao êxito absoluto num piscar de olhos. Esta sempre foi sua marca.

Pois bem, em 2010 o poderoso avião tricolor decidiu decolar novamente. E chegou a sua terceira estrela. Incontestável mais uma vez. A intenção era mantê-lo sobrevoando seus adversários e, por fim, “dar uma volta completa na América do Sul”. Mas, ainda faltavam detalhes. O artefato ainda precisava de sustância, digamos, para suportar as mudanças no vento e a política do esporte. Tiveram a idéia arriscada de há um ano e meio trocarem o comandante deste time na tentativa de voar mais alto e melhor. Eu fui um que temi pela troca. Ficar tanto tempo esperando àquela altura era arriscado demais. Mas, entre tapas e beijos, declarações falsas e verdadeiras, amor e ódio, dispersões e uniões a coisa foi tomando forma. O Fluminense terminara o Brasileiro de 2011 em 3º lugar, classificado para a Libertadores. A volta completa à America do Sul ainda não era possível. Parece que a tripulação e a companhia ainda não se entendiam o suficiente. Mas, já dava pra assustar em vôos domésticos e após sete anos o clube voltava a dominar o cenário Estadual ganhando o título de 2012.

Tripulação ajustada, peças novas, companhia, comandante, demais membros da equipe a postos e em sintonia, por fim decolava o avião tricolor. Apenas o mau tempo e a vantagem de alguns concorrentes poderiam atrapalhar. No estado não havia competidores que o ameaçassem. Apenas um tal de Trem Bala da Colina, que por erro de manutenção, perda de capital, virou um trem irregular, prático, mas vulnerável, assim como um trem bala do tipo chinês. O avião tricolor não teve dificuldade de ultrapassá-lo. Mas, lá adiante... êta trem bão! Um trem movido por um comandante experiente, renovado e de alta categoria se juntava a um maquinista especializado em dar o vapor necessário. Na virada da curva o avião acelerava, mas ainda enxergava longe o trem do Galo Mineiro.

Mas, não haveria erro desta vez. O combustível era na dose certa e havia determinação, unidade, experiência e competência suficientes para administrar o final do percurso e alcançar o adversário como um jato.

Depois da ultrapassagem o controle da distância não foi mais ameaçado. Um Airbus ganhara a velocidade de um jato. E já podia tornar-se vencedor antes da linha de chegada.

Dito e feito!

Enquanto os trens colidiam em uma cidade o jato começava a mostrar, apesar de num ritmo bem mais lento, devido ao intenso calor, suas verdadeiras intenções. Quando já abria distância foi necessário desviar de alguns “Barcos”, ou melhor Barcos, na iminência de ir a pique, apenas para não fugir da sua rotina de emoções fortes. Emoções estas que o acompanharam, assim como o nº do placar que lhe deu o tetracampeonato Brasileiro de 2012, bem antes da linha de chegada por três vezes, o fazendo arremeter.

Estava escrito aquela emoção final!

Assim como no Campeonato todo, quando os percalços e sustos já dominavam muitos, o jato aterrissou na terceira tentativa, como no terceiro gol de Fred, entrando pra história de sua galeria de heróis. E sãos e salvos.

Parabéns ao Fluminense Futebol Clube – tetracampeão Brasileiro de 2012.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A HORA DA BOIA E DA FESTA


















Entre nuvens que vão se dissipando lentamente já começamos a enxergar nesta 34ª Rodada os candidatos ao rebaixamento e o(s) candidato(s) ao título. Apesar do evidente favoritismo e da vantagem pra lá de confortável do Fluminense, futebol é bola na rede e soma de pontos. Portanto, não achei aqui no meu dicionário o que quer dizer: “quase campeão” ou “quase rebaixado”. Não vi ninguém levantar uma taça até hoje tendo sido quase campeão, nem descer estando com um pé na 2ª divisão. O falecido e competente Claudio Coutinho ainda tentou aquela de “campeão moral”, mas o tempo foi desmanchando aquela postura que reforçada pela suspeita da possível corrupção na Copa da Argentina, envolvendo a dona da casa, no jogo com o Peru, abafaram um bocado aquela penca de erros cometidos na Copa. A própria classificação na primeira fase foi um dos maiores dramas que uma Seleção Brasileira já viveu.

Mas, voltando a esta fase final do Brasileiro há de se destacar a supremacia do Fluminense, a repentina queda de produção do Atlético Mineiro e a esculhambação geral no Vasco. Sobre o Fluminense, o time repete o que vem fazendo ao longo do ano: muita garra, união e competitividade. Em algumas partidas, com a presença do Deco e do Fred juntos, chegamos a ter alguns momentos de espetáculo. Noutras, o espírito de Castilho pareceu ajudar Cavalieri, se é que ele precisava de alguma ajuda do outro mundo. Resultado: hora foi o Cavalieri, hora os heróis foram os zagueiros, hora foi o Nem, isso mostra o leque de boas opções no elenco e a vantagem de se manter um técnico identificado com o clube e a equipe junto a ela, por mais tempo que o habitual no futebol Brasileiro.

O Atlético Mineiro, a meu ver, se perdeu numa mania de perseguição em cima dos juízes.  Pareceu não se livrar de um Complexo de Tiradentes, apesar de ter uma excelente equipe. Talvez essa característica de desconfiança do povo mineiro os atrapalhe, às vezes. Haja vista que em 42 anos de Brasileiro eles somam apenas dois títulos, o que não é comum em se tratando de uma escola de futebol da mais alta qualidade. Os candidatos ao rebaixamento entram na sua fase decisiva. Valem-se de todas as armas. Legais ou ilegais, como esta que o Palmeiras está querendo lançar mão. É ridículo o argumento sobre a validação do “gol” contra o Inter. Pior que um time ser rebaixado é o que na verdade representa a série B para o futebol brasileiro. Nunca fui preso, mas se parece como passar uma temporada em Bangu I. Os times que descem são ironizados e perseguidos de tal forma que o que dói mais no torcedor são as gozações e não a queda de divisão. Uma queda de divisão, diga-se de passagem, indigna. Indigna porque a diferença de tratamento e o inchaço do campeonato são absurdos. Você não atravessa um estado de trem ou até ônibus, como na Europa, para enfrentar adversários organizados. No Brasil, você percorre 2.000 / 3.000 km para jogar em campos esburacados contra adversários politicamente escolhidos, arbitragens se superando nos erros e toda sorte de abandono. E olha que já foi muito pior!

Vou fechar o meu comentário falando sobre o Vasco. Que tristeza, hein! Um ano e pouco atrás um AVC tirava Ricardo Gomes de um time bem montado, regular e com bons valores individuais. A regularidade e performance do time praticamente não caiu muito com Cristóvão, que fazia o que podia até o dia que a falta de tudo, grana, água, vergonha, organização... assolou São Januário. Naqueles 4 x 0 frente ao Bahia em casa, o time baiano dava o apito de que a Caravela estava indo a pique. Ninguém se importou. Jogou-se fora uma Libertadores que estava a um palmo, por total falta de competência e amor ao clube. A pergunta seria: quem jogou fora? Se alguém souber, por gentileza me escreva. Eu não sei de alguém especificamente falando a não ser aquela soma que citei acima.


Até a próxima!

Fernando