domingo, 26 de abril de 2015

A PLENITUDE DOS VIRA LATAS










Quatro jogos decidindo os regionais mais importantes. Rio, São Paulo, Minas e Sul. 45, 43, 55 e 47 mil em números arredondados e respectivamente. Lembram de alguma rodada do BRASILEIRÃO com esse público, em 4 jogos, nos últimos tempos? Pois é, companheiro, sua cidade não tem culpa. E se você tem vergonha de ter nascido no Brasil, existem outros países talvez mais atraentes para você.

Claro que me refiro à mania do nosso futebol de copiar tudo que vem de fora. Nosso país ainda é o número 1 em futebol no mundo há mais de meio século. E é o 5º maior do mundo em território. Campeão do estado do Rio, de São Paulo, é uma coisa. De Sevilla ou de Hannover, é outra. Lá reúnem tudo que podem num território acanhado em relação ao nosso. Tem que ser nacional, é evidente. Aqui se viaja 2500, 3000 km contra percursos europeus de trem ou até de metrô. Eu não aposto num grande jogo, com estádio lotado, entre Vasco X Chapecoense ou Corinthians X Criciúma.

O campeonato Brasileiro tem nome, mas não tem o apelo e a rivalidade dos regionais. Se as Federações esculhambaram com o torneio usando a ditadura e os conchavos, diferente não ocorre na CBF, agora do senhor Del Nero. Qualidade de jogo e público também tô apostando. Você não precisa desmoronar, desmoralizar um campeonato pra renová-lo ou recuperar sua credibilidade. Não creio que seja essa a proposta do Bom Senso Futebol Clube. Existem mil caminhos para isso. Mesmo com parceiros quebrando a corrente.

Portanto, não se trata de saudosismo e sim de complexo de inferioridade de quem não quer aceitar que em toda história do futebol brasileiro os clássicos regionais foram históricos e rentáveis. Podem sim voltar a ser. Tivemos alguns exemplos hoje, em que pese à má qualidade técnica dos jogadores, o que é um problema nacional e até mundial, não regional.

No Maraca, empolgado por se livrar do Flamengo, o Vasco se fez presente em torcida e maior agressividade. O Botafogo optou por marcar e errar passes. Criminosa e covarde a atitude que tiveram com o Jobson. Nos jogos finais que foram sentenciar o rapaz? Penalizaram todo mundo, senhores juízes. O gol no final fez jus a melhor distribuição do Vasco e presença ofensiva.

Em São Paulo, também justo o resultado diante do prazer visual de ver a Arena do Palmeiras fervilhando de gente. E um pouquinho parecido com o Maracanã, tivemos o Santos com algumas semelhanças com o Botafogo, muito pela ausência de Robinho, e um Palmeiras mais agressivo e recuperando a sua moral.

Em Minas, com o maior público, o Galo não superou a Caldense por trabalhar mal a bola ofensivamente e concluir mal. E já no Sul, tudo no mesmo caminho de Minas, a diferença ficou por conta da grande partida de Marcelo Grohe e do excesso de respeito entre os dois adversários rivais.

Fecho o comentário chamando a atenção para esses últimos detalhes: conclusões ofensivas. Nunca o futebol brasileiro esteve tão pobre de jogadores, sejam meias ofensivos ou centroavantes, finalizadores de qualidade. O melhor ainda é Fred, quando pode e quer.

Isolam bolas a 3 metros do gol sem cerimônia. Fecham os olhos, absolutamente livres, e estouram a bola em cima do goleiro. Como resolver? Bem... Quem ensina a concluir nas categorias de base quando repara o defeito? Talvez algum advogado, acadêmico de medicina ou cientista da NASA dando palestras no Brasil. Sem demérito as profissões citadas.

Boa semana a todos!

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