domingo, 1 de dezembro de 2013

E AÍ, MANÉ, QUE SAUDADES!
























Amigos e amigas,

Vou dedicar esta minha coluna a duas homenagens. Uma ao mestre Nilton Santos, falecido esta semana, aos 88 anos, no Rio de Janeiro. E outra, ao título conquistado pelo Flamengo, na Copa do Brasil. Alguns podem perguntar: “e o Brasileirão? Não vai dizer uma palavrinha?”. Não. Em respeito a você, leitor, ao torcedor simples e ao futebol brasileiro, não vou digitar palavras sobre esse final de Brasileirão porque nem ele merece a credibilidade que eu gostaria de dar, nem vocês as palavras que eu postaria. Não existiria progresso algum, vantagem alguma, compreendem? Tenho até que explicar antes de falar das homenagens que citei, que as razões vão desde um péssimo futebol jogado e a credibilidade de alguns jogos nesta etapa. Não me perguntem se quero insinuar ou me referir a roubos de arbitragem, entregas de resultado, corpo mole, teorias de conspiração ou outras ilicitudes. Eu não sou da Polícia Federal. Eu não sei o que se passa na cabeça dos cartolas e nem quero saber. Eu não imagino as ideias dos mafiosos. E não tenho vocação pra sustentar suposições sobre adivinhações tipo Mãe Diná. Fique à vontade para fazer seu julgo. Este atual futebol brasileiro, jogado neste campeonato excessivamente longo e que aliado a um regulamento de pontos corridos propiciam e atraem ilegalidades e transações espúrias, não merece uma linha sequer, ao menos hoje, em respeito à coisa maior. E vamos a elas!

Como falei acima, mais um mestre deu adeus. O lateral que jogava um futebol que hoje, Zagalo disse muito bem na sua despedida, seria o correto de se jogar. O eternamente moderno Nilton Santos sabia, na sua simplicidade e imensa categoria, que futebol não tem época, não tem data marcada. É simples. Se bem jogado, a bola gosta de você e parece que lhe confere poderes divinos. Ele disse isso, certa vez, treinando um time em Brasília, ao abandonar os jogadores durante uma preleção no campo, contrariado ao perceber o desinteresse da molecada. Foi curto e grosso: “Tomem aqui o apito. Vou tomar banho e ir pra casa. Tá pensando que eu vou perder meu tempo e me aborrecer com uma garotada que pensa que o futebol começou há 10 minutos?”. Esse era o Nilton. Franco, sincero, amigo, experiente e de uma humildade que só os grandes monstros sagrados do futebol alcançam. Foi reserva em 50. Viu a tragédia de perto e depois protagonizou atuações e colaborou com a glória do futebol brasileiro na Copa de 58 e 62. Fora a dignidade e respeito que conquistou no Botafogo, o clube de sua vida. Descanse em paz, eterno Nilton! Creio que Mané Garrincha, seu inseparável parceiro, está lá em cima rindo e brincando por receber mais um de sua turma.

Ao Flamengo, vai à homenagem pela superação, pelo esforço de seus jogadores. O título é deles, dos jogadores. Mas cabe aqui um parabéns especial ao excelente Jayme. Ele soube montar um time com a cara do Flamengo. Mesmo depois de perder um pouco a força no ritmo intenso que impôs na decisão, não deu chance a um time competitivo, como o Atlético PR. O Flamengo também foi extremamente competitivo, porém mais habilidoso. É evidente que este time não joga a bola que sua torcida se acostumou a ver, que está longe de ser o time dos sonhos, mas que com certeza alcançou o máximo que poderia dentro das limitações que dispõe. O nome do jogo: Luis Antônio. Do Fla na Copa: Hernane. Um tricampeonato merecido.


Bem pessoal, vamos a mais uma semana. A primeira do fim do ano. Paciência e olho aberto.


Abração a todos!

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