Dois dos maiores clubes, pelo menos no nome, do futebol
brasileiro protagonizaram, nas últimas semanas, situações bizarras. Chega a
parecer que há gente dentro dos dois clubes empenhada em destruí-los. No mundo
doido que estamos vivendo, eu não duvido, embora ache insano.
Sem considerar a vitória sobre o Ceará e o jogo de hoje onde 60 mil torcedores empurraram e contagiaram o Flamengo pela vitória diante do Inter, o clube vem de uma irregularidade há algum tempo, causada em boa parte por erros e precipitações de seus dirigentes. Superado o
erro da contratação de Rueda e dos prejuízos financeiros, o Flamengo começou o
ano dando a Paulo Cesar Carpegiani o posto de treinador, aparentemente com
bastante confiança e poderes. Não esperaram sequer a equipe encaixar seu jogo,
lesionados se recuperarem e a equipe entrar em forma e achar seu melhor jogo.
Bastaram duas escorregadas e detonaram Carpegiani. Naturalmente, como resultado
disto, o Flamengo caiu ainda mais. Agora mantém, provisoriamente, à espera de
não sei quem, um menino, Maurício Barbieri, no cargo. Evidente que é muito
difícil dar certo.
Mais complicado ainda quando sua torcida resolve
participar das possíveis soluções com a truculência habitual dos momentos
críticos que a Gávea já viveu. Até hoje não vi darem resultados invasões de
grupos de torcedores brutamontes e agressivos tomando satisfação com jogadores
que tenho visto doarem-se normalmente. E o sistema dos cartolas é tão furado
que parece não dar proteção as jogadores pra ver se surte algum efeito a
pressão agressiva sobre eles. Nitidamente a equipe se distancia do máximo que
pode dar no momento.
Sobre o Vasco, desde a tumultuada eleição de Campelo já
havia cheiro de fracasso no ar. Um Vasco dividido e com denúncias bastante
negativas. O time já entrou na Libertadores Deus sabe como. Quase uma zebra
levaria o Vasco à fase seguinte. O Cruzeiro fez o que bem entendeu no segundo
jogo contra a equipe cruzmaltina, assim como o Racing, goleando no primeiro
jogo. Com elenco restrito, super dependente de Martin Silva, o que o torcedor do
Vasco esperaria? Já vi em campo muito esforço para sanar seus defeitos. Ocorre
que a equipe é limitadíssima e exigiam dela o que ela não podia dar.
Resultado: assim como no Flamengo, a volta ao passado
violento, devido a divisão eleitoral que mencionei acima, eclodiu nas arquibancadas,
destruindo de vez a imagem e o pouco de positivo que o Vasco poderia
apresentar, ainda por cima se complicando disciplinarmente, com batalhas entre
os próprios torcedores, seguranças armados do eterno capo de São Januário
ameaçando-os e outras situações deprimentes.
Num momento tão difícil do futebol, às portas de uma Copa
do Mundo, onde os cubes sofrem financeiramente mais ainda, onde pretendem
chegar? Que futuro estão preparando e planejando na Gávea e em São Januário?
Boa semana!
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