domingo, 10 de dezembro de 2017

AO FINAL DE 2017 GRÊMIO E FLAMENGO REPRESENTAM O BRASIL


Fechando o ano, teremos duas atrações de clubes de massa, um deles com a maior torcida do Brasil e do mundo, o Flamengo, e o Grêmio, a maior do Rio Grande do Sul e certamente uma das 10 maiores do país. O Grêmio parece ter a tarefa mais difícil, um mundial de clubes nos Emirados Árabes. Começa enfrentando um daqueles times chatinhos, que você tem de ter paciência e nunca sabe exatamente como ele joga e o que esperar dele, e depois o todo poderoso Real Madrid. As chances do clube gaúcho são grandes. Uma equipe que joga um futebol diferente da escola gaúcha, à base de toque, movimentação, bolas no chão e alguma categoria por parte de Luan, Léo Moura, mesmo sendo reserva, e do meia Artur, que infelizmente é a grande perda do Grêmio para esse Mundial. Uma surpresa agradável numa posição onde os brucutus se destacam. Jogador de fácil visão de jogo, excelentes recursos técnicos, passe preciso e desenvoltura e rendimento que prometem muito. Não há um substituto dito ideal para este jogador. Eu usaria, talvez, Cícero, se fosse possível. Mas parece que uma burocracia idiota permite que ele dispute a mesma competição que leva ao Mundial mas não que ele jogue o Mundial. Vai entender!

Uma das minhas maiores preocupações também é o efeito dessa mini paradinha. Deus queira que tenha servido como descanso. Reposição física e energética para essa batalha. Porque às vezes influi negativamente no Grêmio. Como Brasileiro e fã do futebol do Grêmio e do trabalho de Renato Gaúcho na equipe, torço para que isso não aconteça. Torço para o bicampeonato do Grêmio de futebol porto-alegrense.

Sobre o Flamengo, joga em casa, bem à moda rubro negra. Com a massa e aquele “vento negro” como chamavam os antigos, que arrasta um ciclone pra cima do adversário e toma conta das quatro linhas. É como se baixasse um espírito que afetasse todos os jogadores e os presentes no estádio. Normalmente ninguém segura. O time às vezes mesmo mal numa partida, ressuscita devido a uma jogada ou um apito, uma nuvem que vem sei lá de onde. O perigo é que às vezes isso custa a acontecer ou não acontece. E a torcida impaciente, sedenta de ver o Flamengo como ela sempre intitulou: “o maior clube do mundo”, não conseguir o que ela espera dele. Aí todos os orixás, digamos assim, jogam contra. Isso aconteceu recentemente, vamos dizer assim, como Santo André, América do México e com o próprio San Lorenzo este ano. O gol segue uma incógnita. O menino César (26 anos é um menino no gol) foi irresponsavelmente alçado a herói por um jogo. Ninguém queria ouvir falar em Muralha. Apesar de Muralha ter dado motivos pra isso, tenho dúvidas se a decisão foi acertada. Tomara que o menino se saia bem, porque tenho certeza que a própria mídia que o chamou de herói e a torcida que assinou embaixo, pode transformá-lo em vilão. Posição de goleiro, meu amigo, é pra lá de misteriosa e tem que ter um conhecimento profundo sobre ela. Inclusive porque o responsável pelos gols que o Flamengo vem tomando, passando por Diego, Muralha e Cesar, é culpa de uma defesa que é uma verdadeira peneira. Capaz de finalizações precisas de cabeça como Réver e Juan no ataque, e brechas vez por outra na marcação. Isso vem de um defeito desde a época de Zé Ricardo e que piorou com Rueda. O Berrío voltava pra fechar e ajudar na marcação. E o Márcio Araújo, mesmo limitadíssimo, tentava cobrir as subidas do impetuoso Willian Arão.

Portanto, Willian Arão, Everton, Diego, Vizeu e um pouco o Paquetá saem muito mas não ajudam na volta como deveriam, expondo demais a zaga. E esse foi o motivo da derrota do primeiro jogo. Porque não vi nada de mais no Independiente, a não ser velocidade e disposição. É um time que tem uma defesa fraca, principalmente em jogadas pelo alto. Não tem um jogador sequer de bom nível na armação. São mais ou menos todos iguaizinhos na qualidade e limitação. Em todo caso, é futebol argentino. O máximo de cautela é sempre pouco. O “já ganhou” inevitável de conter a essa altura, pode prejudicar o Fla. Em todo caso, para mim, o Flamengo é o favorito sim, sem nenhuma demagogia.

Por fim, creio que a mídia e a direção desmoralizada do futebol brasileiro, dependentes do que ocorre no país, têm uma chance de ouro de fechar o ano com matérias de alto índice de audiência e credibilidade, sem nenhum poder contrário de contestação no futebol brasileiro. Pois já com o Corinthians campeão brasileiro, o Flamengo se tornando campeão da Sul-americana e o Grêmio do Mundial, quase metade da população brasileira teria um Papai Noel generoso amansando os mais descontentes e raivosos, lembrando aquele refrão e revivendo mais ou menos aquela época do “Pra Frente Brasil”.

  



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