domingo, 11 de agosto de 2019

EXCESSO DE JOGOS, MUITOS ESTÁDIOS, PÉSSIMOS GRAMADOS


O torcedor não pode reclamar em nenhum instante, nenhum momento, da falta de campeonatos, da quantidade de jogos para assistir. Embora se questione nitidamente a qualidade destes. Naturalmente um ou outro clube faz uma boa partida, participa de um jogo de alguma qualidade, de alguma emoção. E o público normalmente tem até correspondido, comparecendo em bom número. Em que pese a TV jogar contra.

Já disse que não é questão comercial, de direitos adquiridos, concorrência normal entre emissoras de TV e coisas do gênero. Mas uma emissora deter os direitos de transmissão da maioria quase absoluta dos jogos no Brasil é vergonhoso e traduz um monopólio que não faz bem ao futebol e muito menos ao torcedor. Sem falar que este fica na dependência do exibicionismo e do marketing forçado de narradores e comentaristas que, buscando inflar a competição para gerar negócios, abusam do ufanismo, da transmissão aos berros e do positivismo inexistente.

A TV não vê, por exemplo, que num país de quinta grandeza, onde há lugares e recantos onde se construíram estádios com capacidade maior que a população local, a estrutura deles é péssima. E olha que jogamos uma Copa do Mundo há 5 anos. Não me refiro a conforto, embora quem paga pelo jogo mereça. Mas ao palco do espetáculo e o preço dos ingressos. O preço é fora dos padrões do salário miserável que o trabalhador recebe no país. Por isso ele merece, além de ingressos com preços similares as suas finanças, campos de futebol com o mínimo de condições.

O estado atual, mesmo com arrecadações e receitas polpudas das federações, é vergonhoso. Muitas vezes você vê tudo verdinho na transmissão e crê num palco de alto nível, mas não é o que acontece. Apesar da tecnologia de manutenção e plantio da grama dos estádios ter evoluído bastante, sua conservação é péssima. Desníveis, buracos, inúmeras falhas que prejudicam ainda mais a qualidade do jogo. O problema não é novo e segue se arrastando. E, tenha certeza que também é responsável por diversas lesões que muitos consideram normais, típicas de jogo.

Alguns, como solução, ainda falam em grama sintética. Meu Deus! Que Deus nos livre dela. Pode ser boa para o futebol americano e seus padrões, tanto de evolução, como de influência de outros esportes jogados lá, mas para o futebol profissional, nada mais drástico. A grama sintética produz queimaduras, gera lesões ligamentares e altera o ritmo de jogo e a velocidade da bola. Seria pouco? Não há outra saída a não ser usarem a verba destinada com honestidade e competência. O primeiro passo para um bom jogo é um piso bom e seguro. Que a CBF faça seu trabalho, uma vez que o uso do VAR já tem complicado o suficiente o nível do que você assiste.

Uma boa semana a todos!

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