É
pessoal, acho que não existe outra opção. Como em 50 e há pouco em 2014, a palavra é
reconstruir. Claro que existe uma enorme diferença nestas duas etapas. Em 50
jogávamos outro futebol, com gerações incessantes, saindo das divisões de base
dos clubes e revelando novos craques e novas esperanças. 50 valeu como lição,
como já disse uma vez, para construir as 5 estrelas que temos hoje. Já 2014 a filosofia é outra e o
comando também. E a recuperação soa mais como um castigo e um dever histórico a
reparar. Mas, não se iludam. Qualquer que seja o termo para camuflar futebol
moderno as dificuldades serão bem maiores. A começar pela qualidade técnica dos
jogadores. Essa questão de amor à camisa, harmonia, embora Dunga não seja meu
nome predileto, ele é, sim, capaz de recuperar essa vontade. Como comandante
mais exigente e brasileiro neste aspecto. Não que não tenha havido esforço de
alguns na Copa passada, mas de muitos, para mim, houve sim, descaso. Muitos não
estavam ali para vencer aquela Copa. Dentro e fora de campo. Além do comandante
e seu auxiliar não estarem nem aí para problemas escancarados pelos quais
passaríamos e acabamos passando durante a tragédia de 2014. Não excluindo as
opções como as convocações. Será que há um ano, Robinho faria menos que Hulk? E
outros jogadores que não tiveram oportunidades como o Willian, pouco testados,
teriam menos chance? Não se trata de comparar Dunga com Felipão. Tô fora. Agora,
se não houver outra saída, lógico que Dunga não precisa enganar tanto quanto
Felipão e muito menos ganhar uma Copa do Mundo tendo um elenco com as estrelas
de 2002 nas mãos. Por enquanto não vou destacar um Firmino ou outro.
Posicionamento deste ou daquele e a seleção no padrão tático ou técnico em
campo. O importante é ir se reerguendo aos poucos. E, principalmente, rezar
para que a CBF e toda sua cúpula deem o fora do futebol brasileiro o mais
rápido possível. Do contrário, não vai haver recomeço feliz.
Agora, uma palinha pra falar
da nossa seleção olímpica também, sob o comando de Gallo: bem... não precisa perder muito tempo nesse
comentário porque os erros são os mesmos e o problema crônico. É onde corre
mais dinheiro e a maior ação de intervenção dos empresários. Tanto no comando
como nos jogadores escolhidos. Vários não têm a menor condição de vestir a
camisa de clube profissional. Quanto mais de seleção brasileira. Vários passaram
de categoria a categoria sem aprender fundamentos básicos de futebol. E hoje
com 23 anos, além de fracos, a maioria tem formação deficiente. Pelas razões
que sempre aponto aqui, dos vícios, comprometimentos escusos e deficiências e
aberrações de estrutura e comando nas peneiras dos clubes
brasileiros.
Até a Páscoa!
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