domingo, 1 de novembro de 2015

FUTEBOL MAL JOGADO E MAL EDUCADO



Já toquei nesse assunto há um tempo. Sobre manifestações dos jogadores em relação ao torcida. Ontem na vitória do São Paulo sobre o Sport no Morumbi, o meia Michel Bastos fez este gesto mal pensado contra sua própria torcida que o vaiara poucos minutos antes por ter errado um passe e estar jogando mal. Eu me pergunto: o que será que Michel Bastos deu de tão importante ao São Paulo e ao futebol brasileiro para ter tido uma atitude destas? E mesmo que tivesse sido responsável por glórias e mais glórias, nada justificaria o que fez. O jogador não tem direito a isso. Repensem a história e vejam se craques como Pelé, Rivelino, Tostão, Ademir da Guia e outros fizeram coisa parecida. Deveriam ser punidos, mas a direção do São Paulo, já tumultuada até o pescoço, e tendo um time caro com uma campanha irregular e abaixo de suas tradições, nada fez. Já a direção do Flamengo soube multar e afastar jogadores que saíram pra tomar uma cerveja fora de seu expediente de trabalho. Soube que Michel Bastos pediu desculpas aos torcedores hoje. Mas isso não minimiza o fato e tira a importância do assunto. Mesmo levando em conta o lado do jogador já em final de temporada, alguns disputando mais de um campeonato e como de hábito sendo sugados por diretorias que devem salários, prêmios e outros direitos, como folgas, isso não se justifica. Aliás, os times têm mantido os jogadores a sua disposição por 7 dias. Passa de uma relação de profissionalismo para escravagismo. As folgas são necessárias e, ao contrário do que muitos pensam, NÃO descondicionam o jogador fisicamente falando. A perda em seu estado atlético só começa a ocorrer após 48 horas de inatividade, segundo estudos. Portanto em hipótese alguma aprovo desabafos como o de ontem em relação ao torcedor. Vale acrescentar que lá estavam 11 mil pagantes debaixo de chuva e no sacrifício e sofrimento também, empurrando seu time do coração pra frente. E a vaia é uma manifestação, muitas vezes positiva. Há um tempo, o jogador Romário e Renato Gaúcho, por exemplo, faziam suas provocações e desaforos dirigindo-se à torcida adversária. O que também é pisar na bola e a meu ver, passível de punição. Quem sustenta o espetáculo é o torcedor e ele merece respeito.


DESTAQUES


Sem a necessidade de destacar o Corinthians, já com o título praticamente assegurado no Campeonato Brasileiro, opino sobre o jogo da TV: Grêmio x Flamengo, na Arena do Grêmio em Porto Alegre. A derrota do Flamengo e a péssima partida, uma autêntica pelada, com vários erros de passe, infantis e bisonhos, pra mim não foi o mais significativo. Quem vai reclamar do torcedor agora sou eu, por uma questão inclusive extracampo, o lamentável  bairrismo que ainda acomete bem forte o Brasil. A torcida, após essa ideia ridícula do Hino Nacional antes das partidas (ideia bem mal acabada da CBF), em certas praças mostra todo seu bairrismo e desrespeito ao Hino Nacional. Há muito anos isso é comum no sul do país. A torcida parece enxergar mais um jogo entre Rio Grande do Sul x Rio de Janeiro do que Grêmio x Flamengo. Para aqueles que exigem educação no país, ei-la nua e crua. Além de uma boa dose de antipatriotismo. O outro destaque pouco influi na tabela, mas revela que além de futebol faltou seriedade e profissionalismo em dose dupla no jogo entre Internacional x Goiás, no Serra Dourada, não desmerecendo a equipe do Goiás, mas lembrando que ela faz uma campanha péssima. Pior ainda foi a atitude do time do Internacional que após estar ganhando de 1 x 0, passou visivelmente a correr pra não chegar. O tape está aí pra quem quiser conferir. Boa notícia para os Deputados e seus familiares que, às vezes, ficam na capital e que não querem perder uma atração extra aos domingos.



Boa semana!




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