domingo, 23 de junho de 2013

A FAMÍLIA SCOLARI 2















Prezados amigos e amigas, em que pesem as turbulências, vamos ao futebol em poucas linhas. Primeiro peço desculpa ao Felipão que pediu que não usassem esse termo mais, Família Scolari. Ele tem razão. Cada tempo é um tempo em futebol. Mas, não fica na bronca comigo não, Scolari, é só uma referência sobre alguns aspectos.

De início, prefiro exaltar os avanços, como de Neymar, por exemplo, venho batendo nesta tecla aqui há muito tempo e vocês sabem, ele começa a chegar perto do seu verdadeiro futebol e ainda sem estar jogando na Europa, é bom frisar para os que acham isso fundamental. Ta encontrando união. Ponto que aliás, é mais um ponto da seleção. Nota-se, visivelmente, um grupo unido. Sem maiores vaidades aparentes. Exceto um caso ou outro. A vontade e a dedicação dos jogadores têm sido nota 10. Assim como a postura em relação às outras seleções e a fatos extra-campo dos quais eles não podem fugir.

Outro aspecto positivo, é que estão aparecendo, dentro da competição, algumas opções a mais. E por certo, outras ainda irão acontecer. Em alguns momentos também, os olhos nos dão prazer ao vermos algumas jogadas coletivas e individuais, coisa que não estava acontecendo na seleção anterior. Principalmente devido ao entra e sai absurdo.

Agora vamos aos aspectos aonde acho que estamos devendo. Vou começar pela dinâmica de jogo, usando o jogo com a Itália como referência. Futebol não é Fórmula-1 e a Itália não é o Japão. A Itália tem camisa e por sinal, fora os conhecidos Balotelli e Pirlo (que não jogou), mostrou alguns jovens valores que creio ainda darão alegria a Azurra. Portanto, não adianta sair correndo para abrir espaço em defesa adversária. Chega de ouvir a expressão movimentação e velocidade. Não é só isso. Sem drible e alternância de ritmo, você não se impõe. E ainda desequilibra suas linhas. Começam a acontecer erros de passes infantis, por parte de jogadores até bem qualificados.

O nosso meio ainda insiste em ser um corredor de passagem e não um setor ocupado. Ou se ocupa aquele setor, se cria e se marca nele, ou a defesa vai sofrer e o ataque também. Esse talvez seja um dos piores erros atuais. Outro é o hábito pontual e disciplinar das substituições. Substituição não tem horário. Quando algo não vai bem, manda o bom senso que você dê um tempo, pois aquilo foi treinado e não tem cabimento você desmanchar de uma hora pra outra, aguarda a recuperação de determinado jogador, corrige aqui e ali, orienta, mas, continuou mal, como o caso de Oscar e outros, vai esperar o quê pra tirar? Os técnicos só mexem quando placar mexe contra eles. Isso é um vício complicado.

Já que falei em substituições, por fim, reforço minha ideia das crônicas anteriores, sobre a necessidade da troca de um David Luiz (embora tenha feito boa partida contra o México), não tenho confiança no Marcelo, que por várias vezes já andou brincando em complicando com gracinhas que ele insiste em usar. Luiz Gustavo só é titular porque jogar no Bayern. Se jogasse no Guarani, não teria a menor chance. É muito fraco. Principalmente tecnicamente. E Hulk, meu filho, você é esforçado e humilde, mas tenha dó. Vê-lo todo torto na ponta direita, correndo, tentando jogadas por aquele lado, conduzindo a bola com o pé errado, finalizando com o pé errado, chutando pra área e não cruzando, errando dezenas de passes, vai pro brejo todo seu esforço, luta e simplicidade. Não há condições de ser titular.

Por ora é isso, gente, se vier a Espanha, coisa que ainda não dou como favas contadas porque temos um Uruguai extremamente difícil pela frente, vamos ter que jogar futebol à brasileira e com inteligência. Senão, vai ficar aquele discurso: “só estamos nos preparando, o melhor virá na Copa...”



Abraço e boa semana a todos! Mas com calma e sem manifestações vagas. Muita calma que o Brasil é nosso!


Fernando

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