segunda-feira, 11 de março de 2013

ELE FAZ A DIFERENÇA




















Em qualquer um dos dois que ele estivesse, pra sorte do Botafogo estava no time da estrela solitária, o caneco viria através de seus pés. Não tenham dúvida. Uma das melhores coisas que aconteceu ao futebol carioca foi à vinda de Seedorf. Seja como atleta, seja como pessoa, exemplo de caráter e comportamento. Exemplo de comando perante um time, um grupo, mais a experiência adquirida nos times que jogou e no belíssimo futebol que tem.

Com certeza a discussão que vocês viram entre Carlos Alberto e Bernardo no time vascaíno, que beirou a infantilidade e não a vontade de vencer, vocês não veriam num time onde Seedorf estivesse presente. Sem querer aparecer, ele chama pra si as jogadas, dá conselhos, influi e modifica as decisões do técnico e tudo com muita humildade e simplicidade, o que é mais difícil ainda.

Parabéns ao Botafogo pela bela conquista, pela paciência de seus jogadores, apesar das muitas limitações técnicas, e pela doação de um pouquinho de cada um pelo benefício e o êxito geral. Agora é aguardar o seu desafiante final. Ou quem sabe, dar conta do estadual de uma vez.

Já o Vasco, não sei se cabem ensinamentos ou lições da derrota. Por muito pouco, apesar dos erros, o título não foi para São Januário. Mas por muito pouco mesmo, embora o Botafogo tivesse Seedorf e tenha sido melhor e mais lúcido. Ocorre que eu já disse aqui que essa paranóia de vice já não é mais psicológica, é uma desvalorização do clube mesmo. Enganam-se os que pensam que isso começou depois da era Eurico. Ainda no início dos anos 2000, Eurico provocava abertamente adversários, como o Flamengo, e passava vexame logo a seguir. Portanto, um recado aqueles que acham que falta um Eurico no Vasco: não é por aí, não. Há um pouco mais de um ano e meio atrás o Vasco vinha com grande campanha levantando a Copa do Brasil e, no ano seguinte, despedindo-se da Libertadores por um capricho de uma finalização mal dada de Diego Souza, somado a perda do comando total devido ao AVC de Ricardo Gomes. Podemos dizer que o Vasco montou um time capitaneado por Juninho e Felipe, de boa qualidade e bem treinado. Haja vista os seus resultados. Falta ao clube da colina, líderes como o próprio Juninho, como foi Edmundo, que o conduzam novamente as vitórias e façam com que seus adversários voltem a respeitá-lo.


Em São Paulo, segue arrastado o campeonato Chevrolet. De novidade mesmo nesse fim de semana, só o iluminado treinador que ensinou ao não menos iluminado jogador do São Caetano a dar um carrinho idiota daqueles por trás num campo molhado provocando grave fratura no jogador Ferrugem, da Ponte Preta. No sul tivemos o Inter agasalhando o primeiro turno. Enquanto o Grêmio se guarda pra Libertadores, o Inter vai fazendo as honras da casa. E cá pra nós, não é, lá ou da Inter ou Grêmio. Assim como em Minas Gerais.

Semana que vem falarei sobre as torcidas organizadas e o comportamento das não organizadas de uns anos pra cá, no futebol atual.


Aquele abraço


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