domingo, 18 de agosto de 2019

VASCO 1 X 4 FLAMENGO - A QUALIDADE É A DIFERENÇA


Chegamos à 15ª rodada do Campeonato Brasileiro já com a, até então, sensação Palmeiras perdendo a ponta e caindo de produção. Entre os seis primeiros colocados, quatro times paulistas, um carioca e um mineiro. Vou focar meu comentário no jogo de sábado entre Vasco X Flamengo, que bateu recorde de público, mas em lugar errado, infelizmente. Dois clubes tradicionais do Rio de Janeiro (muito provavelmente as duas torcidas juntas somem cerca de 50 milhões de torcedores, no mínimo) se enfrentando em Brasília, com os interesses comerciais falando mais alto.

Mando de campo do Vasco da Gama, time inferior, pior colocado na tabela, mas vindo de uma melhora nos últimos jogos em função de uma melhor arrumação que o bom treinador Vanderlei Luxemburgo conseguiu. Por mais que o torcedor de Vasco X Flamengo sinta prazer em assistir seus times de coração na TV, eu garanto que no fundo eles ficam é tristes. Não posso afirmar, contudo, que se o Vasco jogasse em seu território teria melhor sorte que ontem. A diferença de qualidade entre os dois elencos é evidente. Quem assistiu ao jogo viu isso com toda clareza.

Com a vantagem de 1 X 0 no primeiro tempo, o Flamengo manteve sua superioridade na segunda etapa, chegando ao 2º gol de forma arrasadora. Os jogadores contratados pelo Flamengo, principalmente do setor ofensivo, são rápidos, leves e muito técnicos. Deter a força ofensiva do Flamengo requer uma estratégia muito bem montada e uma melhor qualidade individual, tanto defensiva, quanto de meio e ataque. Embora tenha conseguido dois pênaltis, tendo a chance de deixar o placar mais apertado, até nesse momento notava-se a diferença entre os jogadores.

O goleiro do Flamengo experiente e muito técnico defendia os dois pênaltis a favor do Vasco. O Flamengo respondia em alta velocidade, com trocas de passes e passes de primeira que envolviam e desnorteavam completamente os esforçados, mas limitados, zagueiros vascaínos. Às vezes com quatro, cinco e até seis jogadores. O placar deu a medida da diferença entre os dois times.

E lembro que esta sequência que parece infindável de derrotas do Vasco para o Flamengo já criou há muito tempo uma barreira psicológica contra o time vascaíno, que há de precisar de um trabalho muito bem feito, além de um elenco de boa qualidade e personalidade para superar este efeito colateral.

Vamos aguardar agora se o Flamengo conseguirá manter esse ritmo, uma vez que disputa a Libertadores e o próprio Brasileiro e vem de, pelo menos, umas trinta partidas de forte desgaste. Vamos conferir se o técnico Jorge Jesus vai saber usar o elenco inteiro e poupá-lo na medida certa. Quanto ao Vasco, resta a Luxemburgo trabalhar com o que tem. E ele deve saber disso. Seu passo terá de ser curto e sua meta apenas a permanência na séria A, em 2019.

Aproveito a oportunidade para chamar a atenção da situação de outro clube carioca, o tradicional tricolor das Laranjeiras, que creio não lhe restará outra alternativa a não ser demitir seu atual treinador, Fernando Diniz. Num jogo em casa, diante de sua torcida, enfrentando o fraco CSA, não conseguiu em 97 minutos de jogo aproveitar nenhuma das oportunidades criadas.

O time apresenta os mesmos erros de seis, sete meses atrás. Afoito, ansioso, previsível e sem jogadas de fundo. Isso lhe custou uma derrota que o colocou na zona de rebaixamento e os problemas do Fluminense são muitos. Resolvê-los durante a competição não é tarefa pra qualquer um.

Fique de olho agora, amigo leitor, porque em breve vem aí o novo Futebol de Fato impresso e em vídeo para trazer tudo mais explicadinho pra você.

Boa semana!

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