Não se trata da Academia. Longe disso. Mas, em tempos bicudos, ver um triunfo do Palmeiras, como o de hoje, faz muito bem para o futebol. Se o predomínio, justo por sinal, foi através da raça e do empenho, não importa. Méritos não faltaram.
Numa análise fria, a gente sabe que o Corinthians estava
mais perto de chegar à final. Tanto que conseguiu a virada, inclusive em um
arremate do jogador colombiano Mendoza, excelente, que já anotei seu nome aqui
no caderninho, porque para mim promete. O Corinthians de Tite, recheado de bons
jogadores errou ao recuar após a virada. Uma característica do treinador, que
apesar do título mundial conquistado, começa por ser um bom orador. No
restante, para mim, fica devendo.
Mesmo assim, Vagner Love, que poderia ter ido mais longe
no futebol pela sua técnica, mas limitou seus horizontes em busca de outras
preferências e recompensas, em má fase, teve a chance de fechar o caixão, mas facilitou
a grande defesa de Prass ao levantar a bola na cabeçada. Sem ter nada com isso,
Rafael Marques, cheio de vontade e jogando tudo que podia, levou o jogo para os
pênaltis.
Apesar da vitória nos pênaltis, do Palmeiras, faço uma
crítica ao excesso de teatro antes das cobranças. É um mutirão de oração e gritos
de guerra demasiados. Você chega a ouvir gritos de “vamos com raça!”. Como
assim? O jogo acabou. É hora de concentração, frieza e categoria, além de
treino, é claro. Isso não significa apatia. Salvo em situações como 98, onde a
surpresa de um gol da Holanda abateu tanto o time brasileiro, que fez Zagallo
usar sua experiência no grito contagiante.
Depois, surgiu a estrela de Prass. Jogador que tive o
prazer de indicar, quando atuava pelo Coritiba, a um candidato a presidência do
Fluminense, em 2004. Foi excelente na cobrança de Elias e magnífico, ou seja,
velocíssimo, no pênalti final. A final do Paulistão 2015 promete. Em que pese
Federações e Del Neros da vida.
NO MARACANÃ, ASSIM COMO NO SÁBADO, NO ENGENHÃO, O FAVORITO
NÃO LEVOU
No Engenhão, Cavalieri expôs todas as falhas que postei
aqui no último post, principalmente a de bater na bola, porque o destino quis
assim. E não corrigiram. Pior, li o treinador do Fluminense informando que ele
passará, de agora em diante, a treinar pênaltis. Como assim? Sem Fred, jogaram
nas costas dos garotos uma vitrine e uma responsabilidade para engordar suas
contas bancárias. Deu Botafogo no heroísmo, também nos pênaltis. Incríveis 9 X
8.
Hoje, tivemos um jogo um pouco melhor tecnicamente e com
o Flamengo mais lúcido e técnico, com Everton caindo dos lados e criando
jogadas de perigo. O Vasco ia na raça, quando podia, com armação no estilo
Guiñazu, para quem gosta de filmes de samurai. Como a rede teimava em não
balançar, a arbitragem se encarregou de dar uma ajudinha ao Vasco, marcando um
pênalti inexistente, convertido por Gilberto. O lance que os rubro-negros
reclamaram em Pará também não foi pênalti.
Luxemburgo errou em sacar Everton e facilitou as coisas
para a defesa do Vasco, que mesmo assim, na base do esforço e do “Ai, Jesus”, devido ao complexo de derrotas,
garantiu a final contra o Botafogo. Os
dois críticos (quem dera ter críticos assim) do Dr. Rubens Lopes, desde a primeira
rodada, Fla e Flu, assistirão em casa, com todo o conforto e direito a
resmungar e fazer promessas para o Brasileirão 2015. Agora do Del Nero, viram?
Até!
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