É estarrecedor uma pátria enxovalhada
como está emprestar seu hino e seus acordes a um campeonato sem credibilidade,
comandado por pessoas sujas e sem condições morais.
Algum exagero? Dirigentes que
não podem sair do país senão serão presos, tentam emocionar você como torcedor,
através da Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão exclusivos, e, que
curiosamente, depois que passou a ter essa exclusividade e monopólio, o futebol
no Brasil começou a cair vertiginosamente.
Você não se importa em saber
se seu time é a bola da vez ou um dos preferidos? Até criança percebe isso. Um país
sob um Golpe de Estado declarado em viva voz esta semana nos EUA pelo próprio
vice-presidente empossado ilegalmente no poder e motivo de chacota e desprezo
por vários países do mundo, não merecia tanta desonra, embora o meio do futebol
e seu comando nunca tenham sido compostos por anjinhos e monges.
Vale ressaltar que em outros
jogos de divisões inferiores que acompanho, é fácil contar nos dedos os
torcedores presente no estádio, além de ter de ouvir marchinhas dos clubes que
irão jogar, com jogadores perfilados, banda de música e todo tipo de pompa,
bairrismo e provincianismo explícito, prejudicando, inclusive, o aquecimento
dos jogadores para a partida.
Nem que houvesse aqui um
mínimo de moralidade, o hino nacional só faria sentido, como sempre fez, em
jogos internacionais e não em alguns de origem duvidosa e os envolvidos neles
mais ainda. Ainda estou exagerando? Deem uma olhadinha para a ciranda dos
técnicos, como são os mesmos, na mudança dos locais das partidas, como vem a
calhar, além de serem combinadas na calada da noite, sem um clube sequer contestando
mudanças de horário, de cidade etc. Falta de campo e cofre vazio não são
justificativas. O que mais tem no Brasil é corrupção, bolsos de empresário cheios,
de dirigentes idem por compartilhamento, e estádios de futebol vazios.
Com mais de 27 rodadas não
houve uma encrenca que tenha levado um jogador a julgamento, ou suspenso por vários
jogos... Estranho, né? Como são disciplinados nossos jogadores. De onde podemos
concluir que só podem ser “ilusionismo” as entradas criminosas que temos assistido
entre colegas de profissão e as vergonhosas arbitragens que prejudicam uns e beneficiam
outros descaradamente, na maioria das vezes para inflar um campeonato fraco,
desacreditado, em que aqueles com um pouquinho só de experiência, sabem que há
dois ou três concorrentes para o título? E mais dois ou três com prestígio suficiente
para alcançar a Libertadores ou interesse para evitar o rebaixamento.
Encerro dizendo que sei
perfeitamente que em muitos dos casos existe o tal do nivelamento por baixo,
desorganização e falta de futebol e qualidade que promovem certos jogos
atípicos e suspeitos. Mas, basta abrir um pouquinho o olho que você flagra
direitinho aquele jogador que corre para não chegar e aquele time que faz um
jogo super competitivo, num domingo, e outro irreconhecível e medíocre, numa
quarta, dentro da mesma competição.
Hoje, sinceramente, já não
sei se basta apenas a solução proposta pelo meu prezado amigo Afonsinho, que é
a de “refundar o futebol”. Acho, prezado
amigo, que temos que refundar muitas coisas, revolucionar muitos valores,
porque se enganam muitos por algum tempo, mas não pelo tempo todo.
Nota: Tite, o que faz o
Robinho fora da seleção brasileira? Está velho demais?