Um amistoso apenas, preparatório para a Copa América. Um elenco renovado, com muita estrada pela frente e muita coisa a fazer. Levando tudo isso em conta, eu gostei do desempenho da seleção brasileira contra o México.
Algumas coisas me agradaram, como a maior desenvoltura do
Willian, jogando mais à vontade, produzindo mais, e só não dando em
consequências mais positivas suas jogadas pela ausência de conjunto do time e
do parceiro ideal para contracenar com ele. Até porque Diego Tardelli, embora
seja um bom jogador, não faz nada demais quando veste a amarelinha.
O gol de Philippe Coutinho, pra mim o ponto máximo do jogo,
deixou evidente que a qualidade técnica desequilibra sempre. Um belo gol numa
jogada de quem sabe muito. O próprio gol de Tardelli também nasceu de uma
triangulação bem feita pelo lado esquerdo. Alguns setores como as laterais e o
próprio meio carecem de mais jogo e acredito que o tempo se encarregará de
fazer isto.
Muito boa também a iniciativa de Dunga de mais uma vez
convidar ex-jogadores famosos. Já o fizera com Jairzinho, que hoje, por sinal,
merece minha homenagem, pois há exatos 45 anos marcava o gol do Brasil, naquele
jogo memorável da Copa de 70 contra a Inglaterra, que considero o gol mais
lindo da história. Agora Clodoaldo foi o craque da vez, para auxiliar Dunga no
trabalho de transição e montagem da seleção. Isso mostra um certo
desprendimento, humildade e um amadurecimento do treinador brasileiro. Ter
nomes de peso contribuindo com o saber da vivência das etapas do futebol é
muito importante. Divide o peso da camisa. Mostra os atalhos do campo
despercebidos pelos atuais comandantes.
Não há como inventar nenhum nome no Brasil no momento.
Até porque várias posições são carentes. As laterais, o meio campo, ainda acho
um pouco o miolo central, e o homem gol, que pela primeira vez desde que
acompanho a seleção, não identifico. Quem faz esse papel é Neymar, mas nem
sempre poderá exercê-lo. E pelo que tenho visto, ainda deve custar a aparecer
um goleador a altura da seleção. De qualquer forma, acho que estamos com um
comando bem melhor do que o anterior.
Vamos agora à Copa América, com algumas seleções
renovadas. Esperamos um futebol de boa qualidade. Se Deus quiser isso irá
acontecer aos poucos.
Sobre os escândalos no nosso futebol, a cada dia que se
passa temos uma surpresa diferente. E ao contrário do que muitos pensam a
tendência não é o esmorecimento. É que o FBI tire ainda mais ratos do porão.
Porque, como tenho dito, é impossível o futebol seguir manchado como está.
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