Chegamos às semifinais. E
agora não adianta ficarmos alimentando o drama da perda de Neymar. Em várias
colunas anteriores eu comentei essa possibilidade. Muita gente pensou que isso
poderia acontecer. Claro que nessa hora a preocupação é muito mais aguda. Mas, qualquer dependência dá nisso. Seria parecido se tivéssemos perdido Romário
antes do jogo da Suécia, em 94.
O jogador colombiano entrou
de forma estranhamente violenta em Neymar. Nem pra parar a jogada, nem pra
roubar a bola, aquela entrada se justifica. Muito menos a péssima atuação, a
meu ver, de má fé do árbitro espanhol. Temos sido, sim, prejudicados pelas
arbitragens. Desde o lance com o Fred que o juiz japonês não marcou de má
intenção (ele viu a jogada de frente e se foi malandragem ou não do Fred, pro
juiz asiático é difícil perceber isso) temos sido prejudicados pela arbitragem.
O próprio cartão do Thiago Silva não faz sentido. Um juiz de 43 anos não
perceber que não era cera é ser muito ingênuo.
A FIFA não errou mais nesta
Copa por falta de espaço. A maioria dos erros que vocês viram partiu dela. E
segundo autoridades, além de ladrões, a FIFA está crivada de cambistas. Não me
surpreende. O que me surpreende é parte do povo pensar que o nosso país está
sendo ajudado. As chaves e grupos das seleções são escolhidos. Pegamos dois sul-americanos e um latino-americano com a mesma proposta de jogo e a mesma
importância. Qualquer um dos três, México, Chile ou Colômbia, se estivessem
hoje na sem final não seria zebra.
A sorte é que em futebol
mesmo forçando a barra e delineando as coisas, nem sempre elas acontecem como
esperado. Vamos enfrentar uma Alemanha a qual eu não vi nada demais por
enquanto. O vigor físico e a marcação, bem característicos, não estão em
primeiro plano. Quanto a nós, é definirmos o substituto de Neymar, acredito ser
o William, até porque se o escalado for um dos outros dois, Ramires tem características mais defensivas em minha opinião (é muito mais ladrão de bola que armador ) e Bernard depende da criação das jogadas. A função mais parecida com a de Neymar tem que ser exercida com alguém de mais potencial de chegada, que jogue na vertical. Agora, se Oscar e Fred, o primeiro continuar jogando só desarmando e dando bico, e o segundo refém de uma inércia inexplicável, não há substituto que torne a seleção com mais força ofensiva. E vamos tentar nos superar. Sim, nós podemos nos superar. Os
próprios alemães sabem disso.
Na outra partida uma guerra
de estilos e um teste de verdade para Argentina, que como vocês sabem e têm
lido aqui, é minha candidata ao título. Ah! Como eu ficaria feliz em vê-la derrotada
e errar nesta impressão a que cheguei desde o ano passado. Seria um porre ao
quadrado vê-los ganhar em nosso território uma Copa do Mundo.
Bem, estamos só aguardando a
bola rolar. Todos têm chances. E nós, não temos menos do que eles. Que joguemos
o nosso futebol aliado à raça e à fibra necessárias. Estamos juntos, Brasil!
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