Pessoal,
Não sou de perder meu tempo
em longas discussões sobre arbitragem. É uma discussão infrutífera. Quando
levada a sério, muitos concordam, mas ninguém faz nada. Não gosto nem de dar
espaço a estas peças, mas acho que vale a pena comentar a postura de alguns, incluindo
os próprios ex-colegas críticos na TV, porque tá demais a coisa.
Ontem na série B, entre
Palmeiras e Paysandu, a arbitragem não poderia estar mais desnorteada. Houve de
tudo em campo e o juiz acabou sendo injusto pros dois lados em um jogo vencido
pelo Palmeiras em uma virada na base do coração.
Hoje, na série A, não foi
diferente, como nesse lance que vocês veem acima, na foto. Pelo time envolvido
e pela hora do jogo em que foi marcado, pode valer a acusação de má fé. Isso eu
não sei. Sei que não existiu coisa nenhuma no lance. Jogada normal, difícil de
errar. Erros tão bisonhos aconteceram também em Botafogo X Portuguesa,
Fluminense X Náutico, e olha que por juízes veteranos, como Paulo Cesar de
Oliveira.
Se alguém não viu, vale à
pena procurarem a entrevista do grande meia Alex, do Coritiba. Corajoso e
independente, Alex abriu o verbo na 2ª parte de sua entrevista contra as
arbitragens do futebol brasileiro. E na 1ª parte, contra o sistema de
organização da CBF. Vale à pena. Nada como um jogador experiente,
financeiramente independente e que não tem mais necessidade de jogar pra
galera, colocar os pingos nos is.
Eu só alerto para o seguinte:
a menos de um ano da Copa do Mundo, não venham se surpreender com os critérios
das arbitragens européias, por exemplo. O que é certo ou errado aqui, não vale
pra eles lá. Portanto, seria bom que a crítica amiga da TV não repetisse aquele
velho jargão: “Ah, mas ta correta a arbitragem! Juízes europeus dificilmente
dão falta nesse lance”. Que lembrem que isso não é falta de critério. É sim
aplicação da regra. E sem aquele papo furado que os juízes daqui gostam de
ficar alimentando com os jogadores em campo.
Não posso parar por aqui,
apenas com essa crítica, sem enaltecer o belo 2º tempo que fez o líder Botafogo
sob o comando do maestro Seedorf e o show de Ronaldinho, contra o Inter, que,
com o Atlético inferiorizado numericamente, segurou o time gaucho com inteligência
e muita habilidade. Temos ainda Juninho Pernambucano que não foi feliz na rodada,
mas mostrou sua categoria.
Felizmente (à exceção de Fred,
irreconhecível nas últimas rodadas e Zé Roberto, do Grêmio e Alex, do Coritiba,
lesionados), esses craques que restaram por aqui ainda nos trazem alegria no
Brasileiro 2013.
Boa semana a todos!
Fernando Afonso
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