Acho que a foto, a tabela do campeonato atualizada,
explica o título da crônica de hoje. Reparem que entre o primeiro colocado,
Corinthians, 50 pontos, e o segundo, Grêmio, 43 e o 19º, São Paulo, 24 pontos e
o 20º, Atlético Goianiense, 18, você vê 7 e 6 pontos de diferença
respectivamente entre um clube e outro. No início e no fim da tabela. No mais,
16 clubes embolados numa escadinha, separados por um empate ou uma vitória, no
máximo.
Não me lembro de ter visto uma classificação destas,
reunindo 20 clubes, com distâncias tão parelhas. E por tanto tempo, pois isso
vem acontecendo há várias rodadas. Eu diria, praticamente, desde o início do
campeonato. Talvez me façam a pergunta: “Você vê algo suspeito nisso?”.
Evidente. Tudo no Brasil de hoje é suspeito dentro e fora de campo. Não há nada
que não esteja sob suspeita. É muita inocência pensar diferente.
A política de um país invade o futebol. E o futebol
também influencia a política de um país. Isso já foi provado ao longo da
história. E assim como no Brasil, onde a credibilidade das instituições já é
zero, no futebol não é diferente. À exceção da seleção brasileira, que embora
representada por um órgão contaminado, como a CBF, tem, em Tite, um comandante
que consegue manter controle e blindagem em seu trabalho, sem se alienar do que
ocorre no país, como ele mesmo já afirmou.
E vou mais além, os campeonatos simultâneos como Copa do
Brasil e Libertadores e ainda a paralisação normal para as Eliminatórias,
normalmente retomam a competição principal, no caso o Brasileiro, com um time
superando maus momentos e outros despencando. Isso é e sempre foi normal. Podem
questionar também o fato do nível técnico estar abaixo da média e todos estarem
juntos, jogando um futebol medíocre. Mesmo assim, haveria diferença e talvez
maior ainda entre um clube e outro. Resta-nos esperar essa peça de teatro
fechar as cortinas para termos uma visão final incontestável do que pretendem
os cartolas.
Nota: 1º jogo da Copa do Brasil - Flamengo 1 X 1 Cruzeiro
É rotina muitos erros acontecerem em partidas entre
grandes clubes brasileiros, principalmente em trocas de passes. Naturalmente é
devido à baixa qualidade de hoje, que eu canso de dizer aqui, e a intensidade
máxima que os técnicos insistem em imprimir. Porém, esse peso tem de ser dividido
não só entre jogadores e treinadores, mas também entre todos da comissão
técnica, como reclamo aqui, e, reitero, sobre o trabalho, neste caso
específico, de preparação dos goleiros do Flamengo.
Em toda profissão, mais ainda aquelas que estão ligadas a
paixão do povo, como o futebol, somos sujeitos a críticas e elogios. Parece que
no Brasil isso teima em não funcionar. Os profissionais gostam de escutar o que
gostam de “ouvir”. E ponto final. Eu aqui em minhas crônicas recebo críticas e
elogios de forma natural e positiva. Tiro proveito de ambos. Tanto a crítica
quanto o elogio são importantes no trabalho que faço na internet e fora dela.
Mas, no futebol, quando alguém resolve criticar e dizer
aquilo que não é padrão e papo comum após as partidas já se leva pro lado
pessoal e o mundo parece desabar. Já passou da hora de quem trabalha no futebol
e até em outras áreas se livrar desses complexos e aprender a distinguir
críticas e ofensas de caráter pessoal de pontos de vista e pensamentos opostos
em suas carreiras.
Boa semana!
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