Alguém estranhou a manchete? É
normal, porque, segundo as notícias, está saindo e não entrando. E se ele está
saindo para a Espanha, o desafio é lá. E a Espanha é o país do futebol? O
desafio que teria me enganado e me referido seria o nosso país? O nosso país
não é mais o país do futebol? Será mesmo a Espanha, por se campeã do Mundo e
por ter o Barcelona jogando essa bola que vocês veem, o país do futebol? Ou
quem sabe ainda a final que acabei de ver na televisão entre Bayern e Borussia,
pela Liga dos Campeões. Nesse caso, seria a Alemanha o país do futebol?
Você já viu um monte de
interrogações, não é? Mas são esses questionamentos que estou fazendo a você
sim, leitor. Porque é que o passa pela minha cabeça e o que rola por aí nos
programas esportivos na TV, nos diários impressos esportivos, na mídia nacional
e internacional.
O assunto do momento é a
transferência de Neymar, por uma ninharia, diga-se de passagem. Se for verdade,
são 74 milhões de reais. Mas é bom lembrar que esses valores são sempre um mistério.
Ta aí uma grande oportunidade para conferirmos juntos se jogadores como Neymar
têm mesmo que sair do Brasil pra aprenderem a jogar futebol, ou pra virarem
HOMEM, como diz o torcedor nas esquinas.
Algumas crônicas atrás eu
sustentei e ainda sustento que isso é história para boi dormir. Ta aí uma boa
oportunidade para saber se estou certo ou errado. Só para relembrar, eu
sustento que no Brasil as condições técnicas dos zagueiros são similares as da
Europa. Só pra gente ter uma ideia mais precisa, um Messi e um Robben não
fariam mais festa que fazem lá habitualmente, não. Duvido! Até porque, no
futebol sul-americano em geral, dificilmente o Robben viria pelo meio, como
veio, arrancando, sem tomar uma peitada ou uma obstrução de um zagueiro menos
bobo. E já vou adiantando que em termos táticos, os treinadores engravatados
que você vê na telinha (o do Borussia parecia um professor de Literatura), não
são melhores que os nossos não. É que aí entram complexos que não vale a pena
dissecá-los agora. Coisa antiga, muito antiga, que os jornalistas atuais
resolveram desenterrar para justificar nosso mau momento no futebol.
Quanto ao país do futebol,
sem patriotismo, não há dúvida que é aqui. Se tem alguma dúvida, dá uma geral
nos 4 cantos do país. Não precisa laptop não. É até temeroso carregar, porque a
bola ta nos cantos mais simples. E os cantos mais simples, vocês já sabem, são
mais perigosos. Eu garanto a você que melhor do que os 22 do que você viu hoje
na TV na decisão da Liga dos Campeões, você vai achar em várias partidas
oficiais de 1ª, 2ª, 3ª divisão ou até em pelada de várzea. Sem desmerecer o
futebol europeu ou de outra origem, eu não tenho a menor dúvida disso. Até
porque quem faz o nome dos grandes times da Europa são jogadores oriundos de
outros países ou nacionalizados.
Brasil, o país do futebol,
sim. Apesar de tudo.
Aquele abraço!
P.S. Paciência, lá vem o
Brasileirão. Esse título “ão”, já dá a verdadeira dimensão, de que você vai ter
que ter saco, digamos, pra um campeonato tão longo e desgastante.
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