Pessoal, volta de férias muito assunto acumulado. Vamos aquela pincelada, porque em 1 mês aconteceu muita coisa no futebol. De início parabenizar o Atlético Mineiro pelo cardíaco título da Libertadores 2013. Inegável questionar o merecimento do Atlético em sua conquista. Se houve “São Victor” e outros personagens místicos nos jogos finais, faz parte do jogo. Sem sorte, como diria Nelson Rodrigues, não se atravessa nem a rua. Uma pena ficar sem o Bernad. Fará falta no Mundial ao time montado por Cuca. A interrogação fica por conta da condição física de Ronaldinho até lá.
Meus pêsames ao Santos
Futebol Clube pela infeliz ideia dos 2 amistosos como parte da venda de Neymar.
O ex-jogador Pepe, que sabe tudo de bola, sintetizou bem a burrice dos
dirigentes do Santos e o desgaste desnecessário da imagem do clube jogando
garotos em uma fogueira dessas, como jogaram. Vamos ver se na Vila o vexame é
ao menos menor.
Prossegue o Brasileiro 2013.
E pra dificultar o baixo nível técnico da competição (continuam abrindo cabeças
e supercílios à vontade), a bola se encarrega de dar o tom de pelada a várias
partidas. Triste. Tenho visto jogos de dar pena. E, em alguns, absolvo alguns
jogadores pela nítida percepção de uma bola de brinquedo. É ridículo, tanto nas
cores escolhidas, como na leveza do material. Já tive oportunidade de examiná-la.
Não há menor dúvida de que o material sofre menos resistência. Reparem na
velocidade bem maior e no quique dela. Ela chega a passar do dobro da altura das
bolas ditas oficias. É um absurdo! Mas não é uma justificativa para o futebol
pobre apresentado até aqui. Gigantes como São Paulo, Corinthians, o próprio
Fluminense, o Santos, sem falar no Flamengo, padecem com a pobreza individual.
Poucas surpresas. Uma das
maiores notícias foi o adeus de Abel. Eu concordei com sua demissão, embora
reconheça nele um dos responsáveis pelo êxito tricolor nesses 2 anos e meio. A
camaradagem excessiva com o tempo vira um pouco de paternalismo. E você não tem
como voltar isso atrás não. O jogador quer te obedecer, mas já não consegue. A
pedida do Luxemburgo é muito boa. Vaidades e histórias à parte é um dos
melhores, senão o melhor, treinadores do futebol brasileiro. Agora, não pensem
que verão um Fluminense como do ano passado ou retrasado. A defesa carece de
reforços e o time não tem criação ofensiva e penetração. Ou seja, tá manjado. É
Fred e mais 10.
Quantos aos demais, para você
compreender a realidade negativa do Campeonato, veja bem a volta de Juninho
Pernambucano, já com idade avançada, embora ainda com alto nível, o Alex
sobrando no Coritiba, Zé Roberto no Grêmio e Seedorf comandando a boa campanha
do Botafogo. E é só isso. Campeonato extremamente parelho e embora a gente
tenha uma noção de que alguns clubes não chegarão para brigar pelos primeiros
lugares e o título, vejo nesta edição uma das mais equilibradas. Infelizmente
por baixo.
Agora, não venham culpar os
Estádios e os campos. Apesar dos frequentes maus tratos ao torcedor, como
preços abusivos de ingressos e dificuldades de obtenção das entradas, os
Estádios já são de primeiro mundo. O futebol jogado é que, sinceramente, eu não
sei a que mundo pertence.
Aquele abraço!
Fernando Afonso
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