Quatro jogos decidindo os regionais mais importantes.
Rio, São Paulo, Minas e Sul. 45, 43, 55 e 47 mil em números arredondados e
respectivamente. Lembram de alguma rodada do BRASILEIRÃO com esse público, em 4
jogos, nos últimos tempos? Pois é, companheiro, sua cidade não tem culpa. E se
você tem vergonha de ter nascido no Brasil, existem outros países talvez mais
atraentes para você.
Claro que me refiro à mania do nosso futebol de copiar
tudo que vem de fora. Nosso país ainda é o número 1 em futebol no mundo há mais
de meio século. E é o 5º maior do mundo em território. Campeão do estado do
Rio, de São Paulo, é uma coisa. De Sevilla ou de Hannover, é outra. Lá reúnem
tudo que podem num território acanhado em relação ao nosso. Tem que ser
nacional, é evidente. Aqui se viaja 2500, 3000 km contra percursos europeus de
trem ou até de metrô. Eu não aposto num grande jogo, com estádio lotado, entre
Vasco X Chapecoense ou Corinthians X Criciúma.
O campeonato Brasileiro tem nome, mas não tem o apelo e a
rivalidade dos regionais. Se as Federações esculhambaram com o torneio usando a
ditadura e os conchavos, diferente não ocorre na CBF, agora do senhor Del Nero.
Qualidade de jogo e público também tô apostando. Você não precisa desmoronar,
desmoralizar um campeonato pra renová-lo ou recuperar sua credibilidade. Não
creio que seja essa a proposta do Bom Senso Futebol Clube. Existem mil caminhos
para isso. Mesmo com parceiros quebrando a corrente.
Portanto, não se trata de saudosismo e sim de complexo de
inferioridade de quem não quer aceitar que em toda história do futebol
brasileiro os clássicos regionais foram históricos e rentáveis. Podem sim
voltar a ser. Tivemos alguns exemplos hoje, em que pese à má qualidade técnica
dos jogadores, o que é um problema nacional e até mundial, não regional.
No Maraca, empolgado por se livrar do Flamengo, o Vasco
se fez presente em torcida e maior agressividade. O Botafogo optou por marcar e
errar passes. Criminosa e covarde a atitude que tiveram com o Jobson. Nos jogos
finais que foram sentenciar o rapaz? Penalizaram todo mundo, senhores juízes. O
gol no final fez jus a melhor distribuição do Vasco e presença ofensiva.
Em São Paulo, também justo o resultado diante do prazer
visual de ver a Arena do Palmeiras fervilhando de gente. E um pouquinho
parecido com o Maracanã, tivemos o Santos com algumas semelhanças com o
Botafogo, muito pela ausência de Robinho, e um Palmeiras mais agressivo e
recuperando a sua moral.
Em Minas, com o maior público, o Galo não superou a
Caldense por trabalhar mal a bola ofensivamente e concluir mal. E já no Sul,
tudo no mesmo caminho de Minas, a diferença ficou por conta da grande partida
de Marcelo Grohe e do excesso de respeito entre os dois adversários rivais.
Fecho o comentário chamando a atenção para esses últimos
detalhes: conclusões ofensivas. Nunca o futebol brasileiro esteve tão pobre de
jogadores, sejam meias ofensivos ou centroavantes, finalizadores de qualidade.
O melhor ainda é Fred, quando pode e quer.
Isolam bolas a 3 metros do gol sem cerimônia. Fecham os
olhos, absolutamente livres, e estouram a bola em cima do goleiro. Como
resolver? Bem... Quem ensina a concluir nas categorias de base quando repara o
defeito? Talvez algum advogado, acadêmico de medicina ou cientista da NASA
dando palestras no Brasil. Sem demérito as profissões citadas.
Boa semana a todos!