quarta-feira, 16 de novembro de 2016

BRASIL COM UM PÉ NA RÚSSIA


Eliminatórias 2016

Sim, caro leitor, a seleção brasileira, mais rápido do que você imaginou, está a um passo da Copa da Rússia de 2018. Eu diria já classificada, devido ao rendimento de seus adversários e da distância na pontuação que a seleção conseguiu abrir.

Hoje, uma vitória de 2 X 0 sobre o Peru, em Lima. Com a licença dos ilustres comentaristas esportivos, o Brasil não fez uma excelente exibição, não. Fez uma partida razoável e aproveitou os erros e o amadorismo do time peruano. Haja vista que já no primeiro tempo o Peru esteve bem perto de abrir o marcador nos pés de Carrillo, com a bola batendo caprichosamente na trave. E em alguns momentos, como no pênalti cometido em Cueva, puxado pela camisa, que o juiz não marcou. Mas a diferença técnica e de armação dos times era muito grande. O Peru não aproveitou suas chances e a seleção, apesar de não criar muitas, foi fatal quando as teve. Uma nos pés de Gabriel Jesus e outra nos de Renato Augusto.

A pergunta que muito se faz é: devemos essa melhora a Tite? Em parte, sim. É um Brasil mais organizado, marcando melhor e veloz no ataque. São as três melhorias mais evidentes. E sem que eu me esqueça, a seriedade e competitividade. E isto que me deixa intrigado. Sendo ou não um bom treinador, por que time semelhante a esse não correu e lutou 20% com Dunga do que está correndo com Tite? E esse avanço todo em menos de 5 meses. O trabalho de Dunga se caracteriza por muita luta e marcação. E o Brasil de Dunga foi um Brasil displicente, com Neymar brincando e esnobando além da conta e a marcação e a luta bem aquém da possibilidade que o elenco de Dunga tinha.

Era um boicote a ele? Não acredito. Era um erro de esquema e posicionamento? Poderia facilitar, mas não justifica. Dunga chegou a dirigir a seleção em jogos na Copa de 2010 aonde o Brasil chegou a fazer boas atuações. E deixou a Copa por muito pouco, naquele jogo complicado contra a Holanda, nas quartas de final.
É bom lembrar que apesar da melhora tática, técnica e de comando da equipe brasileira, não se deixe levar pelo oba oba excessivo. A única seleção que poderia nos fazer frente, a Argentina, simplesmente caminhou em campo contra nós, nos 90 minutos. Uma Argentina desfigurada, estranha. As outras cinco, sem desmerecer o nosso time, foram equipes mal armadas e de muito baixa qualidade. 

Portanto, lembre-se que nem sempre o venenoso e veloz trio de chegada no ataque, Neymar, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus, vai enfrentar zagas como as que você viu nas seis vitórias consecutivas. Vem aí pelo caminho a Itália, a França, a Espanha etc. E com certeza o espaço que o Brasil encontrou com mais facilidade nessas vitórias, será muito raro. O próprio Uruguai e o Chile já podem nos complicar nos próximos jogos.

Vamos ficar assim: a seleção melhorou, mas ainda há muita cisa a ser corrigida. É cedo pra festejar e muito mais para pensar que achamos o time ideal e que o nosso futuro é o velho e conhecido caminho da bola.

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