Pois é, antes de dizer qualquer coisa sobre o Campeonato que ainda
considero o mais importante do Brasil, tem muita gente esquecendo que daqui até
a Copa da Rússia em 2018, é um pulo. Portanto, vou entremear os dois assuntos,
pois eles se completam e revelam o que há por vir. No caso da Seleção
Brasileira, já classificada para a Copa do Mundo, a pergunta seria se o time
encontrou a formação e o padrão ideal com Tite. Mas antes de responder, é bom
pensar no tempo. Por melhor que ela esteja hoje, e não está, não vi nenhuma
experiência além da América do Sul. A esta altura já era para ter feito no
mínimo 5 ou 6 amistosos contra várias escolas de futebol do mundo. Não há a
menor previsão do que possa vir a acontecer quando Neymar e cia. enfrentarem um
outro tipo de marcação e ritmo de jogo. Enfrentarem jogadores que fazem uma
marcação mais rigorosa e menos violenta. Seleções que têm um ataque que
pressiona a saída de jogo, ou seja, mil maneiras diferentes irão se apresentar
no caminho da Seleção Brasileira. O Brasileiro não trará muitas surpresas, pelo
menos esta é a expectativa, em matéria de revelações individuais que possam
preencher algumas lacunas que a seleção ainda apresenta. Pode até compor o
próprio grupo num todo, mas não acredito, a ponto de solucionar problemas na
equipe. Não basta treinar mais e mais. Com toda certeza, coisas inesperadas
acontecerão ao enfrentarmos as escolas que citei. E não vai adiantar aquele ar
de “fui surpreendido! ”. Ou imputar aos jogadores o que estaria havendo
emocionalmente ou tática e tecnicamente. As desculpas não podem ser pouco
criativas. Afinal de contas, já as gastaram na Copa de 2014, carimbando a maior
vergonha de toda a história do Futebol Brasileiro desde o início de sua
existência. Não somente pelo placar daquele dia terrível contra a Alemanha, mas
por tudo que envolveu a Seleção na Competição, antes, durante e depois dela. O
jogo foi só o tamanho do buraco à frente do abismo em que a Seleção se
encontrava. Isso sem falar que a cada reencontro do grupo você se depara com
modinhas e novidades com as quais vai ter que saber lidar. Explicitando: nem
sempre encontrará os jogadores da mesma maneira, com a mesma forma técnica,
física e fiel aos objetivos traçados.
Parece que falta muito? Pois é, só parece. Daqui a pouco você estará
vendo Galvão Bueno narrando a Copa de 2018, mesmo tendo ele prometido que 2014
seria a última narrada por ele.
Tivemos a abertura do Brasileiro sem maiores novidades, a não ser a
goleada do Bahia por 6 x 2 sobre o Atlético Paranaense. E outras com um placar
um pouco menos elástico, como Palmeiras 4 x 0 Vasco e Ponte Preta 4 x 0 Sport,
mas me surpreende mais a da Ponte Preta, que veio de uma final, e mesmo jogando
em casa e tendo um time modesto, mostrou recuperação e força sobre um time até
um pouco acima do seu nível. Já o Vasco, não vi surpresa. Tem um elenco muito
fraco. E o Palmeiras com Cuca, junto ao Atlético MG, serão novamente candidatos
ao título. Não posso deixar de citar as famigeradas rodadas de domingo pela
manhã e segunda-feira. A de domingo, pura cópia, de Del Nero e sua gangue, do
futebol europeu. Tradição pouco comum no Rio de Janeiro carioca acordar cedo
para ir ao Maracanã num domingo. Eles copiam sempre o que é inadequado. O que
presta mesmo não combina com eles. De qualquer forma não afetou o Fluminense,
que embora tenha dado muitas chances de gol ao Santos, mostrando as mesmas
falhas defensivas dos últimos jogos, e o pouco poderio ofensivo igualmente
apresentado, se impôs, aproveitou as poucas situações de gol que criou e não
tomou conhecimento do Santos, levando a melhor e abrindo já 3 pontos preciosos.
A rodada de segunda-feira, obviamente apesar de atrasada a coluna, não posso
falar dela. Daí se tem uma ideia do erro que é dividir uma rodada em 3 dias.
Mas nada surpreendente. Ninguém melhor que a CBF para entender de erros e
malfeitos.
Boa semana!
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