domingo, 21 de abril de 2019

E AS MASSAS GRITARAM ‘É CAMPEÃO’ NO BRASIL

 (Eduardo Carmim/Photo Premium/Folhapress)

Não sei se já houve antecedente em matéria de campeonatos regionais, mas, no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e na Bahia os times de maior massa, maior número de torcedores atualmente falando, levaram a melhor e conquistaram os títulos regionais.

Como abordei na coluna passada, os favoritos acabaram vencendo na realidade. No Rio, com a vantagem mais clara possível, o Flamengo repetiu o 2 X 0 da semana passada sem maiores dificuldades. Em São Paulo, deu Corinthians também. Jogo que vou abordar mais a frente de forma mais ampla.

Em Minas, o empate bastava para o Cruzeiro, que com Fred, novamente em grande forma, venceu o Atlético, que tem em sua diretoria de base o fantástico ex-craque do futebol brasileiro Reinaldo. Talvez no futuro vocês já vejam pintar jogadores mais promissores no Galo. No Sul, no meio da semana, por opção da tabela gaúcha, também apertado, o Grêmio confirmou seu favoritismo derrotando nos pênaltis o Internacional, que se empenhou como pode, mas ainda em formação não obteve sucesso.

No Nordeste, os destaques maiores eu defino como a vitória do Bahia sobre seu homônimo, Bahia de Feira de Santana, time que só conhecia de nome, nunca havia visto atuar. O Bahia de Salvador levou à Fonte Nova muito mais que o público de 46 mil anunciado. Por fim, no Recife, em outro jogo apertado, o Sport, nos pênaltis, levou vantagem em um jogo bem tumultuado e até violento e se sagrou campeão pernambucano.

Como frisei acima, o jogo entre Corinthians e São Paulo pode ter ficado bem abaixo da emoção e qualidade técnica das decisões do passado entre ambos, mas lotou completamente o estádio do Corinthians, e até os 43 minutos do 2º tempo não dava pista alguma a ninguém de quem seria o campeão paulista de 2019. Um jogo equilibrado e muito disputado. Pra mim essas foram as marcas da decisão.

O São Paulo já começou uma reformulação que vem rendendo frutos gradualmente. Fez há algum tempo uma opção por trabalhar com profissionalismo e acerto, tanto em suas categorias de base, como nos profissionais. Para isso, conta com Raí e há pouco tempo tinha Ricardo Rocha no mesmo trabalho. Aposto que é questão de tempo para o São Paulo voltar a jogar o grande futebol das últimas 3 décadas que o enalteceram mundialmente.

O Corinthians já vinha de um conjunto e um trabalho com um patrocínio muito forte e grandes êxitos, desde a época de Tite. Com a volta de Carille, voltou a subir alguns degraus e, embora sem o brilhantismo anterior, chegou ao título. A lembrança que fica dessa decisão é o esforço imenso do time do São Paulo e a experiência e maior firmeza do time do Corinthians na “hora H”. O passe precioso de Sornoza e a conclusão de malícia e categoria de Vagner Love provaram isso. Um título merecido para o Corinthians.

Abro exceção, ao final deste espaço, para um parabéns especial ao Fortaleza, também do Nordeste do Brasil, que quebrou a tradição desse ano do título para as maiores torcidas regionais. Merecidíssimo, pois conquistou a série B do Campeonato Brasileiro há 6 meses e permanece sob o comando do ex-goleiro Rogério Ceni numa balada firme, mantendo conjunto e direção em harmonia.

É isso aí, minha gente! Vamos agora ao Campeonato Brasileiro, ainda acompanhado de campeonatos ilustres como a Libertadores e a Copa do Brasil, mas que só servem, quando todos são disputados ao mesmo tempo, para esvaziar, diminuir a importância, a qualidade e, ao meu ver, para dar prejuízo financeiro, ao contrário do que imaginam os dirigentes no futebol brasileiro.

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