quarta-feira, 26 de junho de 2013

A IMPORTÂNCIA DOS CASCUDOS




Ufa, ufa! Hoje a seleção começou pacífica, mas o baderneiro time do Uruguai tratou de depredar e vandalizar o jogo. Pra não fugir à regra de assuntos que nós temos que aturar durante a transmissão de um jogo desses e que já encheram o saco há muito tempo. Sorte nossa que hoje havia três cascudos em campo. Os mais experientes, como: Julio César, Paulinho (que já é um jogador experiente pelo próprio temperamento) e Fred, que nos salvaram.

Começamos com aquele pênalti idiota do David Luiz, que por sinal não me surpreendeu. É só dar uma olhada nas minhas crônicas anteriores e verão com quais jogadores eu não concordo nesta seleção. Acho que fazem sentido minhas críticas à esta lista. Um David Luiz numa Copa do Mundo pode botar tudo a perder. Como um Luiz Gustavo, um Oscar, um Marcelo etc. Mas estava lá um cascudo, um goleiro que errou na Copa passada, justo no dia que a Seleção jogou melhor. Fez uma defesa extraordinária, de futsal, de onde é oriundo, fazendo a baliza parecer também uma baliza de futsal devido à dificuldade e o estilo da defesa. Lembrando que quem bateu não foi um Zé Mané qualquer. Era a estrela deles. Continuamos sem penetração, até que outro que já considero cascudo enfiou um passe precioso para um domínio de bola de Neymar, que só os craques sabem fazer naquele espaço curto. Abafada pelo goleiro na finalização, a bola sobrou pra outro cascudo - esse então a bola adora - que com categoria e inteligência, diferente da visão que os comentaristas atribuíram à sua finalização, de “finalização feia”, mas que o importante era ter entrado. É isso que dá nunca terem jogado bola. Fred bateu na bola do melhor jeito, principalmente por ela estar no ar e com tanta gente à frente.

Mas, a defesa continuou seu espetáculo de erros infantis como sempre. Nem descarregar por cima estão sabendo. Além de bater cabeça e não ter meio estão aliviando o perigo por baixo e dando rebote. E lá se foi a vaca caminhando pro brejo. Sorte nossa que Felipão, pra surpresa geral, num ato corajoso e louvável, tirou outro da minha lista negra, o incrível Hulk, e colocou o habilidoso e arisco Bernard, abrindo completamente a defesa do Uruguai. O Brasil voltou a tomar conta do jogo, quando, num contra ataque, num erro dos muitos que Daniel Alves tem cometido, o atacante Luis Suarez demorou a conectar-se com Forlán, dando chance à recuperação de Daniel Alves. Comecei a ver sinais de perda de força ofensiva no Uruguai. Eles começavam a abrir o bico. Apesar da raça e do bom futebol da Celeste Olímpica, a seleção ia tomando conta do jogo. E só errava em insistir em jogadas aéreas. Mas, justo numa delas Paulinho subiu mais alto e, como novo cascudo da turma, jogador frio, profissional e talentoso, colocou o Brasil na final.

Posso arriscar que vem aí a Espanha. A lógica esportiva diz isso, mais ainda com a saída de Balotelli. Mas, não aposto um centavo nisso, não. Bem, se vier de fato a Espanha, que o Brasil jogue o seu jogo. O jogo que tem as raízes do futebol brasileiro, sem medo, que toca a bola pra fazer correr atrás. Como a Espanha tem feito há algum tempo com extrema harmonia, precisão e calma. Quanto a nós, ainda não temos o conjunto e a experiência do time deles, mas temos o drible, a arte e a improvisação. Genialidade esta que eles ainda não dominam. Por isso, se não forem de primeira e fizerem uma marcação por zona, errando pouco e partindo pra jogadas individuais, domingo, camarada, não tem favorito não. E podem esperar um bom jogo. As touradas ficaram pra trás.

Até lá!


Fernando Afonso

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