domingo, 6 de maio de 2018

A TURBULÊNCIA DE FLAMENGO E VASCO


Dois dos maiores clubes, pelo menos no nome, do futebol brasileiro protagonizaram, nas últimas semanas, situações bizarras. Chega a parecer que há gente dentro dos dois clubes empenhada em destruí-los. No mundo doido que estamos vivendo, eu não duvido, embora ache insano.  

Sem considerar a vitória sobre o Ceará e o jogo de hoje onde 60 mil torcedores empurraram e contagiaram o Flamengo pela vitória diante do Inter, o clube vem de uma irregularidade há algum tempo, causada em boa parte por erros e precipitações de seus dirigentes. Superado o erro da contratação de Rueda e dos prejuízos financeiros, o Flamengo começou o ano dando a Paulo Cesar Carpegiani o posto de treinador, aparentemente com bastante confiança e poderes. Não esperaram sequer a equipe encaixar seu jogo, lesionados se recuperarem e a equipe entrar em forma e achar seu melhor jogo. Bastaram duas escorregadas e detonaram Carpegiani. Naturalmente, como resultado disto, o Flamengo caiu ainda mais. Agora mantém, provisoriamente, à espera de não sei quem, um menino, Maurício Barbieri, no cargo. Evidente que é muito difícil dar certo.

Mais complicado ainda quando sua torcida resolve participar das possíveis soluções com a truculência habitual dos momentos críticos que a Gávea já viveu. Até hoje não vi darem resultados invasões de grupos de torcedores brutamontes e agressivos tomando satisfação com jogadores que tenho visto doarem-se normalmente. E o sistema dos cartolas é tão furado que parece não dar proteção as jogadores pra ver se surte algum efeito a pressão agressiva sobre eles. Nitidamente a equipe se distancia do máximo que pode dar no momento.

Sobre o Vasco, desde a tumultuada eleição de Campelo já havia cheiro de fracasso no ar. Um Vasco dividido e com denúncias bastante negativas. O time já entrou na Libertadores Deus sabe como. Quase uma zebra levaria o Vasco à fase seguinte. O Cruzeiro fez o que bem entendeu no segundo jogo contra a equipe cruzmaltina, assim como o Racing, goleando no primeiro jogo. Com elenco restrito, super dependente de Martin Silva, o que o torcedor do Vasco esperaria? Já vi em campo muito esforço para sanar seus defeitos. Ocorre que a equipe é limitadíssima e exigiam dela o que ela não podia dar.

Resultado: assim como no Flamengo, a volta ao passado violento, devido a divisão eleitoral que mencionei acima, eclodiu nas arquibancadas, destruindo de vez a imagem e o pouco de positivo que o Vasco poderia apresentar, ainda por cima se complicando disciplinarmente, com batalhas entre os próprios torcedores, seguranças armados do eterno capo de São Januário ameaçando-os e outras situações deprimentes.

Num momento tão difícil do futebol, às portas de uma Copa do Mundo, onde os cubes sofrem financeiramente mais ainda, onde pretendem chegar? Que futuro estão preparando e planejando na Gávea e em São Januário?

Boa semana!

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