Muitos brasileiros devem estar se perguntando a razão deste
amistoso. Preparar a seleção, ué! É o início de uma nova jornada, um novo
caminho. O futebol muda a cada momento. A performance dos jogadores se modifica
de tempos em tempos. Não precisa ser contra a Inglaterra ou a Holanda, que,
aliás, nem estão disponíveis. O ideal é contra um time assim mesmo. Bem
fisicamente, limitado tecnicamente, mas que marca muito e tem vontade no jogo.
Perdemos de 1 x 0. Se o gol foi um acidente ou mais uma atitude de pura dispersão do Daniel Alves, coisa comum em seu futebol, não importa, perdemos. Fizemos uma péssima partida e não foi só por causa do preparo físico, não. Aliás, Casagrande e Júnior, como ex-jogadores, creio terem percebido outras razões além das comentadas por eles durante a transmissão. As do Galvão, eu não levo muito em consideração, porque fazem parte do marketing e da locução dele. Mas acredito que no fundo, tanto Casagrande quanto Junior, principalmente o primeiro, não podem ficar cobrando apenas falta de finalização, o que virou jargão nos últimos vinte minutos. Parecia que tinham achado o defeito. A vergonha de finalizar e a não finalização, como disse Casagrande.
Perdemos de 1 x 0. Se o gol foi um acidente ou mais uma atitude de pura dispersão do Daniel Alves, coisa comum em seu futebol, não importa, perdemos. Fizemos uma péssima partida e não foi só por causa do preparo físico, não. Aliás, Casagrande e Júnior, como ex-jogadores, creio terem percebido outras razões além das comentadas por eles durante a transmissão. As do Galvão, eu não levo muito em consideração, porque fazem parte do marketing e da locução dele. Mas acredito que no fundo, tanto Casagrande quanto Junior, principalmente o primeiro, não podem ficar cobrando apenas falta de finalização, o que virou jargão nos últimos vinte minutos. Parecia que tinham achado o defeito. A vergonha de finalizar e a não finalização, como disse Casagrande.
Ora, dá tristeza ouvir isso. O futebol brasileiro sempre
finalizou pouco, a média e longa distância. Principalmente agora que não tem
mais um Rivelino, um Nelinho ou Roberto Carlos. O problema está em conseguir
achar espaço pra isso. Expliquem-me, sem penetração e sem drible, como você vai
achar espaço pra finalizar? Iam jogar até de madrugada e não iam achar uma
brecha pra finalizar. O problema é criar a brecha e a brecha se cria com
movimentação, rapidez e o drible, o santo e brasileiro drible! Aquele que Lucas
ainda está com vergonha de tentar. Prova é que o maior ausente neste processo é
o drible, foram as duas únicas chegadas perigosas do segundo tempo, ambas com
Neymar. Uma em dois dribles no meio campo que acabou numa pernada do beque
suíço e gerou uma bola perigosa na área. E a outra, do próprio Neymar, numa tentativa
pela esquerda que gerou um escanteio onde na sobra, Hernanes chutou com algum
perigo.
Um craque em forma faz fila. Destrói sistemas defensivos,
cava falta, desmoraliza, leva à expulsão, acha meios. Já o toque pro lado é
cirandinha de preparo pra alçar bola de 50 metros ou mais na área
adversária. Isso, não vejo nem no Aterro.
Eu tenho fé que um dia irão redescobrir o drible. Irão ver
que o nosso futebol sem o drible é morto. Ou, no máximo, igualzinho aos outros.
Aquele abraço
Fernando Afonso
Aquele abraço
Fernando Afonso
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