Fazer o quê? Não tenho vocação pra masoquismo. Falar de coisas boas e alegres faz muito bem a todos nós. Mas o meu trabalho é esse. Não posso fechar os olhos ou ser conivente com o que tenho visto. Creio que nem em Minas Gerais, o estado mais vitorioso desse Brasileiro, existe agora alguma festa de maior expressão.
Aqui na minha cidade, o Rio de Janeiro então, se fizerem
uma pesquisa muita gente nem sabe que o campeonato terminou hoje. Deprimente.
Como tenho um espírito renovador e sempre esperançoso, a ideia mais significativa
que me ocorre é uma solução bem radical que passa por uma extinção do modelo ou
uma reformulação geral da atual CBF.
Não se iluda. Clube que está amarrado nela, com vínculos
a ela e se valendo de suas benesses não vai a lugar algum. Pode ter benefícios
hoje, mas seu futuro é vulnerável. Principalmente na credibilidade e na moral
deste clube. Desnecessário comentar sobre o tipo de cartola e o sistema de
comando lá existente. Vocês viram em julho desmoronarem e ridicularizarem o
nosso futebol, na Copa do Mundo no Brasil após 64 anos de espera, com um
trabalho absolutamente inexistente. Torço para que o atual governo federal
encontre fórmulas rápidas de atrair os clubes para si e quem sabe, digamos,
subsidiar um campeonato que não seja como o atual, voltado para interesses
escusos, onde o torcedor é apenas um produto.
No mais, com o sorriso meio amarelo, parabenizo o
Cruzeiro pelo excelente trabalho e pelo título. São Paulo, Inter e Corinthians
pela chegada a Libertadores, que, diga-se de passagem, também virou um ninho de
cobra há bastante tempo, além de super inchada. E a Botafogo, Vitória, Bahia e
Criciúma, minha solidariedade a seus torcedores. Aos clubes e seus comandos e
comandados, aquela máxima do futebol que eles mesmos gostam de usar em cima dos
torcedores: faz parte.
Boas festas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário