Prezados, a partir de amanhã,
com o fim das festas de fim de ano, Carnaval, etc, vamos respirar mais Copa do
Mundo, sentir seu clima e cada vez mais sua proximidade. Vamos entrar num sentimento,
digamos, de ansiedade. Uma ansiedade que só vai terminar no apito final, em
Julho de 2014. Há outro sentimento também, de depressão no futebol brasileiro,
em relação aos seus Campeonatos Estaduais e Nacionais.
Começando pela seleção
brasileira, já manifestei aqui há alguns dias minha preocupação com os poucos
amistosos, na verdade o da África do Sul foi o último oficial, que garanto não
acrescentou absolutamente nada, pois o time da África do Sul, além de não estar
na Copa, é muito fraco e não serviu de teste algum. Os outros são jogos treino
que vão pelo mesmo caminho. Muito preocupante para uma seleção que não disputou
uma eliminatória.
Enquanto isso a Argentina
enfrentava a Romênia, a França a Holanda, a Alemanha o Chile e a Espanha a
Itália. Assisti à Espanha 1 X 0 Itália e, apesar das duas seleções não mostrarem
ainda suas verdadeiras intenções, deu pra ter uma ideia de detalhes
importantes. Por parte da Itália, aquela seleção maliciosa, muito dependente de
Pirlo e Balotelli, que não jogou, e ainda honrando suas tradições de excelente
marcação e alta competitividade. Mas não me parece favorita ao título.
Do outro, percebia-se o
técnico Del Bosque tentando jogadores no estilo de Messi, para que da forma que
faz o Barcelona, a seleção espanhola tenha uma jogada vertical que comece e
termine. O time toca a bola com extrema facilidade e conjunto, às vezes sem
levantar um palmo do chão. E a seleção ainda tem bom entrosamento e é sim uma
das favoritas ao título. Joga em um estilo muito parecido com o futsal de hoje.
E nós? Ainda uma incógnita. Felipão
tenta passar uma imagem absoluta de confiança e tranquilidade, que eu tenho
minhas dúvidas que ele sinta por dentro. Ele sabe que nosso ataque não está
definido. Sabe que tanto o meio, quanto a zaga, precisavam de testes mais
agudos sob pressão pra tirar daí o comportamento real de alguns jogadores em
que se deposita total confiança. Como o futebol brasileiro tem o segredo da
bola nas veias, quem sabe as coisas dão certo, não é? Tomara Deus.
FLAMENGO CAMPEÃO DA TAÇA
GUANABARA
Essa foto acima, meus amigos,
é de 1972, de um título da Taça Guanabara ganho pela equipe rubro negra. Nela
você vê a importância do Campeonato, tanto por parte da equipe, como do público
presente. Uma fórmula que defina uma decisão de Taça Guanabara com pouco mais
de 9 mil pagantes é prova inconteste da falência. A essa hora da noite, há anos
atrás, boa parte da cidade estava em festa. O jogo acabou há mais de 3 horas e
não ouço um grito sequer de “Mengo”.
O que me entristece e intriga
é a imagem e o ponto de vista que os cartolas têm destes Campeonatos Regionais
e que já atingiram o torcedor, é óbvio. É notório que numa decisão de Taça
Guanabara hoje há sempre um conflito violento aqui e acolá. Muitos que a
Secretaria de Segurança do Estado, de qualquer Estado, poderiam evitar com um
bom planejamento. A diferença que existe daquela época para a atual, você
começa a ver pela foto, na qualidade dos jogadores. Não dá nem pra pensar em
comparação. Mesmo assim, o Flamengo de hoje, muito bem dirigido por Jayme, é um
bom time. E mesmo tendo uma competição paralela dificílima como a Libertadores,
se dá ao luxo de jantar mais uma.
O que mantém os Campeonatos
Regionais é a rivalidade. Ocorre que o calendário atual, a violência, o preço
dos ingressos e a qualidade dos jogadores, como disse, afastam o torcedor dos
estádios. Duvido que o Flamengo, com um time de ponta em campo, e o Botafogo, o
Fluminense ou o Vasco também com astros e em condição de igualdade, atraíssem 9
mil pessoas. Duvido. Apesar de tudo, discordo dos que dizem que acabaram os
Estaduais e a rivalidade. Só não acredito no sucesso do negócio. Porque ninguém
vai me convencer que um estádio cheio não rende dividendos maiores que os que
devem estar contabilizando agora.
Vamos acompanhar até quando o
futebol aguenta tantas agressões e maus tratos.
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