segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A HORA DA BOIA E DA FESTA


















Entre nuvens que vão se dissipando lentamente já começamos a enxergar nesta 34ª Rodada os candidatos ao rebaixamento e o(s) candidato(s) ao título. Apesar do evidente favoritismo e da vantagem pra lá de confortável do Fluminense, futebol é bola na rede e soma de pontos. Portanto, não achei aqui no meu dicionário o que quer dizer: “quase campeão” ou “quase rebaixado”. Não vi ninguém levantar uma taça até hoje tendo sido quase campeão, nem descer estando com um pé na 2ª divisão. O falecido e competente Claudio Coutinho ainda tentou aquela de “campeão moral”, mas o tempo foi desmanchando aquela postura que reforçada pela suspeita da possível corrupção na Copa da Argentina, envolvendo a dona da casa, no jogo com o Peru, abafaram um bocado aquela penca de erros cometidos na Copa. A própria classificação na primeira fase foi um dos maiores dramas que uma Seleção Brasileira já viveu.

Mas, voltando a esta fase final do Brasileiro há de se destacar a supremacia do Fluminense, a repentina queda de produção do Atlético Mineiro e a esculhambação geral no Vasco. Sobre o Fluminense, o time repete o que vem fazendo ao longo do ano: muita garra, união e competitividade. Em algumas partidas, com a presença do Deco e do Fred juntos, chegamos a ter alguns momentos de espetáculo. Noutras, o espírito de Castilho pareceu ajudar Cavalieri, se é que ele precisava de alguma ajuda do outro mundo. Resultado: hora foi o Cavalieri, hora os heróis foram os zagueiros, hora foi o Nem, isso mostra o leque de boas opções no elenco e a vantagem de se manter um técnico identificado com o clube e a equipe junto a ela, por mais tempo que o habitual no futebol Brasileiro.

O Atlético Mineiro, a meu ver, se perdeu numa mania de perseguição em cima dos juízes.  Pareceu não se livrar de um Complexo de Tiradentes, apesar de ter uma excelente equipe. Talvez essa característica de desconfiança do povo mineiro os atrapalhe, às vezes. Haja vista que em 42 anos de Brasileiro eles somam apenas dois títulos, o que não é comum em se tratando de uma escola de futebol da mais alta qualidade. Os candidatos ao rebaixamento entram na sua fase decisiva. Valem-se de todas as armas. Legais ou ilegais, como esta que o Palmeiras está querendo lançar mão. É ridículo o argumento sobre a validação do “gol” contra o Inter. Pior que um time ser rebaixado é o que na verdade representa a série B para o futebol brasileiro. Nunca fui preso, mas se parece como passar uma temporada em Bangu I. Os times que descem são ironizados e perseguidos de tal forma que o que dói mais no torcedor são as gozações e não a queda de divisão. Uma queda de divisão, diga-se de passagem, indigna. Indigna porque a diferença de tratamento e o inchaço do campeonato são absurdos. Você não atravessa um estado de trem ou até ônibus, como na Europa, para enfrentar adversários organizados. No Brasil, você percorre 2.000 / 3.000 km para jogar em campos esburacados contra adversários politicamente escolhidos, arbitragens se superando nos erros e toda sorte de abandono. E olha que já foi muito pior!

Vou fechar o meu comentário falando sobre o Vasco. Que tristeza, hein! Um ano e pouco atrás um AVC tirava Ricardo Gomes de um time bem montado, regular e com bons valores individuais. A regularidade e performance do time praticamente não caiu muito com Cristóvão, que fazia o que podia até o dia que a falta de tudo, grana, água, vergonha, organização... assolou São Januário. Naqueles 4 x 0 frente ao Bahia em casa, o time baiano dava o apito de que a Caravela estava indo a pique. Ninguém se importou. Jogou-se fora uma Libertadores que estava a um palmo, por total falta de competência e amor ao clube. A pergunta seria: quem jogou fora? Se alguém souber, por gentileza me escreva. Eu não sei de alguém especificamente falando a não ser aquela soma que citei acima.


Até a próxima!

Fernando

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