domingo, 19 de julho de 2015

AVANÇA BRASIL
















Falando um pouco de Pan-americano e, por conseguinte, de Olimpíada, pelo visual do quadro já se vê um Brasil forte, já chegando a 100 medalhas, o que não é pouca coisa. Sem comparações. Os nossos concorrentes de ponta estão a anos luz praticando várias modalidades de esporte. Não faz muito tempo que uma quadra de vôlei era coberta, e muitas ainda são, por telhados de zinco. Estamos indo de vento em poupa. Com ou sem continência militar. Assunto que já abordei exaustivamente na minha página do Facebook.

O que me preocupa são as condições da prática de certos esportes na Olimpíada, propriamente dita. Não tem cabimento uma Baía de Guanabara com caixotes flutuando, detritos de toda natureza, esgoto a céu aberto. Isso não é atraso. Isso é ignorância e desprezo com seu próprio país. Não falavam tanto em educação? Educação pra mim é isso. E sem esse papo de não ter onde jogar o lixo. Tem sim. E mesmo que não tivesse, não se justificaria o que se vê diariamente no Rio. Calçadas, asfalto, violência e crimes num grau insuportável. Não adianta “oba, oba” de prefeito. Não há verba que resolva isso em 365 dias. Vamos ter que passar uma Olimpíada camuflando defeitos.

E sobre a minha área, no futebol masculino, enquanto não houver a limpeza prometida e necessária na CBF, não acredito em medalha de ouro. O mesmo vale para o futebol feminino, pois o trabalho feito por Vadão junto às meninas apresenta defeitos claros e primários. E nesse caso do futebol feminino, ainda temos a dificuldade de não termos campeonatos para, remexendo aqui e ali, renovar aonde for preciso.

Aproveitando o futebol e entrando na rodada deste final de semana do Brasileirão 2015, meu destaque para Flamengo 1 X 0 Grêmio e Fluminense 1 X 2 Vasco. A torcida do Flamengo está em lua de mel com Guerrero. De fato, houve uma melhora com sua presença e a de Emerson. Mas não é suficiente. O Flamengo tem muitos problemas, principalmente do meio pra trás. Não adianta enfiar 51 mil no Maracanã porque é, a meu ver, paliativa a reação rubro-negra. Ainda mais jogando com um elenco limitado. Já faço um desenho também do meu favorito ao título deste ano. É o Corinthians. É um time forte, com bons jogadores, tem meio de campo de qualidade e até se deu ao luxo de abrir mão dos que foram cedidos ao Flamengo.

Sobre o clássico de hoje no Maracanã, seu resultado veio se desenhando durante a semana. Vários ditados o justificam: pato novo não mergulha fundo; não quer brincar, não desça para o playground. Há vários no folclore. Mas a diretoria e o comando do Fluminense não deram a mínima para eles. Com arrogância e uma experiência que não têm e nunca tiveram em futebol, trataram o clássico como mais um jogo, contagiando o torcedor tricolor e criando um clima desfavorável e desnecessário, já que o desespero cabia ao lado de lá, sobre um Vasco moribundo na zona de rebaixamento. Os “geniais” comandantes tricolores esquecem que o seu rival lhe causa problemas até dentro do túmulo. Se você não cimentar direitinho a sepultura, sabe lá se algum inseto pode te causar uma surpresa desagradável e sombria? Isso se aprende com o tempo, trabalhando e vivendo o futebol. Com humildade e experiência.

Experiência que não faltou a Rodrigo, o melhor zagueiro do Brasil em atividade. E do outro lado Fred, o maior artilheiro do Brasil. Vantagem disparada para Rodrigo no clássico de hoje. E lá fora do campo, para Eurico Miranda, que gostem ou não, desde os anos 90 tem usado muito bem o fato de se intitular padrinho do Fluminense no retorno a série A, em 2000. Fato largamente explorado pela sua experiência, mal recebido e sem estratégia para neutralizá-lo por parte do comando tricolor na época, aliado a uma diferença brutal de qualidade de elenco entre Vasco e Fluminense até bem pouco tempo. Hoje, além do nivelamento, mesmo o Fluminense estando melhor, o Vasco sabe tirar proveito do complexo e da barreira psicológica bem-criada pelo amado e odiado Eurico Miranda.


P.S. Ainda na expectativa de uma renovação total na CBF e seus ramais com os clubes. Romário como presidente de CPI, não. Não mesmo. 

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