(Eduardo Carmim/Photo Premium/Folhapress) |
Não sei se já houve antecedente em matéria de campeonatos regionais, mas, no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e na Bahia os times de maior massa, maior número de torcedores atualmente falando, levaram a melhor e conquistaram os títulos regionais.
Como abordei na coluna passada, os favoritos acabaram vencendo na realidade. No Rio, com a vantagem mais clara possível, o Flamengo repetiu o 2 X 0 da semana passada sem maiores dificuldades. Em São Paulo, deu Corinthians também. Jogo que vou abordar mais a frente de forma mais ampla.
Em Minas, o empate bastava para o Cruzeiro, que com Fred,
novamente em grande forma, venceu o Atlético, que tem em sua diretoria de base
o fantástico ex-craque do futebol brasileiro Reinaldo. Talvez no futuro vocês
já vejam pintar jogadores mais promissores no Galo. No Sul, no meio da semana,
por opção da tabela gaúcha, também apertado, o Grêmio confirmou seu favoritismo
derrotando nos pênaltis o Internacional, que se empenhou como pode, mas ainda
em formação não obteve sucesso.
No Nordeste, os destaques maiores eu defino como a
vitória do Bahia sobre seu homônimo, Bahia de Feira de Santana, time que só conhecia
de nome, nunca havia visto atuar. O Bahia de Salvador levou à Fonte Nova muito
mais que o público de 46 mil anunciado. Por fim, no Recife, em outro jogo
apertado, o Sport, nos pênaltis, levou vantagem em um jogo bem tumultuado e até
violento e se sagrou campeão pernambucano.
Como frisei acima, o jogo entre Corinthians e São Paulo
pode ter ficado bem abaixo da emoção e qualidade técnica das decisões do
passado entre ambos, mas lotou completamente o estádio do Corinthians, e até os
43 minutos do 2º tempo não dava pista alguma a ninguém de quem seria o campeão
paulista de 2019. Um jogo equilibrado e muito disputado. Pra mim essas foram as
marcas da decisão.
O São Paulo já começou uma reformulação que vem rendendo frutos
gradualmente. Fez há algum tempo uma opção por trabalhar com profissionalismo e
acerto, tanto em suas categorias de base, como nos profissionais. Para isso,
conta com Raí e há pouco tempo tinha Ricardo Rocha no mesmo trabalho. Aposto
que é questão de tempo para o São Paulo voltar a jogar o grande futebol das
últimas 3 décadas que o enalteceram mundialmente.
O Corinthians já vinha de um conjunto e um trabalho com
um patrocínio muito forte e grandes êxitos, desde a época de Tite. Com a volta
de Carille, voltou a subir alguns degraus e, embora sem o brilhantismo
anterior, chegou ao título. A lembrança que fica dessa decisão é o esforço
imenso do time do São Paulo e a experiência e maior firmeza do time do
Corinthians na “hora H”. O passe precioso de Sornoza e a conclusão de malícia e
categoria de Vagner Love provaram isso. Um título merecido para o Corinthians.
Abro exceção, ao final deste espaço, para um parabéns especial
ao Fortaleza, também do Nordeste do Brasil, que quebrou a tradição desse ano do
título para as maiores torcidas regionais. Merecidíssimo, pois conquistou a
série B do Campeonato Brasileiro há 6 meses e permanece sob o comando do
ex-goleiro Rogério Ceni numa balada firme, mantendo conjunto e direção em
harmonia.
É isso aí, minha gente! Vamos agora ao Campeonato
Brasileiro, ainda acompanhado de campeonatos ilustres como a Libertadores e a
Copa do Brasil, mas que só servem, quando todos são disputados ao mesmo tempo,
para esvaziar, diminuir a importância, a qualidade e, ao meu ver, para dar
prejuízo financeiro, ao contrário do que imaginam os dirigentes no futebol
brasileiro.
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