É possível. O deuses do futebol, como diz a massa, têm suas
previsões e suas razões. Não faço ideia por que razão seria, no caso deste papo
espiritual, digamos. Que torcedor com mais de 20 ou 30 anos no RJ não ouviu
alguém dizer, ou ele mesmo marcou:
“ - Nos encontramos na estátua do Bellini.” É e ainda será o
símbolo máximo da primeira conquista mundial do futebol brasileiro. Como dizia
a música: o homem de “aquele gesto de erguer a taça ao mundo”, nos deixou esta
semana em São Paulo.
Pelas últimas entrevistas não parecia desgostoso, apenas
saudoso e mantinha aquele jeito clássico de jogador galã de cinema, com a
firmeza e a tranqüilidade que o caracterizou nos gramados. O grande craque
zagueiro do Vasco, do São Paulo, da Seleção Brasileira deixou de vez uma lacuna
no futebol. Curiosamente a mesma lacuna que existe hoje e há muitos anos na
posição. Embora Thiago Silva seja para mim um excelente zagueiro, o provável
titular central brasileiro ainda não chegou a alcançar a consagração de um
Bellini. Mais técnico e desenvolto que Bellini com a bola nos pés, sim. Os
zagueiros naquela ocasião, não saíam muito pro jogo. Portanto, qualquer tipo de
comparação não é bem o que quero fazer, pois a firmeza defensiva de Bellini era
notável.
Portanto, como vemos já tivemos aí Luiz Pereira, Marinho
Peres, Altair, Juan, o próprio Rondineli (por que não?), Ricardo Gomes, o
próprio Thiago Silva e outros tantos zagueiros de categoria, mas que não
entraram para o rol dos mitos. Até porque defensor ou goleiro, no Brasil
promovido a super-estrela é coisa muito rara devido a característica do nosso
futebol. Eu mesmo cresci ouvindo falar em Domingos da Guia, mas na posição,
creio que as maiores glórias ficaram para Gamarra, Passarela, Beckenbauer, Baresi,
Bob Moore, entre outros. Tomara que nosso grande capitão tenha escolhido ver a
Copa lá de cima, escolhido um ângulo melhor, talvez pra apreciar melhor uma conquista
nossa.
Oxalá, seja por aí!
Finais regionais, Libertadores e Copa do Brasil
Numa passadinha rápida por estes Campeonatos, só pra meter o
pau mesmo. Os de Rio, São Paulo e Minas, no caso dos Estaduais vão fechando
cada vez mais fracos e depreciados. O Estadual do Rio já é motivo de piada há
muito tempo. Parece que Eduardo Vianna (Caixa d’água) fez história e Rubens
Lopes quer seguir seus passos. Mesmo com a baixa qualidade técnica, não vejo
razões pra tantas bobagens e erros. Talvez agora nas semifinais haja um
restinho de emoção. A conferir.
A Taça do Brasil que, na minha opinião, já é absurda, pois
foi criada com conotações políticas e continua sendo, pra piorar, começou em
data errada. Três Campeonatos simultâneos? E de baixo nível, é lógico? Ninguém
aguenta, né? Quem sabe esta é uma das razões que enfraquece a qualidade de
nosso futebol e nos coloca numa Libertadores em pé de igualdade com Bolívar,
León e Independiente Del Valle, fora outras “potências” do futebol sulamericano.
E a Copa vem aí... olhai por nós Capitão Bellini!
Abraços
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