domingo, 9 de março de 2014

FUTEBOL BRASILEIRO: ANSIEDADE E DEPRESSÃO




















Prezados, a partir de amanhã, com o fim das festas de fim de ano, Carnaval, etc, vamos respirar mais Copa do Mundo, sentir seu clima e cada vez mais sua proximidade. Vamos entrar num sentimento, digamos, de ansiedade. Uma ansiedade que só vai terminar no apito final, em Julho de 2014. Há outro sentimento também, de depressão no futebol brasileiro, em relação aos seus Campeonatos Estaduais e Nacionais.

Começando pela seleção brasileira, já manifestei aqui há alguns dias minha preocupação com os poucos amistosos, na verdade o da África do Sul foi o último oficial, que garanto não acrescentou absolutamente nada, pois o time da África do Sul, além de não estar na Copa, é muito fraco e não serviu de teste algum. Os outros são jogos treino que vão pelo mesmo caminho. Muito preocupante para uma seleção que não disputou uma eliminatória.

Enquanto isso a Argentina enfrentava a Romênia, a França a Holanda, a Alemanha o Chile e a Espanha a Itália. Assisti à Espanha 1 X 0 Itália e, apesar das duas seleções não mostrarem ainda suas verdadeiras intenções, deu pra ter uma ideia de detalhes importantes. Por parte da Itália, aquela seleção maliciosa, muito dependente de Pirlo e Balotelli, que não jogou, e ainda honrando suas tradições de excelente marcação e alta competitividade. Mas não me parece favorita ao título.

Do outro, percebia-se o técnico Del Bosque tentando jogadores no estilo de Messi, para que da forma que faz o Barcelona, a seleção espanhola tenha uma jogada vertical que comece e termine. O time toca a bola com extrema facilidade e conjunto, às vezes sem levantar um palmo do chão. E a seleção ainda tem bom entrosamento e é sim uma das favoritas ao título. Joga em um estilo muito parecido com o futsal de hoje.

E nós? Ainda uma incógnita. Felipão tenta passar uma imagem absoluta de confiança e tranquilidade, que eu tenho minhas dúvidas que ele sinta por dentro. Ele sabe que nosso ataque não está definido. Sabe que tanto o meio, quanto a zaga, precisavam de testes mais agudos sob pressão pra tirar daí o comportamento real de alguns jogadores em que se deposita total confiança. Como o futebol brasileiro tem o segredo da bola nas veias, quem sabe as coisas dão certo, não é? Tomara Deus.


FLAMENGO CAMPEÃO DA TAÇA GUANABARA

Essa foto acima, meus amigos, é de 1972, de um título da Taça Guanabara ganho pela equipe rubro negra. Nela você vê a importância do Campeonato, tanto por parte da equipe, como do público presente. Uma fórmula que defina uma decisão de Taça Guanabara com pouco mais de 9 mil pagantes é prova inconteste da falência. A essa hora da noite, há anos atrás, boa parte da cidade estava em festa. O jogo acabou há mais de 3 horas e não ouço um grito sequer de “Mengo”.

O que me entristece e intriga é a imagem e o ponto de vista que os cartolas têm destes Campeonatos Regionais e que já atingiram o torcedor, é óbvio. É notório que numa decisão de Taça Guanabara hoje há sempre um conflito violento aqui e acolá. Muitos que a Secretaria de Segurança do Estado, de qualquer Estado, poderiam evitar com um bom planejamento. A diferença que existe daquela época para a atual, você começa a ver pela foto, na qualidade dos jogadores. Não dá nem pra pensar em comparação. Mesmo assim, o Flamengo de hoje, muito bem dirigido por Jayme, é um bom time. E mesmo tendo uma competição paralela dificílima como a Libertadores, se dá ao luxo de jantar mais uma.

O que mantém os Campeonatos Regionais é a rivalidade. Ocorre que o calendário atual, a violência, o preço dos ingressos e a qualidade dos jogadores, como disse, afastam o torcedor dos estádios. Duvido que o Flamengo, com um time de ponta em campo, e o Botafogo, o Fluminense ou o Vasco também com astros e em condição de igualdade, atraíssem 9 mil pessoas. Duvido. Apesar de tudo, discordo dos que dizem que acabaram os Estaduais e a rivalidade. Só não acredito no sucesso do negócio. Porque ninguém vai me convencer que um estádio cheio não rende dividendos maiores que os que devem estar contabilizando agora.


Vamos acompanhar até quando o futebol aguenta tantas agressões e maus tratos.


Uma boa semana, de trabalho, heim!



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