segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

GERAÇÃO DE 82: A SELEÇÃO QUE ENCANTOU O MUNDO. SERÁ? – PARTE 1


















Pessoal, vamos ao nosso papo de recomeço de ano. Bola rolando nos Estaduais, nas Copinhas e tal, mas por ora vou abrir uma série sobre assuntos de Copa do Mundo, afinal nada mais oportuno, né? Vou abordar aqui, na minha ótica, jogos e campanhas e assuntos variados sobre a maior competição do esporte mundial.

Resolvi começar falando sobre o título acima, aquela baita seleção de 82. O que será que houve? Por que perdemos ou por que não vencemos? Mergulhando no assunto e no passado, lembro bem que após 12 anos do último título, o tricampeonato mundial, devido à reunião de jogadores de alta categoria juntos como Eder, Zico, Sócrates, Junior, Leandro, Falcão, Cerezo, bem comandados por um treinador competente e conhecedor do assunto, Telê Santana, o Brasil era só otimismo. Tinha música de Moraes Moreira, do Junior fazendo voar seus canarinhos e até de gente desconhecida.

Telê convocara 2 centroavantes: Careca e Serginho Chulapa. Careca se lesionara e Telê era obrigado a chamar uma terceira opção: Roberto Dinamite. Esse foi o meu primeiro desacordo sobre Telê. Um artilheiro como Roberto Dinamite não podia ser relegado à terceira opção. Apesar de experiente e qualificado, Telê tinha sim suas “mineirices”. Colocava uma coisa na cabeça e se recusava a debatê-la. Pra mim, Serginho não podia estar entre os convocados.

Chegou a estréia do Brasil, num 14 de Junho, bem no meu aniversário. O Brasil encontrou as dificuldades esperadas, com a forte marcação soviética. O baita frango de Waldir Peres e a inexplicável decisão em utilizar Dirceu na ponta direita, embolavam a seleção. O tempo foi passando e ao final do primeiro tempo, a vitória parcial soviética permanecia e um pênalti claro não era marcado, favorável a eles. Tensão absoluta. Até que no 2º tempo a seleção foi se encontrando melhor, Telê corrigiu o erro inicial colocando Paulo Isidoro e a então União Soviética, optou por se defender. Eis que dois “tiros” incomuns furavam a defesa soviética.

No primeiro, Sócrates, em jogada individual com maestria, acertava a gaveta de um dos melhores goleiros do mundo, Dasayev.  Minutos depois, Eder, numa pontada pelo meio, em jogada de alta categoria, levantou a bola com o mesmo pé que chutou, aproveitando o genial corta luz de Falcão, acertando uma bomba histórica no canto esquerdo da muralha soviética. O Brasil virava. Só mesmo 2 chutes inesquecíveis e magníficos, à meia distância, parece que seriam capazes de virar aquele dramático jogo. Pois lá na frente Serginho e Zico estavam totalmente presos na marcação e não havia nenhuma fumacinha de gol à vista. Ufa ufa! A dificuldade natural da estréia e o jogo pra lá de encardido era superado. Vamos em frente! Que agora virá a Escócia. Menos mal, o pior do grupo já havia passado.

E sem maiores surpresas, a seleção de Telê se empunha diante da Escócia e aplicava sua primeira goleada, com o time começando a deslizar e criar alternativas ofensivas variadas e trocas de passes bonitas de se ver. Restava a Nova Zelândia para carimbar a classificação. O que não foi tarefa difícil. Principalmente contando com Zico em de seus melhores dias e a seleção cada vez ganhando mais entrosamento e maravilhando o mundo da bola.

Vamos falar dessa segunda parte semana que vem. Eu acho que a Copa começou de verdade foi por aí.



Até!

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