Prezados amigos e amigas, em que pesem as turbulências, vamos ao futebol em poucas linhas. Primeiro peço desculpa ao Felipão que pediu que não usassem esse termo mais, Família Scolari. Ele tem razão. Cada tempo é um tempo em futebol. Mas, não fica na bronca comigo não, Scolari, é só uma referência sobre alguns aspectos.
De início, prefiro exaltar os
avanços, como de Neymar, por exemplo, venho batendo nesta tecla aqui há muito
tempo e vocês sabem, ele começa a chegar perto do seu verdadeiro futebol e
ainda sem estar jogando na Europa, é bom frisar para os que acham isso
fundamental. Ta encontrando união. Ponto que aliás, é mais um ponto da seleção.
Nota-se, visivelmente, um grupo unido. Sem maiores vaidades aparentes. Exceto
um caso ou outro. A vontade e a dedicação dos jogadores têm sido nota 10. Assim
como a postura em relação às outras seleções e a fatos extra-campo dos quais
eles não podem fugir.
Outro aspecto positivo, é que
estão aparecendo, dentro da competição, algumas opções a mais. E por certo,
outras ainda irão acontecer. Em alguns momentos também, os olhos nos dão prazer
ao vermos algumas jogadas coletivas e individuais, coisa que não estava
acontecendo na seleção anterior. Principalmente devido ao entra e sai absurdo.
Agora vamos aos aspectos
aonde acho que estamos devendo. Vou começar pela dinâmica de jogo, usando o
jogo com a Itália como referência. Futebol não é Fórmula-1 e a Itália não é o
Japão. A Itália tem camisa e por sinal, fora os conhecidos Balotelli e Pirlo (que
não jogou), mostrou alguns jovens valores que creio ainda darão alegria a
Azurra. Portanto, não adianta sair correndo para abrir espaço em defesa
adversária. Chega de ouvir a expressão movimentação e velocidade. Não é só
isso. Sem drible e alternância de ritmo, você não se impõe. E ainda
desequilibra suas linhas. Começam a acontecer erros de passes infantis, por
parte de jogadores até bem qualificados.
O nosso meio ainda insiste em
ser um corredor de passagem e não um setor ocupado. Ou se ocupa aquele setor,
se cria e se marca nele, ou a defesa vai sofrer e o ataque também. Esse talvez
seja um dos piores erros atuais. Outro é o hábito pontual e disciplinar das
substituições. Substituição não tem horário. Quando algo não vai bem, manda o
bom senso que você dê um tempo, pois aquilo foi treinado e não tem cabimento
você desmanchar de uma hora pra outra, aguarda a recuperação de determinado
jogador, corrige aqui e ali, orienta, mas, continuou mal, como o caso de Oscar
e outros, vai esperar o quê pra tirar? Os técnicos só mexem quando placar mexe
contra eles. Isso é um vício complicado.
Já que falei em
substituições, por fim, reforço minha ideia das crônicas anteriores, sobre a
necessidade da troca de um David Luiz (embora tenha feito boa partida contra o
México), não tenho confiança no Marcelo, que por várias vezes já andou
brincando em complicando com gracinhas que ele insiste em usar. Luiz Gustavo só
é titular porque jogar no Bayern. Se jogasse no Guarani, não teria a menor
chance. É muito fraco. Principalmente tecnicamente. E Hulk, meu filho, você é
esforçado e humilde, mas tenha dó. Vê-lo todo torto na ponta direita, correndo,
tentando jogadas por aquele lado, conduzindo a bola com o pé errado,
finalizando com o pé errado, chutando pra área e não cruzando, errando dezenas
de passes, vai pro brejo todo seu esforço, luta e simplicidade. Não há
condições de ser titular.
Por ora é isso, gente, se
vier a Espanha, coisa que ainda não dou como favas contadas porque temos um
Uruguai extremamente difícil pela frente, vamos ter que jogar futebol à
brasileira e com inteligência. Senão, vai ficar aquele discurso: “só estamos
nos preparando, o melhor virá na Copa...”
Abraço e boa semana a todos!
Mas com calma e sem manifestações vagas. Muita calma que o Brasil é nosso!
Fernando
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