Meus amigos e minhas amigas,
Não existe prazer algum em relatar nesta coluna o que aconteceu hoje no Maracanã, no jogo entre Vasco e Fluminense, pela final da Taça Guanabara. Penso que a incompetência, a falta de bom senso e a mediocridade no futebol brasileiro chegaram ao seu ápice hoje.
Não existe prazer algum em relatar nesta coluna o que aconteceu hoje no Maracanã, no jogo entre Vasco e Fluminense, pela final da Taça Guanabara. Penso que a incompetência, a falta de bom senso e a mediocridade no futebol brasileiro chegaram ao seu ápice hoje.
Tenho certeza que detalhes mais extensos da confusão
envolvendo às autoridades, tanto esportivas, como judiciais, que redundaram em
cenas absolutamente impensáveis antes de um jogo de futebol não merecem maiores
comentários. Pouco interessam nomes à esta altura. Creio que até a mídia
especializada não teve acesso a tudo que aconteceu antes e até durante esse
jogo.
O nosso futebol não precisa mais de quem o derrube. Ele
já se apresenta por baixo. Sem moral e sem a tradição que o levou as cinco
estrelas mundiais. Lamento pelo que o Brasil e parte do mundo, com certeza,
viram esta tarde, no Maracanã.
Também não posso deixar de lembrar que o país atravessa
um momento onde não existem leis sendo cumpridas à base de sua Constituição.
Envolto em um Golpe de Estado, muitas coisas que acontecem e têm acontecido, no
futebol e em outros setores da sociedade, são devidas a essa vergonha em que os
personagens desse Golpe transformaram o Brasil.
Prometeram um Brasil diferente. Um outro Brasil. Parece
que realmente conseguiram. Em toda minha vida nunca vi um país, na prática, sem
governo, sem regras, sem amor, sem respeito ao seu povo e tão violento e
agressivo. Esse não é o Brasil. Jamais foi e nem sei se conseguirá se recuperar
dos valores que está perdendo e das agressões que está sofrendo covardemente de
quem atualmente tenta comandar e ditar normas neste país.
A outra atitude inédita além da inicial que provocou a
guerra e a confusão nas ruas que cercam o estádio, ainda insolitamente, aos 34
minutos do primeiro tempo, liberam a entrada dos torcedores. Até dentro de
campo, a essa altura num transcorrer de um 0 a 0, notava-se se a surpresa dos
jogadores, até do banco de reservas. Perguntando e olhando entre eles mesmos: “O
que é isso? O que aconteceu?”. Eu também pareço ter acordado de um pesadelo.
Não sei que Brasil é esse e porque isso aconteceu.
Sobre o jogo em si, o pouco que posso dizer é um Fluminense
empolgado, mas bem focado e jogando com entusiasmo e melhor desenvoltura do que
antes. Mas que tem um esquema tático já condecorado como ousado e primor do seu
treinador Fernando Diniz. Ocorre que, para mim, o treinador está errado. Nunca
que jogar para trás é a melhor ideia. A menos que ele ache que o Fluminense tem
alguma semelhança com o Barcelona, Real Madrid...
O treinador já possui um zagueiro fraco e sem velocidade
que não se justifica ter sido contratado para o lugar de Gum, Matheus Ferraz,
que joga torto, num costado direito do campo. Não vejo sentido algum ou
rendimento algum neste tipo de estratégia. Além do mais, os dois jogadores de
meio que têm (pode ser que com a entrada Ganso consiga prender essa bola na
armação), são jogadores mais de desarme e luta. Apesar de Bruno Silva ser, sim,
um bom jogador, ele não é ofensivo.
Está tudo começando ainda. O próprio Vasco não tem uma
cara. Conta com dois ou três jogadores, como Danilo Barcelos (mesmo tendo feito
o gol do título), Lucas Mineiro e Leandro Castán, que não poderiam ser
titulares de um time tradicional como o Vasco. Além de uma clara dependência de
Pikachu para as jogadas mais agudas ofensivas e às definições do centroavante
argentino Maxi López, que ainda não se encontra em uma forma física e técnica
ao menos razoáveis.
Entretanto, a intensidade do Fluminense fez uma vítima,
lesionando seu melhor jogador até então, Bruno Silva. Apesar da entrada de
Caio, jogador que me deu ótima impressão, o Fluminense voltou a recuar e fazer
aquele joguinho da zaga para o goleiro. Ora, o goleiro tricolor é fraco com os
pés, não é nenhum Neuer, e Digão e Matheus Ferraz não são Hummels e Boateng.
Com a entrada de Ribamar, a velocidade pressionou o erro da defesa tricolor.
Numa dessas, o time falhou na saída de bola ocasionando uma falta, que o
limitado, mas forte lateral vascaíno Danilo Barcelos cobrou e, para mim houve
um desvio sutil de Marrony, quase imperceptível, que deu o título ao Vasco,
explorando o já exausto Fluminense.
E ficamos por aqui. Uma boa semana a todos!
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