domingo, 16 de dezembro de 2012

GAVIÃO CAMPEÃO E FIEL





Antes de falar sobre o Corinthians e o título mundial, um resumo rápido de outro time paulista que também merece ser louvado. O São Paulo jogando um futebol de bom nível venceu o Tigre e é o campeão sul americano.  Apesar do meio jogo que vimos e da confusão toda de quarta-feira, nada pode desmerecer o trabalho e o futebol apresentado pela equipe paulista. Lucas e Oswaldo fizeram um ataque sensacional. E jogar contra time argentino, meu amigo, é sempre um pé no saco, literalmente. O problema é que devido ao ocorrido ter sido nebuloso e a fama dos subterrâneos no Morumbi não serem lá muito boas, não permitem uma conclusão final incriminando e pedindo punição à altura, por hora, para os Argentinos. Nossos vizinhos não sabem perder, criam quizumba e tem a velha mania de se acharem mais homens do que os outros. Não se conformam em serem superados, principalmente pelo futebol brasileiro. Azar o deles e sorte a nossa que se esquecem que sabem jogar um futebol de alto nível e ainda têm, como já tiveram, muitos craques consagrados sem necessidade de nomes.

Num vôo para o Japão, vamos ao título da equipe mosqueteira, como se dizia antigamente. Hoje o Corinthians teve a sorte que não teve o Santos ano passado ao enfrentar um time fantástico e totalmente sincronizado como foi o caso do Barcelona. Teve a sorte que não teve o Vasco em 98, quando após chegar ao empate e já tomando conta da partida, o gol amadurecendo no segundo tempo com Felipe fazendo diabruras no meio campo, o técnico Antonio Lopes tem a infeliz ideia de, numa temperatura de 5 graus, trocar o excelente atacante Wagner, que fazia grande partida, pelo lateral Victor, que só de músculo tinha sei lá quantos quilos. E até o cara aquecer, já viu. O Sávio não perdeu a oportunidade e num contra ataque nas suas costas aproveitou-se da triste mancada vascaína. 

Preferia sinceramente que a FIFA continuasse como no passado. De fora da organização destes jogos. Times como Al Ahly e Monterrey é brincadeira de mau gosto.  Mas, interesses logicamente econômicos os fizeram pegar o bonde andando e criar um modelo de mata mata final sem pé nem cabeça. Com objetivos puramente econômicos e políticos. E ainda me atrapalha, porque não chamo o Corinthians de bicampeão com segurança. Afinal, no título do Maracanã ele fora convidado pela FIFA a participar.

Agora falando sobre o jogo e melhor, sobre o Corinthians num todo, eu já esperava este tipo de performance. Os times brasileiros têm ido com essa estratégia para estas finais. Muita luta, muita dedicação e muita marcação. O nome é retranca mesmo! E hoje, como o São Paulo em 2005 com Rogério Ceni, teve direito a herói, que foi o goleiro Cássio. Se houve uma evolução no futebol brasileiro de uns anos pra cá, ela se deu no gol. Pois os craques ficaram bem mais escassos. Hoje era dia de São Cássio. E também o Chelsea não merecia a vitória.  Sem falar que os jogadores do Tite estão acostumados e o conhececem muito bem. Já os do Chelsea talvez ainda não saibam nem o nome do espanhol. O nome é Rafa Benítez, ok?
Em que pese dizerem que não tem a mesma tesão de disputar estas finais, não acredito muito neste papo. Embora não seja a “praia predileta deles”, quando chegam lá fica clara, sim, a sede da conquista. Mas, nosso desejo e cobrança são muito maiores. Ainda mais envolvendo uma equipe estruturada, entrosada e de massa como a do Corinthians. Continuo tendo pelo seu treinador o mesmo conceito que sempre tive. Um bom motivador e comandante de grupo. Não julgo a capacidade de um técnico por uma vitória ou por um título. Até porque no jogo de hoje o Chelsea esteve bem mais perto da vitória do que o Corinthians. Ressalto no time campeão a qualidade do Paulinho e os méritos de seu sistema defensivo, que mesmo assim deu várias brechas para que o Chelsea levasse a taça pra Inglaterra. Acontece que o Corinthians é Campeão Mundial. Ou bi, como quer a FIFA. É isso que importa. Não chegou ali por acaso e não venceu com ajuda de ninguém, a não ser de seu próprio trabalho e de um time coeso e de bons valores individuais. A começar pelo sistema de marcação. É difícil fazer gol no Corinthians. Isso prova sua competência defensiva. A crítica fica por conta de que esse título não nos leve a pensar que esse futebol que acaba desaguando em contra ataques é o nosso jogo, e é o jogo mais correto. Não! De forma alguma! Esse não é o jogo brasileiro! Há de se ter equilíbrio, força ao se defender e a mesma força ao atacar. O contra ataque não é a melhor ideia no futebol brasileiro. Digo isso mesmo com a vitória de 1 x 0.

Finalizando, agora é comemorar. A mesa do paulista e de todo seu torcedor no Brasil e mundo afora será farta. Nada melhor para um fanático torcedor corintiano, bando de loucos ou não, terminarem um ano com uma faixa desta expressão no peito e uma taça com este valor nas mãos.

Parabéns, Timão! Agora com licença que também vou entrar nesta festa!

Abraços,

Fernando

domingo, 2 de dezembro de 2012

SE GANHAR, FOMOS NÓS. SE PERDER, FOI O FULECO.
















Mas será o Benedito? Mais de não sei quantos milhões de Brasileiros são agraciados pela bela logo da copa, original, criativa e adequada e vem o nome: Fuleco. Só pode ser sacanagem, não é? Até porque, segundo dizem os milhares ou milhões que pedem Tatu-Bola, assim como eu, muitos provaram via dicionário, que Fuleco é sinônimo de fiofó, para os mais antigos. Ou seja, nosso escapamento intestinal, conforme o dicionário, ânus. Diante do impasse ou sentença final, que não sei se é irreversível, aonde estão os membros do nosso comitê encarregados de poupar essa espécie, genuinamente nacional, da vergonha mundial que irá passar se o nome for mantido?

E mais um lembrete, como uma “m” só é pouco, saiu do forno a bola das Confederações. Ao invés de Cafusa, prefiro Confusa. Bola nenhuma pode ter o verde em seus gomos. A não ser uma pincelada quase imperceptível ou que o gramado não seja verde. Talvez estejam prevendo neve na Copa das Confederações. Aí talvez faça sentido.



BRASILEIRÃO 2012: FIM DE PAPO.

Trila o apito de um dos campeonatos mais cansativos e de qualidade abaixo do nível técnico esperado do futebol brasileiro. Caem Sport, Figueirense, Atlético Goianiense e Palmeiras. Dos quatro, só achei que não cairia o Sport. No mais, sem surpresas. Lá em cima, o Galo ficou com o vice e o Grêmio na terceira colocação. Inacreditável o Tetracampeão, Fluminense, nos últimos jogos. O primeiro, contra o Cruzeiro, compreensível. Embora você saiba que em um jogo de festa, convém ser mais cauteloso. Mas, nada de grandes surpresas. A história mostra que as entregas de faixa são cruéis com os vencedores. Na Ilha do Retiro, em Recife, um resultado até positivo e acima do esperado diante da pressão alucinada do Sport. Mas a torcida do Fluminense não merecia o desfecho como o de hoje frente ao Vasco, no Engenhão. Na terça feira Abel sentenciou: “É desumano insistir com esses jogadores. Vou poupar o time titular. Merecem férias, estão todos cansados”. Eu fiquei pensando: Que coisa estranha! Contra o Sport não estariam? Uma semana antes? Na Ilha do Retiro? No Caldeirão? Jogo de vida ou morte pro adversário e o time seria o titular? Já contra o Vasco, não aspirando mais nada, não haveria razões? Principalmente como a do recorde a ser batido? Mas Abel achava que o time reserva tinha bola suficiente para vencer o Vasco. Ou, o que me parece mais lógico, tomou uma decisão política. Resolveu abrir as portas para turma de Xerém ser valorizada e valorizarem seus produtos na vitrine. O tiro saiu pela culatra, Abel!

A categoria de base é onde se formam os jogadores. E nitidamente, nota-se que existem erros grotescos na formação, escolha e preparação dos escolhidos. Uns, claramente por influência, outros por razões estranhas ao futebol. Isso sem falar que é justo lá, no dia a dia, no sol a pino dos treinamentos das categorias de base, que você começa a perceber quem é quem. Como reagem, como funcionam e que tipos de caráter têm. É ali que você começa a tirar possíveis e naturais máscaras, como a que vestiu sem cerimônia o centroavante Samuel hoje, contra o Vasco. E praticamente acabou selando sua sorte como reserva direto do Fred, ao não colocar uma interrogação na cabeça dos dirigentes e a sorte do próprio Fluminense no jogo, que, com um gol a aquela altura, dificilmente sairia derrotado. Ele preferiu imitar o Ronaldinho. Como muitos o fazem por aí. Não só no Fluminense. É o que dá confiar futebol a quem nunca viu uma bola. Observação técnica a quem é apaixonado por um Notebook. As consequências já apareceram.

Hoje, o Brasil não tem mais que quatro ou cinco jogadores que fazem a diferença numa partida. Há uns 20 anos, tinha mais de 30. Será que foram os efeitos do tal “futebol moderno”? Onde não há mais espaços para jogar? Quem tiver dúvida, ligue pro Barcelona e tire as conclusões


Saudações

Fernando Afonso