Após 18 anos sem participar de uma Libertadores da
América, com o 5º lugar obtido no Brasileiro 2016, o Botafogo aposta suas
fichas na Libertadores da América 2017. O 1º round dessa luta foi vencido na
última quarta-feira após classificação dramática no Chile, contra o Colo-Colo.
Não partilho da ideia de que o Botafogo se reforçou para
esta taça tão extenuante e complicada. O próprio Colo-Colo, símbolo de um bom
futebol chileno há 35, 40 anos, como o Botafogo, está longe de ter uma equipe
de ao menos boa qualidade técnica. Muita luta, muita entrega, muita força
física, mas pouco futebol. Falhas bisonhas, amadoras, falhas de fundamento e do
próprio entrosamento dos times que não conseguem trocar três, quatro passes
seguidos com a bola no chão. A vantagem obtida no jogo do Engenhão, no Rio, foi
valiosa, assim como o empate, em Santiago, que, apesar de duríssimo, foi
merecido.
Achei que Jair errou ao demorar a por em campo um
centroavante. Durante todo o jogo ficou evidente a falta da presença de um
homem de área, que no caso, devido ao Colo-Colo ter saído em vantagem, fazia
grande sentido pela função que não era exercida por ninguém. Sem centroavante,
time sem profundidade de jogadas. Seja ele bom ou ruim. Mas a característica de
saber jogar como último homem de ataque, desarrumando a zaga adversária, é
imprescindível, em que pese a qualidade escassa desse jogador hoje em dia.
Felizmente deu certo e Roger, um jogador limitadíssimo, em
sua segunda ou terceira participação, prendeu a bola e criou a jogada que o
Botafogo necessitava para obter a classificação. Dura, dramática, mas justa. Só
não assino embaixo de seus jogadores desabafando ao final da partida sobre
críticas feitas à qualidade do time. Vocês me perdoem. Naturalmente estão
defendendo seu trabalho. Mas as críticas são corretas. O time é limitadíssimo e
terá pela frente um time paraguaio, o Olímpia, normalmente menos técnico, mas
aguerrido.
Vamos à batalha! Vamos pagar para ver!
CAMPEONATO ESTADUAL RJ 2017
Segue aos trancos e barrancos, com times de pouca
expressão ocupando lugares de outros favoritos e tradicionais, o campeonato do
Rio. A rodada deste fim de semana apresentou uma situação mais delicada ainda.
Com o estado de greve da polícia da cidade, não houve segurança para os
torcedores comparecem aos estádios. Era o domingo do cada um por si, Deus por
todos. E a violência nas ruas no principal clássico da rodada, sem o Maracanã,
entre Botafogo X Flamengo, já foi oriunda disso, sem ser o habitual confronto
entre organizadas. O Rio é terreno fértil para barbárie hoje.
Dentro de campo, começa a ficar mais clara a impressão de
que o campeonato tem um favorito. Apesar do Flamengo ter uma equipe um pouco
melhor que a do Fluminense, o time dirigido por Abel parece estar se acertando
mais rápido, aproveitando resquícios do conjunto do ano passado, com a
juventude e a disposição que são a tônica do futebol jogado pela equipe
tricolor. Embora ainda muito cedo, vejo sim o Fluminense favorito ao título
estadual 2017.
Uma boa semana a todos!
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