domingo, 30 de março de 2014

ESTADUAIS: FALSOS OU VERDADEIROS












Vamos começar pelo pseudo, o estadual do Rio de Janeiro. Aquele que arrastava multidões, gerava mil emoções e hoje coloca em dois jogos de semi-finais 32 mil pessoas no total, público que somente uma das torcidas colocava em 1 jogo. Hoje temos um estadual vergonhoso. Nitidamente boicotado pela maioria dos clubes e visivelmente teleguiado pela Federação que o dirige.

Antes das críticas mais pesadas, quero deixar bem claro que o Vasco está de fora delas e merece os parabéns. Se vai ganhar ou não do Flamengo, é outra coisa. Mas até o momento, jogou dentro dos seus limites, levando a sério o campeonato. Por amor à camisa ou necessidade financeira, não importa. O time chegou à final por seus méritos. Falta muita coisa para ser o Vasco que a torcida se acostumou a ver, evidente que sim. Mas ao menos já arrumaram um goleiro até aqui firme, um zagueiro experiente e razoável, como o Rodrigo, um meia de ligação de categoria, como o Douglas, e o centroavante Edmilson, que junto aos demais deu mais força ao Vasco, que, com esse time atual em 2013, não faria a série B em 2014.

Quanto a seu adversário, a derrota começou fora de campo. Vindo da mesma situação que o concorrente de hoje e ainda passando por tribunais, começou um estadual, eu disse aqui na primeira crônica sobre, como terminou o Brasileiro. Desencontrado e sem força. Lá pela 5 ª ou 6ª rodada, com a volta dos contundidos, como Carlinhos e Jean, além do entusiasmo de Conca, que começava a jogar e desequilibrar, mais a contratação de Walter, o time deu uma melhorada, não só porque venceu times pequenos ou o Flamengo num dia de pouca imaginação, mas já aconteciam jogadas nitidamente bem executadas e o time chegava a 7 vitórias consecutivas, com o Fred fora.

Pois é. Bastou o ídolo voltar e o Botafogo, que já vou adiantando é um dos que boicotou o estadual não dando a mínima para o torneio, vide a posição em que deu adeus, jogar um jogo com vontade e marcação firme, que veio a primeira derrota. A partir dali, altos e baixos. Tanto fora de campo, quanto dentro. Boatos e mais boatos sobre problemas internos. Não foi só por causa do sistema e do esquema não, gente. O mais distraído e inexperiente torcedor, ao olhar o semblante dos jogadores nessa semi-final, por exemplo, e o do próprio Renato, vai perceber que não havia mínima vontade de jogar bola. A mínima vontade de se esforçar, como o Vasco o fez.

Desta forma, o intento foi atingido. Fico com muita pena de Walter, mal escalado ao lado de Fred, estar vestindo a camisa tricolor neste momento. Foi o que saiu mais cedo e o que mais mereceu o respeito do torcedor. Pois, sem entrar em detalhes, afirmo, sem medo de errar, que a esperança de Felipão, o artilheiro Fred, jogador técnico e inteligente, não se comportou como um atleta profissional, contaminou os demais jogadores e, para mim, não é digno de vestir a camisa do Fluminense pelo teatro que fez em campo. Isto, se ainda vier a vesti-la após a Copa do Mundo. Quanto ao Flamengo, está sabendo equilibrar as coisas sem perder a competitividade. Entretanto, mesmo que quisesse, sua torcida não iria admitir. E muito menos o sério e competente treinador que dirige o time da Gávea. 

Sobre o campeonato sério, pouco a falar. Justo porque foi levado a sério. Refiro-me ao campeonato paulista. E os de Minas e do Sul também, apesar do menor apelo. Os VT’s dos lances de Santos e Penapolense estão aí para vocês verem como a partida foi disputada e levada a sério entre os dois times. E foi pra final o que teve mais qualidade. Já em relação a Palmeiras e Ituano, apesar da melhora do Palmeiras em termos de conjunto, união e regularidade, ainda lhe falta um elenco melhor. O Ituano foi a surpresa da vez. Um time aplicado e com uma tática muito bem elaborada nesta semi-final. Que o Santos não se considere campeão.





Boa semana a todos!

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