terça-feira, 19 de novembro de 2013

BRASIL: O PROBLEMA É A TAL DA INTENSIDADE

















Jogo duro. Dura também foi a transmissão do locutor oficial. A toda hora eram pérolas do tipo: “Peço desculpas aos telespectadores porque a transmissão não é nossa. As imagens são geradas por uma empresa que comprou o evento”. E daí, Galvão? Vocês receberam de graça e repassaram de graça também? Outra: “Nesse campo se joga beisebol. Em meia hora eles trocam a grama artificial e colocam a grama natural por cima”. Espetáculo, né Galvão? Tremenda modernidade e tecnologia. Só que a gente viu outra coisa. Risco de lesões por desníveis. É evidente que nunca o piso fica igual. Curso da bola rasteira sofrendo variações, enfim, melhor a CBF marcar com uma boa empresa, mas que contrate também uma equipe de jardineiros e peça ao público para fazer silêncio. Porque as praças escolhidas para fechar o ano não tem públicos com afinidade ao futebol. Aplaudem até pênalti no travessão.

Na arquibancada é tudo, desfile de modas, lazer, michês atenciosas, tem de tudo. Ao menos o adversário foi bem escolhido. Agora, como disse lá em cima, a tal intensidade, uma das novidades que o Galvão inventou e disse umas 30 vezes até ela diminuir, não é bom negócio, não. Na verdade está se dando nome ao que se chama de pressão, meia pressão, etc, variações de marcação. E ninguém aguenta aquele ritmo de marcação, que eles se referiram, do começo ao fim, em um jogo oficial, com três substituições. E na Copa nem todas as seleções que iremos enfrentar tem a ingenuidade que tem o Chile de ainda dar certos espaços que colaborem pro êxito das jogadas ofensivas.

No mais, as preocupações com o tipo de jogo do David Luiz. Ele não joga limpo. Os árbitros europeus não costumam aliviar com essa mão na cara do adversário que ele usa todo jogo quando se vê apertado. Já imaginou? Melhor não levar lateral esquerdo se tiver que usar o Maxwell para cumprir numeração. Não se pode dar a esse luxo. Usar o Neymar enfiado não é bem a ideia, né? Ele pode não ficar imprensado ali no canto onde o Hulk jogou, fazendo, aliás, boa partida, mas uma vez sendo usado no meio, tem que vir de trás.

Fica de positivo o empenho dos jogadores, o bom ambiente visível, a firmeza do Paulinho, a esperança no futebol do Willian, porque eu ainda não fechei com o Oscar na minha cabeça, e a certeza que o lateral direito tem que ser o Maicon mesmo, além da importância de se ter o Robinho, que joga o futebol brasileiro, metido nesta lista de competição. Vamos aguardar a recuperação do Fred, ver no que dá o seu retorno e esperar que haja consciência da importância de se marcar, no mínimo, mais 3 jogos de gabarito, em países de tradição no futebol, e com um gramado parecido com o que será utilizado na Copa. Tudo que vai ser fazer daqui por diante, tem que lembrar até o clima previsto para Junho de 2014. Tudo!

OBS: ficou definido, praticamente, que Felipão não vai se utilizar de nenhum meia armador. Meio campo na seleção é rota de passagem, é bola roubada e tome contra ataque. É uma ideia perigosa. A tendência de quem joga contra o Brasil, ainda mais no Brasil, é se fechar. E sem o toque, a criatividade, a malícia e os recursos de criação de um meio campo, vai ficar difícil esperar uma Argentina ou uma Itália, só para citar, dar campo a seleção para serem surpreendidos pela velocidade de Robinho, Neymar, Willian, etc.

Fico devendo uma pincelada pelos outros jogos de França e Portugal, por exemplo, mas fica pra outra.


Valeu pela leitura!


Abraços!

Nenhum comentário:

Postar um comentário