Pela primeira vez em tantos anos acho difícil dizer. Em
alguns momentos da história (na verdade poucos) a Argentina e o Uruguai se
revezaram frente ao Brasil, que, em minha opinião sempre dominou este cenário.
Mas não domina mais.
Quando na Copa de 2014 tivemos de enfrentar adversários
sul-americanos, um após o outro, eu sabia que teríamos encrenca pela frente.
Tanto é que no mínimo passamos apertado por eles e chegamos ao jogo da pouca
vergonha contra a Alemanha, desfalcados de nosso melhor jogador.
Há algum tempo eles vendiam a derrota caro. Hoje, já jogam
de igual para igual. Paralelo ao avanço de equipes sul-americanas de futebol
inexpressivo no passado, o nosso caiu. Caiu tecnicamente e em matéria de
liderança. Há um tempo você demorava para escolher o que seria melhor. Hoje
você demora para achar que formação ideal você mandará à campo. E nesse aspecto Dunga deixa muito a desejar.
Chegamos ao ponto de achar o jogo contra a Argentina mais
um ponto ganho do que dois perdidos. Não importa se o jogo foi em Buenos Aires
e a Argentina é a Argentina, vice-campeã mundial. Mostraram um time
desentrosado, mal distribuído em campo, perdendo várias divididas, o que é raro,
e aparentemente mal dirigido. A própria situação deles na tabela mostra o
péssimo rendimento. Enquanto isso, Dunga insiste em jogadores que não terão
futuro com a camisa amarela. Muito menos resolverão nosso problema técnico.
Quanto às outras equipes de países como Colômbia, Chile, Equador, citando o Equador, como exemplo, já vem há uns dez anos mostrando um trabalho bem feito com jogadores de grande força física e bem melhor qualidade técnica. A LDU mostrou isso no ano em que causou um trauma na torcida do Fluminense ao tirarem uma taça tão ambicionada no Maracanã, em 2008. Fora outros torneios que beliscaram mais à frente.
A Colômbia também joga um futebol que tenta se parecer com
o nosso de alguns anos. Só que com um pouco menos de competitividade. Já o
Chile exagera no excesso de competitividade e pegada e fica devendo um pouco,
usando apenas o contra-ataque como arma. Mas não precisa mais mostrar que não é
aquele Chile que nos acostumamos a vencer. Fosse em Santiago ou no Maracanã.
Segue a Eliminatória em sua quarta rodada com o Brasil em quarto
lugar e a Argentina lá pra baixo. Acredito que a colocação de ambos espelhe, ao
menos no momento, exatamente o futebol que têm apresentado. Isso se não vier
coisa mais desagradável por aí.
Em tempo: Ouvi rumores da queda de Dunga e contratação de Tite. Já esperava por isso há algum tempo. Se confirmado, é trocar 6 por meia dúzia. Apenas diferem os estereótipos e trejeitos.
Boa semana a todos!
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