Caro leitor, um prazer iniciar mais um ano com você que
acompanha o Futebol de Fato. Naturalmente para nós, brasileiros, o evento mais
importante é a Copa América que será disputada no Brasil. E desde já aponto o
Brasil como favorito à conquista do título. Não porque tenhamos evoluído ou que
o treinador Tite tenha achado o melhor futebol, mas sim devido a um pouco do
fator campo e a fragilidade atual dos nossos adversários, irmãos do continente.
Tradicionalmente, nossos maiores obstáculos sempre foram Argentina
e Uruguai. E de algum tempo pra cá, Chile, Colômbia e Equador. No entanto, numa
visão resumida, vejo a Argentina em decadência, com seus melhores valores pendurando
as chuteiras, sem que tenha havido uma reposição de outros. Podem argumentar
que o River Plate chegou ao Mundial após justamente uma final argentina com o Boca Jrs na Libertadores, mas isso não é suficiente para notar algum progresso
no futebol vizinho. Já o Uruguai começa a viver um quadro mais ou menos
parecido, com algumas de suas estrelas caindo de produção e a renovação da
celeste também custando a chegar.
A renovação é o grande problema de todas as seleções. Se
já era uma dificuldade enorme trazer a base com o time principal montado, hoje,
devido a vários fatores como êxodo precoce de jogadores e o comércio que
permeia essa categoria, vivemos na expectativa de escapar um ou dois valores
acima da média. O mesmo se pode dizer do Chile, que viveu um bom momento durante
3, 4 anos, devido a força de seu conjunto e jogadores como Aléxis Sanchez e
Arturo Vidal. A Colômbia de James Rodriguez, teve seu melhor momento na Copa do
Mundo de 2014 no Brasil, com James sendo o artilheiro daquela edição, se
juntando a estrelas como Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo. Mas a
irregularidade da Colômbia e sua falta de força de chegada prevaleceram sobre
suas qualidades. E até hoje, ainda com bons valores na equipe, a Colômbia não
se firmou entre as melhores seleções.
O caso do Equador se deve a um progresso físico e técnico,
e uma geração de melhor qualidade, aliado, naturalmente, à queda de produção e
valores de seus adversários no continente. Hoje, o Equador não pode mais ser
considerado um azarão, a ponto de ganhar uma Copa América? Não creio. Embora várias surpresas estejam aparecendo
pelas razões que esmiúço aqui constantemente. Em todo caso, é bom observar,
porque a medida que a qualidade vai dando espaço para a comercialização e a
intensidade física, além de outros valores alheios a bola, começarão a surgir
as “zebras”. Vamos conferir!
Chamo a atenção para um detalhe final sobre o torneio no
Brasil. E esse detalhe tem nome: a política. Atualmente, mergulhado em problemas, o Brasil
parece uma nau sem rumo. Não sei até que ponto, em junho, estarão as coisas num
país que atualmente vive uma imagem negativa no mundo inteiro por diversas
razões.
Boa semana!
Boa semana!