Não
é a do estádio Centenário, de Montevidéu não, gente. Em 95, ano do centenário
do Flamengo, gol de barriga do Renato, um gaúcho. Agora, nos 100 anos do
clássico, novamente vitória do Fluminense, gol de Fred, um mineiro. Sem falar
no Fla x Flu do primeiro turno. Acho que quem tem que explicar melhor esse
trauma, é o Vágner Love. Aquele centro-avante que apesar de técnico e
talentoso, faz falta em quase metade dos lances em que disputa, porque já sai
empurrando e jogando o corpo para trás antes de receber a bola. Essa semana, o
artilheiro rubro-negro, garantiu que o raio não cairia 3 vezes no mesmo lugar. Ele
até que acertou. Vamos dizer, 2 vezes e meia... Porque, dessa vez passou
raspando nele e acertou em cheio o Cleber Santana. E ainda querem vir com essa
conversa de que o futebol no passado era mais fácil do que hoje em dia. Só o
time do Flamengo, este ano, perdeu 4 gols que nem na pelada mais vagabunda do
aterro você vê. Perderam por quê? Porque o futebol é mais rápido? Mais difícil?
Mais pegado? Ou porque não sabem tratar a bola como os virtuoses a tratavam? Ou
hoje mesmo, como um Deco e um Fred o fazem.
Continuando
sobre o Fla x Flu, que merece destaque especial, primeiro por ser Fla x Flu,
depois por ter sido muito emocionante. Dividindo o comentário em duas etapas,
primeiro falo das críticas que faço, que envolveram o jogo. A primeira delas
vai para um cidadão chamado Marcelo de Lima Henrique. Apesar de provavelmente o
serviço ser feito por seus chefes, que são a FERJ e a CBF. Qualquer garoto que
acompanhe futebol e não tenha soltado pipa no ventilador ou jogado bolinha de
gude no carpete, sabe que futebol é negócio. E onde tem negócio, tem dinheiro,
logo, tem sujeira. Infelizmente o futebol não é exceção. Por diversas vezes
esse juiz, teve atuações ou infelizes ou mal intencionadas. A meu ver, a de
hoje claramente buscava um resultado para a cidade, me pareceu o empate. Ficou
claro, na quantidade de faltas invertidas, não marcadas, cartões exibidos e no
pênalti inexistente. Tá em dúvida? Veja o vídeo-tape com a maior neutralidade
que você puder. Depois julgue você mesmo. “Ah, isso não existe em futebol!” Eu
diria, porque não existe? Só para remarcar esse lance do pênalti, Diguinho
apesar, de trapalhão, como sempre, não derruba o jogador do Flamengo, que
claramente se atira, chegando a jogar as duas pernas pro alto. Que banda, heim?
Um juiz da Europa era rápido e objetivo: cartão amarelo pela simulação do
Wellington Silva. Pior que se percebe que “ele” conhece regra. E sabe apitar. Mas
nem sempre pode ou quer como a regra manda.
Outra
parte da crítica despejo em cima de alguns rapazes da TV que viram um jogo absolutamente
diferente do que foi. Os da transmissão e os que comentaram então... Dava tristeza.
Sei que é necessária a polêmica. Mas não entendi a análise deles. Por várias
vezes falando em massacre, num Fluminense acuado e recuado cedo demais, mal em
campo, num dia milagroso de Cavalieri... Que coisa, heim? Já que alguns fãs do
Harry Potter gostam tanto de scout, reparem nele que a única supremacia do
Flamengo nos primeiros 45 minutos, foi em relação a posse de bola. O que não
quer dizer absolutamente nada em futebol. Meus caros, O Flamengo não precisa
disso. Melhorou a olhos vistos. Dorival Junior conseguiu reorganizar seu
meio-campo, o time joga mais compacto, com uma marcação mais forte, muita garra
e até se excedendo um pouco em jogadas mais ríspidas. Já havia dito isso contra
o Galo. E hoje, não haveria razão para jogar diferente. Durante toda a partida,
na realidade, o Flamengo perdeu 4 chances de gol efetivas. E o Fluminense também.
Mais uma vez eu convido ao vídeo-tape. O Fluminense saiu na frente com um belo
gol de Fred e teve chances para ampliar. Perceba que até o final do primeiro
tempo, você vê mais o goleiro Felipe na tela do que o Cavalieri. E até os 23 do
2º, em duas ocasiões, o Fluminense poderia ter decidido a partida
tranquilamente. A partir daí sim, com as substituições de força, o Flamengo
dominou o meio campo, o Fluminense abriu espaço em demasia e o Flamengo
pressionou mais e esteve bem mais perto do empate. Mesmo assim, a favor do
Fluminense, lembro que ainda foram duas bolas na trave, uma difícil defesa de
Felipe e um incrível gol perdido. Enquanto do lado rubro-negro, o tal gol que Cleber
Santana enxergou 10 metros
mais acima, a defesa de Cavalieri na cabeçada de Nixon, no pênalti mal marcado
e tirando a defesa na boa saída do goleiro, no primeiro tempo. No mais, aonde
foi providencial a participação de Cavalieri, apesar de estar brilhando há
algum tempo?
O
Fla X Flu será sempre um jogo emocionante. Sua história já trás isso. Dispensam-se
maiores patrocínios, folclores e promoções. Deixem o evento com a torcida, deem
segurança e times razoáveis para que elas possam torcer. O resto elas o fazem
naturalmente. Não há necessidade de invenção.
Bem...
Eu queria falar mais sobre a rodada, mas meu espaço acabou. E Fla X Flu, é Fla
X Flu. Fico devendo sobre os demais.
Boa
semana e bom início de mensalão!