domingo, 4 de agosto de 2013

BOLA ROLANDO NOS NOVOS ESTÁDIOS

















Pessoal, volta de férias muito assunto acumulado. Vamos aquela pincelada, porque em 1 mês aconteceu muita coisa no futebol. De início parabenizar o Atlético Mineiro pelo cardíaco título da Libertadores 2013. Inegável questionar o merecimento do Atlético em sua conquista. Se houve “São Victor” e outros personagens místicos nos jogos finais, faz parte do jogo. Sem sorte, como diria Nelson Rodrigues, não se atravessa nem a rua. Uma pena ficar sem o Bernad. Fará falta no Mundial ao time montado por Cuca. A interrogação fica por conta da condição física de Ronaldinho até lá.

Meus pêsames ao Santos Futebol Clube pela infeliz ideia dos 2 amistosos como parte da venda de Neymar. O ex-jogador Pepe, que sabe tudo de bola, sintetizou bem a burrice dos dirigentes do Santos e o desgaste desnecessário da imagem do clube jogando garotos em uma fogueira dessas, como jogaram. Vamos ver se na Vila o vexame é ao menos menor.

Prossegue o Brasileiro 2013. E pra dificultar o baixo nível técnico da competição (continuam abrindo cabeças e supercílios à vontade), a bola se encarrega de dar o tom de pelada a várias partidas. Triste. Tenho visto jogos de dar pena. E, em alguns, absolvo alguns jogadores pela nítida percepção de uma bola de brinquedo. É ridículo, tanto nas cores escolhidas, como na leveza do material. Já tive oportunidade de examiná-la. Não há menor dúvida de que o material sofre menos resistência. Reparem na velocidade bem maior e no quique dela. Ela chega a passar do dobro da altura das bolas ditas oficias. É um absurdo! Mas não é uma justificativa para o futebol pobre apresentado até aqui. Gigantes como São Paulo, Corinthians, o próprio Fluminense, o Santos, sem falar no Flamengo, padecem com a pobreza individual.

Poucas surpresas. Uma das maiores notícias foi o adeus de Abel. Eu concordei com sua demissão, embora reconheça nele um dos responsáveis pelo êxito tricolor nesses 2 anos e meio. A camaradagem excessiva com o tempo vira um pouco de paternalismo. E você não tem como voltar isso atrás não. O jogador quer te obedecer, mas já não consegue. A pedida do Luxemburgo é muito boa. Vaidades e histórias à parte é um dos melhores, senão o melhor, treinadores do futebol brasileiro. Agora, não pensem que verão um Fluminense como do ano passado ou retrasado. A defesa carece de reforços e o time não tem criação ofensiva e penetração. Ou seja, tá manjado. É Fred e mais 10.

Quantos aos demais, para você compreender a realidade negativa do Campeonato, veja bem a volta de Juninho Pernambucano, já com idade avançada, embora ainda com alto nível, o Alex sobrando no Coritiba, Zé Roberto no Grêmio e Seedorf comandando a boa campanha do Botafogo. E é só isso. Campeonato extremamente parelho e embora a gente tenha uma noção de que alguns clubes não chegarão para brigar pelos primeiros lugares e o título, vejo nesta edição uma das mais equilibradas. Infelizmente por baixo.

Agora, não venham culpar os Estádios e os campos. Apesar dos frequentes maus tratos ao torcedor, como preços abusivos de ingressos e dificuldades de obtenção das entradas, os Estádios já são de primeiro mundo. O futebol jogado é que, sinceramente, eu não sei a que mundo pertence.


Aquele abraço!


Fernando Afonso

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