domingo, 3 de maio de 2015

CAMPEÕES ESTADUAIS 2015: HOUVE EMOÇÃO SIM























Quisera eu dizer que essas emoções se comparam as de tempos atrás. Mas a qualidade era muito maior. Não existe menor comparação. Em compensação, para aqueles que achavam e acham que o Estadual deve acabar, melhor reverem seus conceitos.

Nos 4 cantos do Brasil, houve mais estádios lotados e mais emoção que nas últimas finais de Brasileiros. Rio, São Paulo, Sul, Minas, Bahia, Ceará etc. Não vi estádio vazio, nem clima de velório. Vi festa. Vi o Santos de Pelé provar que a técnica é indispensável em qualquer época.

O toque de Robinho, ajeitando no primeiro gol, é uma coisa divina. Aliás, vinha deitando e rolando desde o início do Paulistão. E foi decisivo para o time da Vila Belmiro, que ainda contava com jogadores de categoria como Ricardo Oliveira, Elano, Renato, e os novos talentos, que o Santos tem tanta intimidade em revelar e o faz como ninguém no futebol brasileiro.

Foi suado, foi nos pênaltis, mas valeu. E não desmereceu a campanha e a atuação do Palmeiras, que continua no seu processo de reconstrução e é questão de tempo romper vencer a abstinência e voltar a colocar as mãos na taça novamente.

No Sul, também com casa cheia, o Inter, com muita velocidade e disposição, foi mais decisivo e soube aproveitar os erros constantes do meio e da zaga gremista. Em Minas, não foi por acaso que a Caldense chegou às finais. O time de Poços de Caldas tem estrutura, sim, embora simples, e bons jogadores. Esteve por momentos com a taça na mão, mas a tradicional camisa do Galo pesou mais. E comandado pelo excelente Luan, o Atlético ficou com a taça.

No Rio, palco das maiores polêmicas envolvendo o Estadual, Vasco e Botafogo chegaram à final sem ter jogadores brilhantes. No entanto, o título ficou em boas mãos pela melhor qualidade técnica do time de São Januário. Ao menos 5 no elenco são bons jogadores. Bernardo, Marcinho, Rodrigo, Dagoberto e o goleiro Martín Silva. Se não levam ao Vasco um time que almeje maiores conquistas, ao menos, no caso do Estadual, justifica plenamente seu título.

O Botafogo, lutando para se manter e superar suas deficiências, em campo e extra campo, chegou ao limite. Erros como os que cometeram Renê Simões, apesar do incentivo importante, pesaram. A demora em substituir dando mais velocidade e objetividade ao time e a permissão que Thiago Carleto fosse o maestro da equipe, não tem explicação. Chegar ao ponto de levantar bolas ofensivas do campo defensivo é ridículo e humilhante. E ainda contar com um central como Renan Fonseca, é duro.

Fora o outro erro que cometeram de avaliação ao demitirem um preparador físico a duas semanas das finais. Independente o bom ou mau trabalho conduzido, que gênio da preparação física daria algum ganho significativo em 10 dias de trabalho a um time exaurido e jogando sempre no limite de suas forças? Um hotel de lazer talvez fosse mais negócio para o clube de General Severiano.

Agora, julguem vocês. Quando chegarem às finais de dezembro do Brasileiro deste ano, que começará semana que vem, gigantesco e cansativo, como sempre, prestem atenção se vai terminar com estádios cheios nos centros mais importantes do país e o campeão sendo conhecido nos últimos instantes do campeonato, como aconteceu hoje.

Abração!

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