domingo, 29 de setembro de 2013

Raposa com a mão na taça




Mais um título brasileiro parece, vejam bem, parece se encaminhar para Minas Gerais. Como em futebol a gente já viu de tudo, cautela e caldo de galinha...  Aliás, num estado de onde saíram vários craques do futebol brasileiro, incluindo o maior deles, Pelé, depois Tostão, Dirceu Lopes e por aí afora só levou até agora dois títulos brasileiros, o que é muito pouco, o de 1971 e o de 2003. Agora, minha conclusão se baseia não pela distância que o Cruzeiro abriu, após vencer o Inter por 2 x 1 no sul, e sim pelo futebol que vem jogando. Time muito bem armado pelo Marcelo Oliveira luta o tempo inteiro, tem harmonia e muito conjunto. Fábio em grande forma no gol, Dedé hoje contra o Inter nos 2 x1, um gigante, jogando futebol a nível de zagueiro de Seleção, enfim, uma série de jogadas e bons jogadores, como Nilton, Éverton Ribeiro, que joga às vezes como falso ponta, com Willian fazendo uma diagonal em facão na velocidade, com Borges participando. E ainda se dá ao luxo de ter bons jogadores no banco. Se não houver nenhum acidente o bicho na cabeça em Belô é raposa.

O restante do campeonato, da rodada melhor dizendo, foi deprimente. O jogo do Vasco com o Bahia foi de dar pena. Já vi muita pelada de melhor nível. Juninho Pernambucano, jogador de talento, técnica refinada, naturalmente ficou absolutamente perdido. E ficaria do mesmo jeito mesmo que fosse mais novo. Flamengo e Criciúma no Maracanã, outra pelada de arrepiar. Mesmo favorecendo o rubro-negro carioca, que deu uma respirada na tabela. O detalhe: o jogador do Flamengo disputou uma bola com o goleiro do Criciúma, que não fez pênalti e ainda foi expulso. Que turma, hein!

No sábado, o Fluminense achou mais uma virada, desta vez contra o Goiás do tanque Walter. Vanderlei Luxemburgo hoje tem no, digamos, cinismo de seu time, sua maior arma. O time tricolor falha aqui, falha ali, daqui a pouco acha seu golzinho e vai somando pontos. Isso sem falar que Vanderlei está sabendo mexer e usar o fôlego da equipe com inteligência.

Fôlego me parece o problema do Botafogo. Não creio em queda técnica. Pois ninguém está conseguindo se salvar. O time todo está caindo de produção. Não sei dizer se o ritmo forte desde o início do ano contribuiu pra isso. O fato é que o Botafogo perdeu força e seu próprio mestre de bola Seedorf não mostra nem reação na fisionomia, em campo.


No mais, a entregação estranha e inexplicável do Corinthians, os treinos bem sucedidos do Atlético MG, o Grêmio sempre ali com sua força competitiva, mas é de arrepiar a má qualidade técnica neste brasileirão. O amigo leitor poderia dizer: você está sempre criticando o futebol brasileiro. Tudo bem, eu pergunto: que razões o que eu vejo na telinha ou nos estádios me dão pra dizer o contrário?

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