domingo, 14 de fevereiro de 2016

VASCO X FLAMENGO: DIFÍCIL É ASSISTIR

Foto: Globoesporte.com




















E não pensem que comentar é tão diferente. Podia inventar aqui um monte de bobagens para justificar o  resultado, a vitória do Vasco nos acréscimos, e a má atuação dos dois times. Só que não há como justificar o injustificável. Dizer que o Vasco teve um pouco mais de saúde e jogou em casa é muito pouco. Sem esquecer que vários fatores agravaram mais ainda o baixo nível do clássico.

Primeiro o local da partida. Mesmo considerando pouco interesse por um jogo que já foi grande, não estamos mais nos anos 40. São Januário não é palco para Vasco X Flamengo. E técnica, tática e fisicamente, nenhum dos dois times já está em condições de exibir o seu melhor.

O que vocês viram foi correria mesmo. Correria em um horário criminoso. A TV, já disse isso aqui, é uma das maiores responsáveis pela baixa qualidade do jogo que transmite, do perde e ganha em campo que você vê e, mesmo parecendo pouco provável, de um desgaste que possa trazer problemas físicos e orgânicos mais sérios.
Como gostam de chamar jogador de atleta hoje em dia, vamos na linguagem deles. Atleta é ser humano. E futebol é um jogo de equipe. Se você e seu companheiro de setor estiverem em boas condições e mais atrás ou mais à frente outro colega não, seu esforço vai por água abaixo.

O jogo às 17:00 é na verdade às 16:00. Sol de 16:00 no verão do Rio de Janeiro, só quem já jogou sabe que, por melhor que seja o condicionamento, é um sofrimento absurdo. Uma vergonha e um crime manter uma partida sob um sol desses.

O desgaste do início é tão forte que mesmo com a reidratação e a sombra do segundo tempo, a partir dos 15 minutos, digamos, os jogadores já sentem tanto o jogo, o esforço e o calor que nem conseguem jogar seu melhor futebol e sequer pensar com lucidez as jogadas. É pelada mesmo, gente. Pelada como muitas que você vê em campos de várzea. Só que com duas camisas tradicionais e com um ou outro jogador de maior qualidade.

O torcedor presente ao estádio não está muito preocupado com isso. Seu foco não está no gramado. É obsessão e a sequência da marginalidade e doença que tomou conta dos marginais que predominam nas torcidas do Brasil inteiro. O pau não comendo lá dentro com certeza vai comer lá fora. Provavelmente em algum lugar já pré-combinado, como virou rotina. Talvez com um morto, dois ou mais. Essas são as manchetes e informações a sua disposição num belo domingo de sol. Onde ainda predomina o mandato de Rubens Lopes na Federação local, seguido da CBF e da FIFA sem comandos.

2016 está apenas começando. Se você gosta de futebol mesmo, pode crer, assistir a uma boa partida no decorrer deste ano será bem raro. Quase como tirar a sorte grande.

Vamos ao trabalho que o ano começou no Brasil. 

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