domingo, 28 de fevereiro de 2016

TALENTO OU DINHEIRO: FAÇA SUA ESCOLHA!




















Eu já fiz a minha faz tempo. Lendo meu pensamento sobre futebol acho que fica claro. E vou argumentar porque penso assim. É evidente que na realidade ambos podem coexistir. De um nasce o outro. Mas o talento não depende do dinheiro para surgir. E o dinheiro não se sustenta muito tempo sem talento. E é a este ponto que para mim chegamos neste momento.

Vendo estes dois na foto da postagem já se tem uma ideia de há quantos anos o futebol brasileiro não revela dois grandes jogadores. Um ainda em processo de consagração, apesar de problema em vários segmentos. E o outro, que parece ter dispersado como uma tempestade que se formava. Não perca o tempo. Esses dois aí, Ganso e Neymar, foram revelados há mais de 6 anos. Isso já é um bom tempo. E como disse acima, não podem ser considerados craques, um pouco com exceção de Neymar, tão consagrados assim. Apesar de Neymar jogar a bola que joga, seus altos e baixos ainda colocam em dúvida seu trono. Ganso, nem se fala. Este, as esperanças de ser diferenciado parecem já ter ido por água abaixo.

Exemplificando: a ganância, imaturidade, desconhecimento, amadorismo e má fé enterraram e enterram os talentos que surgem no mundo atualmente. E posso estender esse ponto de vista a outros esportes, como prova do que digo. Onde estão os substitutos de Michael Jordan, Magic Johnson, Oscar, Senna, Piquet e até fugindo do esporte, na música, no cinema etc. Quem é o novo astro de Hollywood? Qual a música recém-lançada que encanta várias classes sociais no momento? Pois é. Não há espaço para o talento onde existe a cobrança imediata do sucesso do modelo financeiro. Não há vitória do talento onde a predominância evolutiva dele é pautada pelas fortunas.
Já que citei até Fórmula-1, hoje, apesar da máquina fazer quase tudo, o jovem piloto depende do patrocínio que ele carrega para a equipe. Um jovem de 12, 13 anos, começando a se destacar visivelmente no basquete ou mesmo no futebol, é obrigado a obedecer uma séria de etapas que tolhem sua genialidade e matam sua criatividade na raiz.

No caso específico do futebol, não adiantam milhões circularem nos bastidores, declarados ou não, de origem espúria ou não, o acompanhamento obtuso e inadequado, além da percepção do nascimento de um novo talento, desestimula o surgimento dele. Isso sem levar em conta que ele tem que resistir a globalizações, computadores, celulares e outros tipos de invenções que lhe atormentam e tentam roubar seu tempo e sua luz própria direcionada a sua vocação profissional. Roubam o amor ao que ele faz.

O dinheiro, meus amigos, cega os olhos, inibe a criatividade e passa um cadeado no coração e no amor à profissão das promessas de talentos que estão por aí, em algum lugar, mas não conseguem transpor a barreira da moeda. Enquanto houver esse conflito de interesses, não surgirão os talentos que tanto necessitamos ver novamente em todas as atividades. E prosseguirão tentando enganar plateias mundo afora com exemplares de segunda mão, de quinta categoria etc.

Faço a opção pelo talento. É inevitável que ele não gere sucesso e o sucesso não lhe traga a independência financeira necessária. Mas, sem se escravizar. Sem ficar preso a suas regras e doutrinas. Se isso puder ser conjugado e entendido, quando menos se esperar voltaremos a falar em nomes consagrados de fato. E o sucesso financeiro será a natural consequência disso. Até porque, os empresários e descobridores dos maiores gênios do esporte e outras áreas, que eu saiba, se deram bem. Os que foram à falência são exceções raras.

Um abraço e viva o talento!

TALENTO OU DINHEIRO: FAÇA SUA ESCOLHA!





















Eu já fiz a minha faz tempo. Lendo meu pensamento sobre futebol acho que fica claro. E vou argumentar porque penso assim. É evidente que na realidade ambos podem coexistir. De um nasce o outro. Mas o talento não depende do dinheiro para surgir. E o dinheiro não se sustenta muito tempo sem talento. E é a este ponto que para mim chegamos neste momento.

Vendo estes dois na foto da postagem já se tem uma ideia de há quantos anos o futebol brasileiro não revela dois grandes jogadores. Um ainda em processo de consagração, apesar de problema em vários segmentos. E o outro, que parece ter dispersado como uma tempestade que se formava. Não perca o tempo. Esses dois aí, Ganso e Neymar, foram revelados há mais de 6 anos. Isso já é um bom tempo. E como disse acima, não podem ser considerados craques, um pouco com exceção de Neymar, tão consagrados assim. Apesar de Neymar jogar a bola que joga, seus altos e baixos ainda colocam em dúvida seu trono. Ganso, nem se fala. Este, as esperanças de ser diferenciado parecem já ter ido por água abaixo.

Exemplificando: a ganância, imaturidade, desconhecimento, amadorismo e má fé enterraram e enterram os talentos que surgem no mundo atualmente. E posso estender esse ponto de vista a outros esportes, como prova do que digo. Onde estão os substitutos de Michael Jordan, Magic Johnson, Oscar, Senna, Piquet e até fugindo do esporte, na música, no cinema etc. Quem é o novo astro de Hollywood? Qual a música recém-lançada que encanta várias classes sociais no momento? Pois é. Não há espaço para o talento onde existe a cobrança imediata do sucesso do modelo financeiro. Não há vitória do talento onde a predominância evolutiva dele é pautada pelas fortunas.
Já que citei até Fórmula-1, hoje, apesar da máquina fazer quase tudo, o jovem piloto depende do patrocínio que ele carrega para a equipe. Um jovem de 12, 13 anos, começando a se destacar visivelmente no basquete ou mesmo no futebol, é obrigado a obedecer uma séria de etapas que tolhem sua genialidade e matam sua criatividade na raiz.

No caso específico do futebol, não adiantam milhões circularem nos bastidores, declarados ou não, de origem espúria ou não, o acompanhamento obtuso e inadequado, além da percepção do nascimento de um novo talento, desestimula o surgimento dele. Isso sem levar em conta que ele tem que resistir a globalizações, computadores, celulares e outros tipos de invenções que lhe atormentam e tentam roubar seu tempo e sua luz própria direcionada a sua vocação profissional. Roubam o amor ao que ele faz.

O dinheiro, meus amigos, cega os olhos, inibe a criatividade e passa um cadeado no coração e no amor à profissão das promessas de talentos que estão por aí, em algum lugar, mas não conseguem transpor a barreira da moeda. Enquanto houver esse conflito de interesses, não surgirão os talentos que tanto necessitamos ver novamente em todas as atividades. E prosseguirão tentando enganar plateias mundo afora com exemplares de segunda mão, de quinta categoria etc.

Faço a opção pelo talento. É inevitável que ele não gere sucesso e o sucesso não lhe traga a independência financeira necessária. Mas, sem se escravizar. Sem ficar preso a suas regras e doutrinas. Se isso puder ser conjugado e entendido, quando menos se esperar voltaremos a falar em nomes consagrados de fato. E o sucesso financeiro será a natural consequência disso. Até porque, os empresários e descobridores dos maiores gênios do esporte e outras áreas, que eu saiba, se deram bem. Os que foram à falência são exceções raras.

Um abraço e viva o talento!

domingo, 21 de fevereiro de 2016

SÓ O DRIBLE SALVA O FUTEBOL BRASILEIRO





















Já toquei no assunto antes. Mas não fui tão abrangente como gostaria de ser. E acho o momento mais que oportuno e necessário de chamar a atenção sobre a maior qualidade do jogador brasileiro.

Observem que o ritmo de jogar e o toque de bola da escola brasileira foi claramente copiado pela Espanha, em 2010, e Alemanha, em 2014. Ambas campeãs do mundo e assumindo publicamente que procuravam jogar o mais parecido possível com o nosso estilo.

Há décadas, salvo a conquista de 2002 pela qualidade dos pés de Rivaldo, Ronaldinhos e etc, jogamos à europeia. O futebol de uma Europa que não deu certo. Que ganhava no futebol força, do qual já desistiu há muito tempo. São várias as razões apontadas pelos atuais treinadores para reprimir jogadas individuais dos times que dirigem. Desde a base, a formação de jogadores, até o profissional. Esse pensamento medíocre é tão predominante que tendo como exemplo os jogos que assistem, nossas peladas de várzea já apresentam alguma semelhança com eles.

Reparem que desapareceu a figura tradicional do “fominha”. Do bendito fominha que queria mais e mais. E sempre queria invadir, driblar, até chegar às redes. Sabia que para desmoronar um sistema defensivo forte e coeso era necessário confiar em si mesmo e na melhor ferramenta que Deus deu ao jogador brasileiro: o drible, tão usado por este monstro sagrado na foto acima para desconcertar defesas mundo afora e ajudar a nos presentear com um bicampeonato mundial.

Peço que vocês observem nos jogos que assistem. Vejam com atenção como rodam a bola, como rifam a bola, como se livram dela, como a jogam pelo alto na área, como a isolam, como se ela fosse doença contagiosa. Tentam entrar em defesas com 7, 8 jogadores plantados trocando passes laterais que encaminham a jogada até um dos laterais que cruza na maioria das vezes antes da linha de fundo para ver no que vai dar. Não driblam. Não verticalizam a jogada. Não partem pra cima, não arriscam. E quando o fazem, timidamente, na jogada seguinte já voltam a rolar pra trás a bola.

Os jogadores dizem que o professor alega futebol de equipe. Importância de posse de bola. E eu contesto. O drible é uma arma da equipe. E a perda de posse de bola ocorre muito mais nessa troca de passes infrutífera, medrosa e sem objetividade do que na tentativa do drible. O drible leva a ocorrência de circunstâncias muito mais perigosas ao adversário. A chance de êxito é muito maior. E caso não haja, o resultado é o mesmo que um erro de passe, a perda da posse bola.

Ou voltamos a fintar, driblar, enganar o adversário, usar nossas próprias características aliadas à criatividade e o repertório adquirido nas nossas primeiras peladas, ou continuaremos como estamos: sem identidade. Não jogando à brasileira com modernidade e muito menos à europeia.

Viva o fominha! Viva o drible!

Em tempo: não tenho muito o que dizer sobre o clássico do Campeonato Carioca, o Fla X Flu vencido pelo Flamengo por 2 X 1, porque não fugiu a regra que sustentei acima. E pior, o jogo é do estado e é jogado em Brasília. Como se não bastasse outro campeonato paralelo, o tal da liga sem nome, ainda temos um Campeonato Estadual disputado a 1.000 km de sua origem. Paciência.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

VASCO X FLAMENGO: DIFÍCIL É ASSISTIR

Foto: Globoesporte.com




















E não pensem que comentar é tão diferente. Podia inventar aqui um monte de bobagens para justificar o  resultado, a vitória do Vasco nos acréscimos, e a má atuação dos dois times. Só que não há como justificar o injustificável. Dizer que o Vasco teve um pouco mais de saúde e jogou em casa é muito pouco. Sem esquecer que vários fatores agravaram mais ainda o baixo nível do clássico.

Primeiro o local da partida. Mesmo considerando pouco interesse por um jogo que já foi grande, não estamos mais nos anos 40. São Januário não é palco para Vasco X Flamengo. E técnica, tática e fisicamente, nenhum dos dois times já está em condições de exibir o seu melhor.

O que vocês viram foi correria mesmo. Correria em um horário criminoso. A TV, já disse isso aqui, é uma das maiores responsáveis pela baixa qualidade do jogo que transmite, do perde e ganha em campo que você vê e, mesmo parecendo pouco provável, de um desgaste que possa trazer problemas físicos e orgânicos mais sérios.
Como gostam de chamar jogador de atleta hoje em dia, vamos na linguagem deles. Atleta é ser humano. E futebol é um jogo de equipe. Se você e seu companheiro de setor estiverem em boas condições e mais atrás ou mais à frente outro colega não, seu esforço vai por água abaixo.

O jogo às 17:00 é na verdade às 16:00. Sol de 16:00 no verão do Rio de Janeiro, só quem já jogou sabe que, por melhor que seja o condicionamento, é um sofrimento absurdo. Uma vergonha e um crime manter uma partida sob um sol desses.

O desgaste do início é tão forte que mesmo com a reidratação e a sombra do segundo tempo, a partir dos 15 minutos, digamos, os jogadores já sentem tanto o jogo, o esforço e o calor que nem conseguem jogar seu melhor futebol e sequer pensar com lucidez as jogadas. É pelada mesmo, gente. Pelada como muitas que você vê em campos de várzea. Só que com duas camisas tradicionais e com um ou outro jogador de maior qualidade.

O torcedor presente ao estádio não está muito preocupado com isso. Seu foco não está no gramado. É obsessão e a sequência da marginalidade e doença que tomou conta dos marginais que predominam nas torcidas do Brasil inteiro. O pau não comendo lá dentro com certeza vai comer lá fora. Provavelmente em algum lugar já pré-combinado, como virou rotina. Talvez com um morto, dois ou mais. Essas são as manchetes e informações a sua disposição num belo domingo de sol. Onde ainda predomina o mandato de Rubens Lopes na Federação local, seguido da CBF e da FIFA sem comandos.

2016 está apenas começando. Se você gosta de futebol mesmo, pode crer, assistir a uma boa partida no decorrer deste ano será bem raro. Quase como tirar a sorte grande.

Vamos ao trabalho que o ano começou no Brasil.