Prezados,
Chegamos ao fim de uma das
Copas que pode não ter sido das mais belas, tecnicamente falando em futebol, mas
com certeza, das que vi, foi a mais emocionante. Meus parabéns à organização do
Mundial, à lição de hospitalidade e calor humano que o Brasil e os brasileiros
deram ao mundo. Ganhou o Brasil, ganhou o mundo inteiro. Perderam os invejosos
e fracassados brasileiros das camadas sociais que torceram contra, do complexo
de vira-latas, dos que não acreditaram no seu país e de forma mesquinha tentaram
boicotar. Perdeu também a minoria “classe A” que covardemente e
inexplicavelmente, amparada por setores da mídia, vaiou a presidente do Brasil,
Dilma Rousseff, que proporcionou a todos e a eles mesmos, momentos que eles
nunca viveram na sua terra. Não me lembro de terem vaiado autoridades aqui no
Brasil, em eventos anteriores, quando nosso país era infinitamente pior que
hoje.
Antes de falar da brilhante
conquista alemã, não posso deixar de passar pelo vexame que o nosso futebol deu
nessa Copa. Eu não esperava tanto, mas também não previa tão pouco. Na minha
imaginação, inclusive, eu via uma final entre Brasil e Argentina, com a
Argentina saindo vencedora. Menos mal. A pancada que levamos talvez tenha sido
melhor. E ontem, em uma nova goleada contra a Holanda, a prova do desequilíbrio
do elenco, do total despreparo, como cansei de citar aqui, da convocação
equivocada, do comando mal exercido etc. Ficou claro que o craque era mais uma
vez a nossa salvação. O destino desviou a rota. Só espero que a retomada do
caminho seja uma reformulação geral. Mas jamais pautada pela tal “modernidade”.
Como eu tenho dito, modernidade é qualidade, equilíbrio, seriedade e
profissionalismo. Modernidade é mudar a mentalidade e a estrutura do futebol
brasileiro vigente em todas as suas categorias. Do contrário, vamos perder mais
um pouquinho.
Sobre a final, que é o mais
importante, venceu a equipe mais eficiente. Eu não vou dizer a mais organizada
e que se preparou melhor. Sabe por quê? Durante a Copa a Alemanha só deu passeio
no jogo com o Brasil e toda sua organização e projeto de preparação poderiam ir
pro brejo, se nesta final equilibradíssima, até com um pouco mais de chances de
gol para a Argentina, uma bola dessas tivesse entrado. Os lances de Palacio,
Higuain e Messi foram decisivos. A diferença é que apesar de falhar nos seus, a
Alemanha acertou a bola que definiu o jogo. Acertou porque seu herói Mario
Götze, matou com categoria e visão de gol, o que o peito duro de Palácio e sua
canelada não permitiram. Seria injusto se a Argentina vencesse? Não. Assim como
não foi injusto a Alemanha vencer. Digo até que foi mais justo o título alemão
pelo percurso anterior e por, na prorrogação, desejar menos os pênaltis que o
adversário. Quanto a Messi, só quem convive com ele pode saber as razões de
suas oscilações nos jogos. Parece-me o fim de duas gerações de ambas as
seleções, embora esteja havendo uma renovação de elenco maior por parte da
Alemanha. Uma de suas maiores qualidades foi manter a base de um clube. Sacada
utilizada nos anos de ouro do futebol brasileiro e hoje descartada em prol da
relativa importância dos nomes que estão fora do país.
Parabéns, mais uma vez, à Alemanha por ter nos dado a alegria de vê-los sentirem-se bem, jogar bem e
ganhar uma Copa em nossa terra. Bem-vindos ao clube dos tetracampeões mundiais,
Alemanha!
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