A crônica é sobre a manchete acima, mas, a título de
curiosidade, estou no sacrifício, neste momento, assistindo a Bahia e Grêmio,
em Salvador. O jogo se encaminha para o final, com 38 minutos, e as equipes
empatam sem gols. Levando em conta diversos fatores do fraco time do Bahia e do
desgaste do Grêmio, assisto uma das mais horrorosas partidas que já vi.
De parte a parte você vê um passe, dois passes, um erro.
Trombadas entre os próprios colegas também, erros técnicos infantis de condução
de bola, de controle de bola, de raciocínio de jogo. Não vi uma jogada que
prestasse ou que fizesse sentido até esse finalzinho. E o pior é que esse
jogo não é exceção. É a média do que temos visto. Assustador. Mas, vamos a
proposta.
O Grêmio alcançou classificação em jogo dramático, em
Porto Alegre, vencendo o Botafogo por 1 a 0, na Libertadores, e se
classificando para às semi-finais. O resultado acabou sendo justo, pois nas
duas partidas, tanto na de ida, no Engenhão, quanto na de volta, embora não
tenha havido um bom futebol, o time do Grêmio foi mais eficiente. Gatito Fernández
trabalhou muito mais do que Marcelo Grohe, que passou os 180 minutos dos dois
jogos, contabilizando apenas duas intervenções um pouco mais difíceis, digamos.
O Grêmio levou a vaga na experiência, independente de ter feito a segunda
partida na sua casa.
O chamado Grêmio “copeiro” tem agora pela frente o
complicado Barcelona de Guayaquil. Time rápido, insinuante e bem equilibrado,
apesar de não ser uma equipe forte. O momento do Grêmio pra mim gira na
recuperação de Luan. Na tentativa do departamento médico liberá-lo. Ele é peça
chave no setor ofensivo e nos contra-ataques gremistas. A outra semi-final será
disputada por River Plate X Lanús, times que jogam na base da garra. Em que
pese o péssimo momento pelo qual passa o futebol argentino, não se descarta a
força de chegada dos dois em se tratando de Libertadores da América.
Na outra competição, essa 100% nacional, temos Cruzeiro e
Flamengo decidindo em 90 minutos quem estará na próxima Libertadores do ano que
vem e qual equipe embolsa mais essa conquista nacional. Já cansei de criticar a
Copa do Brasil e continuo criticando. Não faz sentido dois campeonatos, no
caso, Brasileiro e Copa do Brasil, existirem no calendário brasileiro. Sobre o
jogo em si, vejo muito equilíbrio entre as duas equipes. O Cruzeiro leva alguma
vantagem pela final em seu território. Até que ponto pode aproveitá-la vai depender
dos nervos. Pois, para time grande como o Flamengo, não há intimidação em jogar
em uma final na casa de qualquer adversário do Brasil.
Acho o Cruzeiro um time mais leve, insinuante e com
Thiago Neves em excelente momento. E o Flamengo ainda tentando se organizar e
falar o espanhol do técnico Rueda. O Flamengo terá em Guerrero e sua atuação o
trunfo para levar essa Copa do Brasil. Mas eu não aposto em nenhum dos dois. Na
quarta-feira, vamos pagar pra ver.
Boa semana!