domingo, 6 de julho de 2014

BRASIL: CHEGOU A HORA DE UM VALER POR DOIS













Chegamos às semifinais. E agora não adianta ficarmos alimentando o drama da perda de Neymar. Em várias colunas anteriores eu comentei essa possibilidade. Muita gente pensou que isso poderia acontecer. Claro que nessa hora a preocupação é muito mais aguda. Mas, qualquer dependência dá nisso. Seria parecido se tivéssemos perdido Romário antes do jogo da Suécia, em 94.

O jogador colombiano entrou de forma estranhamente violenta em Neymar. Nem pra parar a jogada, nem pra roubar a bola, aquela entrada se justifica. Muito menos a péssima atuação, a meu ver, de má fé do árbitro espanhol. Temos sido, sim, prejudicados pelas arbitragens. Desde o lance com o Fred que o juiz japonês não marcou de má intenção (ele viu a jogada de frente e se foi malandragem ou não do Fred, pro juiz asiático é difícil perceber isso) temos sido prejudicados pela arbitragem. O próprio cartão do Thiago Silva não faz sentido. Um juiz de 43 anos não perceber que não era cera é ser muito ingênuo.

A FIFA não errou mais nesta Copa por falta de espaço. A maioria dos erros que vocês viram partiu dela. E segundo autoridades, além de ladrões, a FIFA está crivada de cambistas. Não me surpreende. O que me surpreende é parte do povo pensar que o nosso país está sendo ajudado. As chaves e grupos das seleções são escolhidos. Pegamos dois sul-americanos e um latino-americano com a mesma proposta de jogo e a mesma importância. Qualquer um dos três, México, Chile ou Colômbia, se estivessem hoje na sem final não seria zebra.

A sorte é que em futebol mesmo forçando a barra e delineando as coisas, nem sempre elas acontecem como esperado. Vamos enfrentar uma Alemanha a qual eu não vi nada demais por enquanto. O vigor físico e a marcação, bem característicos, não estão em primeiro plano. Quanto a nós, é definirmos o substituto de Neymar, acredito ser o William, até porque se o escalado for um dos outros dois, Ramires tem características mais defensivas em minha opinião (é muito mais ladrão de bola que armador ) e Bernard depende da criação das jogadas. A função mais parecida com a de Neymar tem que ser exercida com alguém de mais potencial de chegada, que jogue na vertical. Agora, se Oscar e Fred, o primeiro continuar jogando só desarmando e dando bico, e o segundo refém de uma inércia inexplicável, não há substituto que torne a seleção com mais força ofensiva. E vamos tentar nos superar. Sim, nós podemos nos superar. Os próprios alemães sabem disso.

Na outra partida uma guerra de estilos e um teste de verdade para Argentina, que como vocês sabem e têm lido aqui, é minha candidata ao título. Ah! Como eu ficaria feliz em vê-la derrotada e errar nesta impressão a que cheguei desde o ano passado. Seria um porre ao quadrado vê-los ganhar em nosso território uma Copa do Mundo.


Bem, estamos só aguardando a bola rolar. Todos têm chances. E nós, não temos menos do que eles. Que joguemos o nosso futebol aliado à raça e à fibra necessárias. Estamos juntos, Brasil!

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